Turismo consciente: por que é tão importante e como praticar
Ama viajar? Que ótimo, eu também! Mas já parou pra pensar que nem toda viagem é boa pra os lugares que visitamos? Quando não é feito de forma responsável, o turismo contribui pra prejudicar bastante os lugares e as pessoas que vivem neles. Por isso, já passou da hora da gente se esforçar pra praticar um turismo consciente. O planeta tá mandando todos os sinais e não podemos continuar ignorando.
Mas o que significa “turismo consciente”? Em linhas gerais, ser um turista consciente é ter consciência de como você, enquanto viajante, impacta a comunidade e o meio ambiente locais. Deveria ser algo óbvio, né? Mas na prática, precisamos estar alertas pra exercitar o senso crítico e lembrar que mesmo que “todo mundo” esteja fazendo algo, isso pode ser errado ou prejudicial.
A ideia é transformar suas viagens numa oportunidade não só de transformação pessoal, mas de transformar positivamente a vida de quem mora no lugar também. Afinal, nada mais justo que se esforçar pra que uma experiência tão incrível pra você seja uma troca benéfica pra o outro também, né? Turismo consciente, no fim das contas, é sobre se perguntar: “estou fazendo tão bem a esse lugar quanto ele a mim?”.
E isso não se limita a um estilo de viajante. Você pode ser um turista consciente e ético viajando como mochileiro raiz, turista econômico ou viajante de luxo. Temos todos a responsabilidade de preservar as culturas que visitamos, manter o meio ambiente pra futuras gerações e dar um exemplo positivo.
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Por que se preocupar com turismo consciente?
Já ouviu falar em “overtourism”? Esse termo gringo significa, em tradução livre, “turismo em excesso”, e é usado pra falar de um problema grave que vem afetando vários destinos mundo afora. O turismo de massa vem prejudicando o meio ambiente e a qualidade de vida de muita gente.
É verdade que viagens têm o potencial de nos tornar mais solidários, menos preconceituosos e mais preocupados com o futuro do nosso planeta. Quando vamos além do superficial nas nossas viagens, aprendemos muito sobre outras culturas e desenvolvemos mais empatia por pessoas diferentes de nós.
Mas infelizmente, viagens muitas vezes se tornam apenas mais uma forma de consumo exacerbado. “Não compre coisas, compre experiências”, dizem por aí. Mas é importante lembrar que as experiências não podem ser simplesmente rotuladas como produtos e consumidas sem reflexão. Esse consumo tem muitas consequências ruins e nosso planeta tá gritando: do jeito que tá, não dá mais!
Quer alguns exemplos dos impactos negativos do turismo? Pra começar, essa indústria é responsável por 8% da emissão de gases de efeito estufa no mundo. Sem falar na degradação de inúmeros ecossistemas e no uso de animais em atrações turísticas, que em quase todos os casos é desaconselhado.
Também acontece muito o que se chama de mercantilização de manifestações tradicionais, transformadas em espetáculos ou “zoológicos humanos”. Sem falar nos lugares em que a cultura local vai perdendo suas características originais num esforço de oferecer serviços mais baratos ou mais “internacionais” aos visitantes.
“Ah, mas o turismo está gerando emprego e renda!”. Infelizmente, essa promessa é mais bonita na teoria que na realidade. Afinal, a grande maioria do dinheiro gasto com o turismo vai pra países do Norte global (que chamamos de “desenvolvidos”), aumentando a riqueza de quem já é rico. Infelizmente, muito pouco fica com a população local.
E o turismo massivo gera também problemas em cidades muito populares, que sofrem com o aumento absurdo nos preços dos aluguéis, “expulsão” dos habitantes originais e deterioração do patrimônio e do meio ambiente.
Entendeu por que o turismo consciente é tão necessário? Viajar de forma mais responsável nos permite viver experiências autênticas e ajudar o lugar, ou pelo menos atrapalhar o mínimo possível. E isso é cada vez mais urgente. Se não mudarmos nossa forma de viajar, não vai sobrar nada pra gente explorar.
