Como planejar um mochilão: guia completo
Planejar um mochilão é uma delícia! Pra mim, a viagem já começa nessa etapa. Decidir pra onde ir, pesquisar sobre os destinos e até mesmo escolher o que levar na mochila são processos que me fazem sentir o gostinho de tudo que está por vir. Mesmo quando não estou podendo fazer longas viagens, como agora, adoro pensar nas próximas.
Nesse post, vou compartilhar as principais dicas sobre como planejar um mochilão. Desde conselhos que eu gostaria de ter recebido antes de começar a viajar a aprendizados que acumulei em dezenas de mochilões, sozinha e acompanhada, pelo Brasil e pelo mundo.
Mas antes de mais nada, duas observações importantes: o que eu chamo de mochilão não se restringe a viagens com uma mochila nas costas. Discordo de quem acha que viajar de mala de rodinhas torna alguém “menos mochileiro”.
Na minha opinião, “mochilar” é viajar de forma econômica e com pouca bagagem. Realmente acho que optar por uma boa mochila é mais prático pra maioria dos roteiros, especialmente quando vamos pra muitos destinos e usamos transporte público. Ainda assim, o tipo de bagagem é só um detalhe. O que importa mesmo é sua atitude.
Além disso, acredito que nem todo mundo precisa planejar um mochilão com o mesmo nível de detalhamento. Pra muita gente, sair de casa com passagem só de ida (ou nem isso, pra quem é adepto das caronas) pode ser mais que suficiente. Conheço vários mochileiros que planejam o mínimo possível das suas viagens e são muito felizes assim.
Só que essa mentalidade não funciona pra todo mundo, nem pra todo tipo de viagem. Não acho que planejar um mochilão minuciosamente seja essencial, e acredito que excesso de planejamento (como de tudo mais nessa vida) pode ser bem ruim. Mas isso também não significa que planejamento seja algo negativo.
Pesquisar sobre as questões práticas que você vai enfrentar na viagem pode ser extremamente útil, especialmente pra quem tem pouca experiência. Informação é poder! Além disso, deixar tudo pra última hora pode fazer você perder vagas em hospedagens, passeios ou transportes, por exemplo. Por outro lado, uma parte essencial do planejamento é estar pronto pra adaptá-lo quando necessário.
Como disse o navegador Amyr Klink no podcast Abrindo Caminhos, “planejamento não é seguir uma planilha, é entender o que está acontecendo à sua volta e se reorientar. É um processo completamente dinâmico, que envolve estratégia, logística e autonomia”.
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Como planejar um mochilão
Vou separar as dicas sobre como planejar um mochilão em três etapas. A primeira é pra quem ainda não sabe qual serão os destinos e a duração do mochilão. Vou te ajudar a decidir pra onde ir e quanto tempo ficar.
Se você já definiu isso, pode pular pra etapa 2, onde falo sobre como planejar o mochilão propriamente dito. Ou seja: como definir roteiros em cada destino, calcular seus gastos, descobrir como se deslocar de um lugar pra outro e escolher hospedagem.
Na etapa 3, listo algumas providências práticas pra se tomar antes da viagem. Essa é a parte que considero mais indispensável no planejamento, ao menos pra quem vai viajar pra o exterior, já que envolve burocracias que não dá pra evitar.
Além de todas as dicas que vou compartilhar aqui, tenho uma bem especial. Pra quem está no processo de planejar um mochilão, recomendo conferir a Worldpackers Academy.
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Etapa 1: definindo o destino e período da viagem
Se você não faz ideia de qual será o destino do seu mochilão ou não consegue decidir entre várias opções, a primeira coisa a fazer seria entender o que você realmente busca com essa viagem.
Pra quem não tem o costume de fazer mochilões, pode parecer natural ir pra os mesmos lugares que algum amigo, parente ou influenciador digital foi. Mas nem sempre os destinos da moda, ou aqueles que agradaram algum conhecido, são o ideal pra você.
Recomendo avaliar sua personalidade e seu momento de vida atual, além de discutir isso com seus companheiros de viagem, se for mochilar acompanhado.
