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Como funciona o seguro viagem: tire suas dúvidas

Dicas Práticas | 29/11/17 | Atualizado em 12/12/22 | 2 comentários

Muitos leitores e amigos que estão se preparando pra ir pra o exterior me perguntam como funciona o seguro viagem, se é obrigatório, como contratar, qual a diferença entre seguro e assistência, entre outras questões. Juntei as perguntas que mais escuto pra responder tudo de uma vez. :) Tentei deixar o post o mais completo possível, mas se você tiver outras dúvidas, já sabe, né? É só perguntar nos comentários!

Para que serve o seguro viagem?

Ele é como um plano de saúde temporário, pra ser usado onde o seu plano (que geralmente é regional ou nacional) não tem validade. Você pode usá-lo em caso de doenças, acidentes ou outros problemas que vou mencionar mais adiante. O seguro viagem vale nos destinos e no período que você informar na hora da compra.

Preciso mesmo contratar um seguro viagem?

Alguns países determinam que é obrigatório contratar um seguro viagem pra entrar no seu território. É o caso principalmente dos países que assinaram o Tratado de Schengen (quase todos da Europa). Nesse caso, é exigida uma cobertura mínima de € 30.000 pra entrar como turista. Outros países que também estabelecem essa obrigação são Cuba e Austrália.

“Então se eu não estou indo pra Europa, Cuba ou Austrália, posso dispensar esse negócio de seguro, né?”. Infelizmente isso não é nem um pouco recomendado. A gente sempre espera que nada de ruim aconteça com a gente, especialmente durante uma viagem (devia ser só alegria, né?), mas imprevistos, bem… São imprevistos, né? Estão além do nosso controle.

Se você precisar de um atendimento médico, por exemplo, e tiver contratado um seguro/assistência de viagem, não vai precisar desembolsar nenhum centavo além do previsto. Em muitos países isso faz uma diferença gigante: nos Estados Unidos, por exemplo, cuidar de um simples dedo quebrado pode custar mais do que sua viagem inteira.

Pra ter uma ideia do quanto você poderia gastar, uma dica é pesquisar os custos de alguns procedimentos médicos no país de destino, como uma diária em hospital, uma consulta de emergência ou uma intervenção cirúrgica. Isso também vai ajudar a decidir o valor da cobertura mais adequada pra sua viagem.

Também vale ressaltar que a rede pública de saúde de alguns destinos até atende estrangeiros, mas em muitos casos o atendimento é ruim (infelizmente isso não acontece só no Brasil). E com saúde não se brinca, né? Sem dúvidas é melhor prevenir do que remediar, e o seguro não é tão caro quanto você pensa.

Dá uma olhada lá no comparador de planos da SegurosPromo, por exemplo, pra ter uma ideia.

Leia também:
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O que está incluído no seguro viagem?

As coberturas variam de acordo com o que você contratar, por isso é importante ficar atento aos itens incluídos antes de escolher um plano. Normalmente os pacotes incluem assistência médica gratuita na rede privada parceira da seguradora, reembolso de atendimentos em outros estabelecimentos, traslado do corpo em caso de morte durante a viagem (bate na madeira) e auxílio financeiro em caso de extravio e atraso de bagagem, por exemplo.

Alguns planos também deixam o viajante coberto em caso de cancelamento de viagem, reembolsam a compra de medicamentos, oferecem assistência odontológica, passagens de ida e volta para um familiar caso você fique doente, assistência jurídica e até seguro de vida por morte ou invalidez acidental.

Fique atento também ao valor da sua apólice. As mais básicas costumam cobrir gastos médicos de até 30 mil euros (para a Europa) ou 30 mil dólares (para o resto do mundo). Caso a conta do hospital exceda esse valor, você terá que pagar a diferença. Por isso, em países com sistema de saúde mais caro (alô, Estados Unidos) pode ser interessante escolher uma cobertura mais ampla.

E se eu sofrer um acidente praticando esportes?

Se você está pensando em praticar esportes durante a viagem é bom ficar atento às cláusulas relativas a isso na hora de contratar o seguro. Nem todos os planos possuem cobertura pra acidentes durante a prática de esportes. Uma amiga já quebrou o braço pulando de bungee jump numa viagem e agradeceu aos céus porque o seguro dela incluía essa opção.

assistência de saúde no exterior

Qual a diferença entre seguro e assistência?

Basicamente a diferença entre seguro viagem e assistência de viagem é que no caso do seguro, você paga pelo atendimento e é reembolsado depois, enquanto no caso da assistência você não precisa pagar (desde que o atendimento não ultrapasse o limite previsto no contrato).

Apesar de o termo “seguro” ser muito mais usado no mercado, os dois tipos de produtos estão incluídos na maioria dos planos, como os que já usei da Allianz e AssistCard/SegurosPromo. A diferença é o hospital ou clínica aonde você vai.

Não ficou claro? Funciona assim: se você for em um hospital ou consultório médico conveniado, indicado pela sua seguradora, você estará coberto pela assistência e não precisará pagar nada. Em minhas viagens, sempre que precisei de assistência médica usei essa opção, aliás.