Como praticar um turismo consciente
Tá, mas como praticar um turismo consciente? O que define uma viagem ética e responsável? São várias questões a se considerar, e é difícil ser um “viajante perfeito”. Mesmo com muita consciência ambiental e social, é provável que você não tome sempre a melhor decisão possível. Mas a gente tenta ser cada vez melhor, né? Por isso, compilei aqui algumas atitudes que você pode adotar em prol do turismo consciente.
Escolher destinos menos massificados
Não quero dizer que você não pode ir pra aquele destino dos sonhos que também figura na lista de sonhos da maior parte das pessoas mundo afora. Afinal, eu mesma fui a muitos desses lugares e falo deles aqui no blog. Mas já parou pra pensar que o mundo é MUITO maior do que aquele punhado de cidades que são mais visitadas pelos turistas há anos?
As praias mais famosas de um lugar, desde o Brasil à Tailândia, costumam ficar saturadas ambientalmente. Cidades muito desejadas pelos turistas, como Veneza e Barcelona, estão se transformando cada vez mais em “parques de diversão” voltados pra os visitantes, e não pra seus moradores. E destinos com patrimônio histórico impressionante como Dubrovnik, na Croácia, e Machu Picchu, no Peru, estão se deteriorando.
Enquanto isso, existem milhares de lugares no Brasil e no mundo que são pouco conhecidos, mas não menos deslumbrantes. Tenho amigos viajantes que tiveram experiências absolutamente incríveis em partes da Ásia Central, na África Ocidental e no interior do Brasil, por exemplo.
Em lugares menos explorados por outros visitantes, sua visita talvez seja um pouco mais trabalhosa por não existir tanta estrutura turística, mas certamente será mais rica em vários aspectos. Além de mais tranquila e possivelmente mais barata, sua viagem vai contribuir pra economia local e pode gerar trocas culturais surpreendentes, ajudando a quebrar estereótipos.
Buscar destinos próximos de onde você vive também é uma ótima forma de praticar o turismo consciente. Assim você evita os poluentes do transporte aéreo (que é uma das maiores fontes de emissão de dióxido de carbono), valoriza suas raízes e contribui com a economia local.
Viajar fora da alta temporada
Isso nem sempre é possível pra quem só tem férias nas épocas de maior movimentação turística. Mas se você tiver flexibilidade, uma forma de praticar turismo consciente é marcar sua viagem pra um período fora da alta temporada.
Você tende a ganhar muito com isso, já que não precisa lidar com multidões e preços inflacionados, nem tem que reservar todas as hospedagens, transportes e passeios com antecedência. Dá pra fazer uma viagem menos “amarrada” e mais tranquila.
Mas além dessas ótimas vantagens, a população local também sai ganhando, já que a sazonalidade é um dos maiores problemas do turismo de massa.
Vários destinos mundo afora ficam super cheios em algumas épocas do ano, muitas vezes além da sua capacidade física. Consequentemente, o meio ambiente e o patrimônio se deterioram. Por outro lado, nos meses de baixo movimento, as empresas e seus funcionários podem passar por dificuldades financeiras.
Muitos destinos de praia têm clima estável na maior parte do ano ou oferecem atrativos além da praia em si, enquanto vários destinos conhecidos pelo frio também são interessantes nos meses mais quentes, por exemplo. Viajar em baixa temporada pode ser uma delícia!
Se informar sobre questões políticas, históricas e culturais
Decidiu que vai pra tal destino? Comece a se informar sobre ele. Mesmo que não seja muito fã de história, é importante entender o básico do background do lugar; de preferência, antes de chegar. Ter uma noção mínima sobre a realidade local vai ajudar a praticar um turismo consciente quando estiver lá.