Suas prioridades podem ser conhecer a história dos destinos, pegar praia, criar laços com a população local, praticar um idioma estrangeiro, explorar a gastronomia do lugar, fazer farra, visitar museus e exposições de arte…
Ter clareza sobre o que é realmente indispensável pra você nesse tão sonhado mochilão ajuda a focar em alguns destinos e eliminar outros, ou determinar quanto tempo ficar em cada lugar (mais sobre isso no próximo tópico).
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Pra quem gosta muito de estar em contato com a natureza, por exemplo, um mochilão clássico pelas principais capitais europeias pode não ser a melhor pedida. Se você quer viajar com uma imersão profunda na cultura local, o ideal seria optar por um destino onde você consiga se comunicar bem. Caso a ideia seja curtir a vida noturna, procure lugares com boa reputação nesse quesito… E assim por diante.
Outro bom critério pra decidir os destinos do mochilão é avaliar quanto dinheiro você tem disponível pra essa experiência. Viajar pelo Brasil e pela América do Sul costuma sair mais em conta, porque os custos de transporte tendem a ser mais baixos, as moedas estrangeiras não nos prejudicam tanto na conversão e o custo de vida (com poucas exceções) é mais baixo que nas grandes capitais brasileiras.
Caso queira ir mais longe, vale conferir os preços de passagens aéreas e avaliar se um deslocamento longo compensa ou não, de acordo com seu orçamento e a duração da sua viagem.
Os gastos no dia a dia em destinos do Leste Europeu, Sudeste Asiático e Índia, por exemplo, geralmente são bem razoáveis, mas se você tiver pouco tempo disponível e o trecho aéreo estiver caro, talvez não compense ir dessa vez. Se tiver só 10 dias livres, por exemplo, não faz muito sentido ir pra Ásia e perder mais de 2 dias só de ida e volta.
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Outro ponto a considerar é a burocracia. Se estiver planejando o mochilão com pouca antecedência, talvez não seja possível ir pra países com pré-requisitos de entrada mais demorados, como longos processos de visto.
Considere também a época do ano em que você pretende viajar. Se você odeia frio e só pode viajar nos meses em que é inverno do Hemisfério Norte, talvez não seja uma boa ideia ir pra Europa ou Canadá. Se sonha em ir pra Índia, vale evitar a época das monções. Se a ideia é dar um rolê pelas praias de Pernambuco e Alagoas, recomendo não vir de maio a agosto, quando costuma chover muito. E pra saber tudo isso, a resposta é simples: pesquisar.
Resumindo: pra bater o martelo sobre o destino do seu mochilão, recomendo exercitar o autoconhecimento pra entender o que você quer, e ao mesmo tempo considerar fatores práticos que podem fazer a diferença entre uma viagem incrível ou meio desastrosa.
Etapa 2: montando o roteiro
O autoconhecimento também é importante pra você entender qual vai ser o nível de planejamento do seu mochilão. Quem se sente confortável com imprevistos e improviso pode montar um roteiro super aberto, reservando só os primeiros dias de hospedagem e decidindo a maior parte da viagem durante o próprio percurso.
Mas se você está inseguro com relação à viagem, ou é do tipo de pessoa que curte planejar e gosta de pesquisar muito antes de tomar decisões (meu time!), vale dedicar um tempo pra planejar um roteiro mais detalhado. Lembrando, mais uma vez, que a ideia não é ficar 100% preso ao que estiver previsto nessa etapa.
Quanto tempo em cada lugar
Uma das principais dúvidas de quem começa a planejar um mochilão é sobre quanto tempo ficar em cada destino visitado. Não existe uma regra que funcione pra todo mundo, mas alguns parâmetros podem ajudar.
Se você pretende viajar com foco em atrações turísticas e não quer fazer uma viagem super corrida, geralmente se recomenda ficar no mínimo 5 noites em cidades grandes (tipo Buenos Aires, Rio de Janeiro, Paris, Nova York) e 3 noites em cidades médias (como Sevilha, San Diego, Recife).