Mas se você quiser ir em outro hospital de sua preferência, terá que pagar e depois será reembolsado pela seguradora. Pode ser o caso especialmente em regiões mais remotas, onde a rede credenciada às vezes não é tão ampla. Nessas situações pode ser mais fácil resolver logo e pegar o reembolso depois.

Posso usar o seguro do cartão de crédito?

Muitos cartões oferecem seguros viagem gratuitos para os seus clientes, especialmente em categorias Platinum e superiores. Pra saber se tem direito, confira as informações sobre benefícios do seu cartão; geralmente é preciso efetuar a compra das passagens com ele.

Se todos os participantes da sua viagem estiverem incluídos no benefício, ótimo! Mas não se esqueça de pedir à operadora a apólice do seguro, pra ver se a cobertura é suficiente. Se não for, contrate outro plano separadamente.

Na hora de analisar a cobertura, confira se ela inclui no mínimo assistência médica por doença ou acidente (com mínimo de 30 mil euros pra Europa), repatriação e assistência funerária. Veja também se o serviço oferecido é de assistência (com uma rede conveniada onde o viajante é atendido gratuitamente, como expliquei no tópico anterior) ou se é apenas no esquema de reembolso, que pode ser burocrático.

Outro item a se observar é a duração do seguro: muitos cartões tem um limite de cobertura de 31 dias, então não são suficientes se você for fazer um mochilão mais longo ou um intercâmbio, por exemplo.

Preciso contratar seguro para viagens dentro do Brasil?

Eu sempre pensei em seguro viagem como algo exclusivo pra destinos internacionais, mas recentemente me liguei que também são oferecidos aqui dentro do Brasil. Caso o seu plano de saúde não tenha abrangência nacional, vale a pena contratar um.

Assim, você fica com acesso à rede privada em caso de emergências médicas, além de aproveitar benefícios como auxílio no extravio de bagagens. O seguro viagem nacional pode ser contratado para viagens a partir de 100 km de distância da sua residência.

Como faço para usar o seguro se precisar?

Por mais que se reze pra Nossa Senhora dos Viajantes, às vezes dá ruim (como dizem os xovens) e a gente acaba precisando descobrir qual é a qualidade do atendimento do seguro na prática. :P Já rolou comigo quatro vezes e sempre deu tudo certo, amém.

Não se esqueça de ter sempre com você (impresso ou na “nuvem”, ou seja, no e-mail, dropbox ou similar) o contrato do seguro, mesmo que seja o do cartão de crédito.

Ah, e também é recomendado levar isso impresso na bagagem de mão, especialmente pra entrar em países onde o seguro é obrigatório, porque o comprovante pode ser exigido na imigração. E se você for dos mais precavidos, vale mandar uma cópia pra seus companheiros de viagem e pra alguém de confiança aqui no Brasil.

Anote em um lugar de fácil acesso (ou fotografe com o celular, por exemplo) os telefones de atendimento pra casos de emergência, que costumam aparecer em destaque no início da documentação. Normalmente existe um número pra cada país, pra você fazer ligação local, e muitas seguradoras aceitam chamadas a cobrar.

Eu costumo ligar do Skype (tenho sempre uns R$ 15 de crédito caso role alguma bronca e eu tenha que falar com meu banco no Brasil, por exemplo #truestory). Todos os seguros que conheço que são comercializados no Brasil oferecem atendimento em português 24h por dia, todos os dias, e muitos também oferecem chat online e respondem rápido a e-mails caso você não possa ligar.

Nas vezes em que precisei usar os seguros que tinha contratado (Allianz e AssistCard/SegurosPromo), liguei pra as seguradoras e me pediram um telefone pra contato. Depois de alguns minutos, me retornaram a ligação informando que um médico iria até minha hospedagem, ou explicando o endereço de uma clínica aonde eu deveria ir pra ser atendida no horário marcado por eles.

Não precisei mostrar nenhum documento pra ser atendida, e não tive que pagar nada antes nem depois das consultas.

Caso você procure atendimento fora da rede conveniada, guarde todos os documentos relativos ao atendimento e se informe pra saber como receber o reembolso. E caso seja um procedimento muito emergencial e você não consiga entrar em contato com a seguradora antes, forneça os dados do seguro no local onde for atendido e ligue assim que estiver em condições.

Como encontrar o melhor seguro para minha viagem?

Antes de contratar um seguro, recomendo fazer orçamentos com mais de uma empresa pra comparar preços e coberturas. O site SegurosPromo, parceiro do blog, ajuda muito nisso.

Nele você pode fazer uma comparação detalhada de várias empresas com boa reputação, analisando qual possui o melhor custo-benefício para a sua viagem. Já contratei duas vezes o seguro da AssistCard através deles e também já usei o serviço da Allianz, então hoje quando vou viajar sempre comparo essa outra opção também.

Pra saber mais detalhes sobre como orçar seu seguro online e como conseguir um valor especial pra leitores do blog, confira este post sobre seguro viagem com desconto. Tem outra dúvida sobre como funciona o seguro viagem? Me diz aí nos comentários!

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2 Comentários

  1. onesimo antonio

    gostei

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