Procure informações atualizadas e bem embasadas sobre as principais problemáticas sociais, políticas e ambientais que a população local está enfrentando. Se tiver tempo, leia notícias, assista a filmes ou documentários e leia livros escritos por autores locais.
Além de se sentir viajando bem antes de colocar os pés no lugar, você vai chegar lá com um entendimento muito mais profundo sobre as questões que encontrar durante a viagem. Ver grandes monumentos e manifestações culturais é totalmente diferente quando você entende o contexto. E esse conhecimento também ajuda muito a se conectar com os moradores do lugar de uma forma mais profunda.
Respeitar a cultura e as tradições locais
Outra coisa importantíssima pra se pesquisar antes da viagem são questões culturais que você deve respeitar como turista, desde a forma de se vestir ao comportamento adequado no dia a dia.
Quando você visita um amigo, suponho que respeite as regras e preferências da casa dele, né? Ao viajar, você é uma visita naquele lugar, e deve agir de acordo.
Se mulheres costumam usar roupas mais modestas naquele destino, por exemplo, você deve fazer o mesmo. Se precisa cobrir cabeça ou ombros antes de entrar num templo, também. Não se sente à vontade? Então sugiro procurar outro lugar pra visitar.
Também tem coisas mais particulares que podem nos levar a desrespeitar uma cultura sem saber. Em alguns países, não se deve tocar na cabeça de crianças, recusar comida ou bebida que lhe são oferecidas ou apertar as mãos de alguém quando somos apresentados, por exemplo.
Da mesma forma, é importantíssimo respeitar as regras dos pontos turísticos que você visita. Se fotos não são permitidas ou for proibido usar flash, siga as instruções. Se tiver que tirar os sapatos antes de entrar, também.
E se for fazer farra, tenha bom senso. Não faça na “casa” dos outros o que você não faria na sua. Muita gente exagera nas bebidas ou drogas quando tá viajando, com base naquela história do “não sou daqui e não vim pra ficar”. Mas ser sem noção não tem graça nenhuma, né?
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Aprender o básico do idioma local
Vai viajar ao exterior e fala inglês, mas não o idioma local? Em vez de abordar as pessoas já em inglês, por que não perguntar primeiro se a pessoa fala o idioma? Ninguém tem obrigação de entender o que você diz em outra língua, e é provável que as pessoas sejam muito mais receptivas se você tiver esse pequeno cuidado.
O ideal é saber perguntar “você fala inglês?” no idioma local, assim como outras palavras e frases básicas. Oi, tchau, por favor e obrigada são termos fáceis de aprender até mesmo no caminho de ida até o país.
Fazendo isso, você não só torna seu dia a dia mais fácil na viagem como passa pra as pessoas a mensagem de que tem interesse na cultura local. Pensa só em como nós brasileiros costumamos ficar felizes quando vemos um gringo tentando se comunicar com a gente em português!
Ter paciência e senso de humor
Uma das coisas mais legais de ir pra outros lugares é encontrar formas de viver diferentes da nossa, né? Então por que diabos a gente tem mania de se irritar quando alguma coisa não é feita da forma em que estamos acostumados?
Em alguns países, o serviço em bares e restaurantes é super lento. Em outros, as pessoas não costumam respeitar filas. Tem lugares onde nada funciona na hora marcada, e outros em que você não pode se atrasar nem um minutinho, e assim por diante.
E o que acontece quando a gente se irrita com essas coisas? Só a gente sai perdendo! Afinal, quem disse que nosso jeito é mais certo que o deles? Além disso, não vamos conseguir mudar a cultura local em nossa breve passagem pelo lugar.
Fazer um turismo consciente também tem a ver com ter jogo de cintura pra lidar com situações que podem não ser tão agradáveis à primeira vista. É claro que todos temos nossos limites e pode ser que você decida não voltar a um lugar porque não curte certos hábitos. Mas enquanto está lá, é importante exercitar a paciência e o bom humor.