Em lugares “de natureza”, vale avaliar a quantidade de atrações naturais disponíveis ali e pensar se seu foco é fazer os passeios e ir embora ou curtir e descansar. Se quiser viajar mais devagar, se conectando mais ao lugar além do turismo tradicional, vale ficar uma semana ou mais em cada destino, mesmo que digam que dá pra “fazer tudo” em dois dias.
Num mochilão “meio planejado, meio improvisado”, a dica é prever uma quantidade mínima de dias em cada lugar e, sempre que não for necessário reservar os deslocamentos internos com antecedência, deixar pra decidir a duração da estadia quando chegar lá. Mesmo que tenha os próximos destinos já previstos, você vai “empurrando pra frente” ou rearranjando a rota conforme necessário.
Dica importante: não considere o dia de deslocamento na conta de “dias no lugar”, a não ser que seja um deslocamento muuuito rápido e tranquilo. O ideal é que esse dia de chegada não tenha nada planejado, e que você possa se instalar no novo destino com calma. O que der pra curtir nesse dia é lucro. Assim, você evita estresse e frustração.
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O que fazer nos destinos
Mas como saber o que fazer em cada lugar? Muitas vezes, as melhores dicas são de moradores, ou coisas que você descobre por acaso enquanto está no destino. Mas aqui estamos falando de planejamento, né? Pra conhecer as opções mais óbvias e ter uma noção antes de viajar, não tem mistério: é só colocar no Google “o que fazer em (nome do lugar)” ou “roteiro em (nome do lugar)”.
Pra encontrar atrações mais alternativas, você pode buscar pelo nome do destino junto com termos como “passeios alternativos”, “passeios diferentes”, “lado B” ou “turismo alternativo”. Ou, caso seja um destino internacional, use o termo em inglês “off the beaten track”. Mesmo que não entenda o idioma, dá pra usar o Google Tradutor e ver as fotos pra sacar se você tem vontade de conhecer aquele lugar.
Se você gostar de planejar bem planejadinho, dá pra ir fazendo uma lista de atrações numa planilha pra depois separar por dias, coisa que já fiz muito quando comece ia viajar. Lembre-se de levar em consideração o tempo de deslocamento até cada ponto turístico, uma estimativa do tempo que se passa lá e os dias e horários de funcionamento, que você encontra nos sites oficiais.
Em muitos lugares do mundo, museus fecham às segundas-feiras, por exemplo. E uma amiga foi à Índia e não conseguiu conhecer o Taj Mahal porque não se informou sobre o funcionamento e programou a passagem pela cidade onde fica o monumento justo no dia em que ele não está aberto ao público. Se ligue, pra não se frustrar.
Também recomendo muito, seja no momento de planejamento do mochilão ou já depois de chegar no destino, marcar no Google Maps a localização dos lugares que quer visitar. Com base nisso, é mais fácil planejar a ordem de visita, de acordo com o que faça mais sentido geográfico.
Vale a pena fazer esse “mapinha pessoal” durante a escolha da hospedagem (que vou abordar mais adiante). Assim, você pode priorizar hospedagens que fiquem próximas ou tenham fácil acesso às atrações ou bairros que mais lhe interessarem.
Importante lembrar que você é quem manda na sua viagem (e as pessoas que estiverem indo junto no mochilão, se for o caso, é claro). Não se prenda ao que os outros dizem que é “obrigatório” ou “imperdível”, respeite suas vontades e necessidades (inclusive se separando do seu grupo em alguns momentos, se quiser) e esteja aberto às novas possibilidades que vão surgir pelo caminho.
Outra dica: mesmo planejando um mochilão curto e com itinerário detalhado, não deixe o roteiro muito apertado. O clima pode ficar ruim, você pode se cansar ou adoecer, pode acabar descobrindo novos lugares muito legais pra conhecer, entre outros imprevistos.
Deslocamento entre destinos
Caso pretenda passar por muitas cidades diferentes, também é bom pesquisar como fazer pra se deslocar entre elas. Quando planejei meu mochilão pela Índia, por exemplo, tive que mudar a ordem do roteiro que tinha pensado inicialmente porque não existiam transportes entre alguns dos destinos que eu queria visitar. Reorganizei o itinerário pra evitar perder tempo e dinheiro fazendo um ziguezague pelo país.