Deixar dinheiro com a comunidade local
Outro ponto importantíssimo do turismo consciente é tentar beneficiar financeiramente o destino que você visita. Como falei lá em cima, a maior parte do dinheiro que circula na indústria do turismo fica concentrada em grandes empresas, muitas delas sediadas nos países mais ricos do mundo.
E em destinos muito populares entre turistas, muitos investidores estrangeiros abrem negócios e prejudicam a população local. Em Veneza, por exemplo, grandes marcas pagam aluguéis caríssimos pelos espaços comerciais e, por isso, quase não existem mais negócios locais. Assim, os moradores se prejudicam e a cidade vai perdendo sua alma.
Quando viajar, tente priorizar agências e empresas que promovem um turismo consciente. Contrate guias locais e se hospede em empreendimentos administrados por nativos. Compre souvenires produzidos artesanalmente ou por pequenos negócios locais, em vez daquelas lembrancinhas produzidas em massa. Coma em restaurantes locais e barraquinhas de rua sempre que possível.
Outra prática muito legal é apoiar projetos de Turismo de Base Comunitária, que têm como objetivos melhorar a qualidade de vida da população local e preservar sua cultura. Essas iniciativas colocam os moradores em protagonismo e levam em consideração a sustentabilidade social, econômica e ambiental das atividades.
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Considerar a realidade econômica local
Falando em sustentabilidade econômica, vale também ter consciência na hora de pagar por produtos e serviços. Mesmo com a desvalorização do Real, nossa moeda continua valendo mais que a de muitos outros países. E aqui mesmo no Brasil, há muitas pessoas com poder financeiro menor que a maioria dos viajantes. Por isso, é importante ter consciência sobre a realidade econômica de onde você está.
Por um lado, em muitos lugares (como a Índia, onde estive recentemente) é recomendável barganhar nas compras pra não incentivar preços inflacionados que prejudicam não só outros turistas, como também a população local. Por outro lado, é preciso fazer isso com bom senso. Algumas rúpias ou bahts não vão lhe levar à falência, mas significam muito pra renda daquela pessoa.
Existe uma diferença entre pechinchar cada centavo e não aceitar ser cobrado 10 vezes mais que o preço normal de algum produto ou serviço. A ideia não é você tentar tirar vantagem, mas sim buscar uma transação que seja justa.
Ser respeitoso ao tirar fotos
Além de dinheiro, acho que uma das questões mais espinhosas do turismo consciente é o respeito aos habitantes na hora de tirar fotos. E é, também, um dos temas mais presentes no dia a dia das viagens, já que hoje as redes sociais são tão importantes pra boa parte dos viajantes.
Quando vemos pessoas muito diferentes de nós, é comum que tenhamos vontade de tirar fotos. Mas se isso não for feito com respeito e sensibilidade, não é muito diferente de tratar as pessoas como animais expostos num zoológico, né?
Sabe aqueles “termos úteis pra aprender no idioma local” que mencionei lá em cima? Pra mim, “posso tirar uma foto?” é um dos mais importantes. E se não souber perguntar, ou não der pra falar na hora, é possível comunicar isso com gestos e olhares. Se a pessoa disser “não”, virar pra o lado ou se mostrar irritada, peça desculpas e siga seu caminho.
Viajar mais devagar
Uma atitude que ajuda MUITO a praticar um turismo consciente é escolher viajar mais devagar. Em vez de passar por sete países em 30 dias, que tal se concentrar em dois? Em vez de querer conhecer o máximo possível de lugares novos e aumentar o número de carimbos no passaporte, que tal focar em experiências mais profundas em cada destino?
Viajar devagar é um movimento, chamado de slow travel, e traz vários benefícios pra gente e pra o mundo. Faz você ficar mais presente no que está vivendo e incentiva a conexão com as pessoas e a cultura local. Deixa de lado as maratonas e os lugares considerados “obrigatórios” e privilegia o que realmente faz sentido pra você no momento. Permite “brincar de morador” e vivenciar o dia a dia de outro lugar.