Pra procurar as principais formas de deslocamento entre cidades ou países, um ótimo recurso é o site Rome2Rio. Nele você coloca os pontos de partida e de chegada e vê as formas de fazer esse trajeto, incluindo avião, trem, ônibus, barco ou carro. A plataforma indica a duração do percurso e uma estimativa de preço, mas recomendo confirmar ambos nos sites oficiais.
Estimando gastos
Nessa etapa do planejamento, também costumo fazer uma estimativa de gastos do mochilão. Não dá pra prever exatamente quanto você vá gastar, a não ser que viaje com um pacote pronto com tudo pago antecipadamente.
Mas é possível ter uma noção e, assim, estabelecer um “teto” diário de acordo com seu orçamento total. Dessa forma, se você gastar mais que o planejado num dia dá pra tentar compensar no outro. Ninguém quer voltar de um sonho de viagem falido, né?
Os principais custos de um mochilão costumam ser transporte e hospedagem. Por isso, na hora de montar o roteiro (ou ainda na etapa anterior, de escolher o destino), recomendo dar uma pesquisada nos valores pra o itinerário que você pensa em fazer, mesmo que não pretenda reservar tudo com antecedência.
Você pode ver os preços médios de transportes no site Rome2Rio, que já indiquei. Mas, como mencionei antes, pra saber o valor atual de cada trecho recomendo ir no site das companhias de transporte indicadas na plataforma.
Vale ressaltar que em muitos lugares os transportes são informais, especialmente em pequenas cidades no Brasil, América Latina, Sudeste Asiático… Por isso, você pode não encontrar informações no Rome2Rio e outros sites do tipo, mas talvez ache algumas pistas em blogs que falem sobre aquele destino.
Sobre hospedagem, minha dica é pesquisar e reservar no ótimo Booking.com, que tem centenas de milhares de opções de hotéis, pousadas, albergues e casas de aluguel por temporada no mundo inteiro. Ah, e o site costuma oferecer cancelamento gratuito das reservas.
Se quiser economizar com hospedagem no seu mochilão, minhas dicas são ficar num quarto compartilhado num albergue ou procurar quartos em apartamentos fora das áreas mais turísticas.
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Além disso, existem várias formas de não pagar nada pela sua hospedagem no mochilão. Usar o Couchsurfing e trocar trabalho por hospedagem são duas opções muito legais, que além da vantagem pra o bolso permitem uma imersão cultural mais profunda no destino.
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Ainda no quesito financeiro, recomendo dar uma pesquisada também nos valores de entradas pra atrações e passeios, se forem um ponto importante do seu mochilão. Se você tem como prioridade fazer safaris, trilhas longas ou conhecer todos os pontos turísticos pagos de um destino como Nova York, por exemplo, é importante pesquisar esses custos direitinho, porque podem ser altos.
Outro item inevitável no orçamento são os gastos com alimentação. Eles podem ser mais difíceis de estimar, já que variam muito e não dá pra entrar no site de todos os restaurantes e supermercados do lugar antes de ir. Mas você pode conferir sites como Numbeo e Expatistan, que reúnem informações sobre o custo de vida em diferentes partes do mundo com base em contribuições dos usuários.
Os gastos com alimentação podem pesar caso você faça todas as refeições em restaurantes. Mas se isso não for uma prioridade, dá pra economizar bastante procurando hospedagens com cozinha e fazendo sua própria comida, priorizando comida de rua e evitando estabelecimentos nas regiões mais turísticas, por exemplo.
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Ainda no quesito orçamento, outro ponto importantíssimo é que imprevistos de todo tipo podem acontecer, e alguns deles talvez custem caro. Recomendo arredondar a previsão de gastos pra cima, pra não se desesperar caso tenha uma despesa não planejada.
Por fim, ressalto que existem várias formas de ganhar dinheiro na estrada, caso sua grana esteja acabando ou você queira esticar o mochilão por mais tempo ou virar nômade. Aqui no blog, escrevi um artigo sobre formas de se manter financeiramente na estrada.
Etapa 3: o que fazer antes de começar o mochilão
Já avançou no planejamento do mochilão? Ótimo! Vamos à parte mais prática da preparação pra viagem.
Caso você vá viajar pelo Brasil, as providências burocráticas são simples. Basta ter um documento válido com sua foto atualizada, comprar a passagem de saída da sua cidade de origem, se necessário, e planejar o que vai levar na mochila ou mala.
Em relação às passagens, se você for viajar de avião recomendo ir monitorando os preços de passagens o quanto antes, até mesmo pra ter uma noção do valor habitual pra aquele trecho.
Eu uso buscadores de voos como Skyscanner, Kayak e Google Flights pra fazer essa busca, mas recomendo fazer a compra diretamente com as companhias aéreas. Ah, também vale ficar de olho em sites que divulgam promoções de passagens, como o Melhores Destinos.
Arrumando a bagagem
Muita gente deixa pra arrumar a mala de última hora, mas nesse quesito eu sou muito a favor do planejamento. Recomendo fazer uma lista do que pretende levar e começar a arrumação ao menos alguns dias antes da viagem.
Assim, você tem tempo pra lembrar de alguma coisinha que não veio à mente no primeiro momento, lavar roupas que estiverem sujas ou guardadas há muito tempo, comprar ou pegar emprestado algo que estiver faltando e pensar com calma sobre os itens que vai levar, caso a bagagem esteja muito cheia ou pesada.
Falando nisso, minha principal dica pra quem planeja um mochilão é tentar levar pouca coisa. Durante a viagem você vai agradecer ao seu “eu do passado” por pegar leve na bagagem, especialmente se o roteiro tiver muitos deslocamentos. Vá por mim: carregar muito peso em deslocamentos a pé ou de transporte público é horrível.
Se conseguir viajar só com mala de mão ou uma mochila que caiba no compartimento acima do assento, melhor ainda. Além da praticidade e segurança de não precisar despachar, você evita pagar as taxas que muitas companhias aéreas cobram atualmente.
Mas como fazer pra levar pouca coisa numa viagem longa? Pra quem ainda não tem experiência em mochilões isso pode parecer impossível, mas garanto que dá.
Escolha roupas confortáveis, que não sujem ou amassem facilmente e que combinem entre si. Roupa pra uma semana é suficiente, afinal, em qualquer lugar do mundo você consegue lavá-las e usar novamente.
Também não precisa levar todas as suas maquiagens, cosméticos ou sapatos, que ocupam espaço, pesam e você pode até esquecer por aí. Escolha os mais versáteis! No quesito calçados, um bom tênis (que já pode ir no seu pé), um par de chinelos e um sapato ou sandália costumam ser mais do que suficiente.
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Ao planejar um mochilão no exterior
Se for planejar um mochilão fora do Brasil, a preparação pré-viagem fica um pouco mais complexa. Se possível, recomendo resolver tudo com antecedência, pra não esquecer nada nem se estressar.
Comece fazendo uma lista de documentos que precisa levar. Veja quais deles ainda precisa emitir e que outras providências vai ter que tomar antes de viajar. Aqui no blog tem um post completo com uma check-list pra viagens internacionais.
Em resumo, é importante: emitir o passaporte (ou checar a validade, se já tiver), emitir vistos e tomar vacinas (se necessário pra entrar nos destinos), fazer um check-up médico e emitir procurações pra alguém de confiança (se a viagem for longa), avisar ao seu banco que você vai pra o exterior (pra que não bloqueiem seus cartões), comprar moedas estrangeiras, escanear seus documentos (é bom ter tudo na “nuvem” por precaução) e fazer seguro viagem (já precisei acionar várias vezes e acho indispensável).
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Como contratar um seguro viagem pela internet
Tudo resolvido? Ótimo! Agora é só relaxar e esperar o dia da sua tão esperada viagem. :) Se tiver mais dúvidas sobre como planejar um mochilão, pergunta aí nos comentários!
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2 Comentários
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Excelente Matéria Luisa, muitas dicas que eu nunca imaginei, já tomei nota da maioria delas, muuuito obrigado!
Que ótimo, Junior! Fico muito feliz :) Você encontra mais dicas como essas no meu livro: https://janelasabertas.com/livro