Com mais tempo, também fica mais fácil procurar opções alternativas de hospedagem, frequentar restaurantes e bares que pertençam a moradores, usar menos transportes poluentes, entender as particularidades da cultura local e se informar mais sobre a ética das atrações que escolher conhecer.
O slow travel nos ajuda a rejeitar a pressão pela produtividade imposta pelo capitalismo e respeitar seu ritmo e o ritmo da natureza. Potencializa trocas e aprendizados que podem ampliar nossa visão de mundo e vai na contra-mão da visão do turismo como “bucket-list” e dos lugares como mercadorias.
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Por que parei de contar países visitados
Ter responsabilidade ambiental
A essa altura talvez você esteja se perguntando cadê a questão ambiental aqui nessa história de turismo consciente. É claro que essa temática é importantíssima, mas deixei mais pra o final porque muita gente pensa que turismo sustentável ou responsável se resume a ecologia. E, como já falei aqui, é uma questão muito mais ampla.
Dito isso, vale reforçar: precisamos urgentemente ser viajantes mais responsáveis no que diz respeito ao meio ambiente. Pra isso, uma dica importante é pesquisar bastante e escolher empresas com práticas sustentáveis. Infelizmente, tem muitos hotéis e operadoras de turismo por aí se dizendo “verdes” só pelo marketing, então é legal se informar direitinho pra não ser enganado.
Outro ponto que faz muita diferença é viajar mais devagar e evitar aviões, ou pelo menos priorizar voos diretos e não fazer um pinga-pinga voando entre várias cidades. Além disso, o ideal é fazer deslocamentos internos a pé, de bicicleta ou de transporte público quando possível. Assim, reduzimos nossa pegada de carbono, que costuma ser altíssima durante viagens.
E obviamente seguem valendo os mesmos comportamentos que deveríamos ter em casa, né? Tipo consumir alimentos regionais e da época, ter sempre consigo garrafa d’água e sacola reutilizáveis, economizar água e energia elétrica, não deixar lixo nos lugares e não interferir na natureza.
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Como fazer um turismo ambientalmente sustentável
Evitar atrações turísticas com animais
Falando em natureza, vale lembrar que turismo consciente não é só sobre respeito a ambientes e pessoas, mas também aos animais que vivem ali.
Se você gosta de animais, é normal que se interesse em interagir com diferentes espécies quando viaja. No entanto, atrações turísticas que envolvem animais quase sempre são prejudiciais pra eles.
Segundo a Wildlife Conservation Research Unit, 550.000 animais silvestres sofrem no mundo todo por causa de atrações turísticas irresponsáveis. E quem participa dessas atrações geralmente não faz ideia dos problemas por trás delas.
Você talvez não saiba, por exemplo, que pra “amansar” um animal silvestre pra entreter turistas costumam ser usadas técnicas cruéis, como privá-lo de comida ou separá-lo dos pais.
E a maioria das pessoas também não sabe que o problema não está só no cativeiro. Como me explicou a equipe da organização Proteção Animal Mundial, sempre que as atividades com vida selvagem envolvem interação, os bichos sofrem em algum nível.
Isso pode provocar vários desequilíbrios, como torna-los dependentes da alimentação por humanos, provocar doenças, fazê-los brigar entre si por comida ou acelerar de forma anormal a reprodução de uma espécie e alterar o ecossistema do lugar. Por isso, um turista consciente não deve incentivar essas atrações.
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Turismo com animais: como evitar atrações cruéis
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Só voluntariar com responsabilidade
Viajar pra fazer trabalho voluntário pode parecer uma ótima forma de praticar um turismo consciente, né? Infelizmente, essa prática pode atrapalhar muito mais do que ajudar. Não duvido que suas intenções sejam maravilhosas, mas ao decidir voluntariar no exterior é preciso considerar várias questões éticas.
Isso porque as possíveis consequências negativas são inúmeras. Desde questões mais subjetivas como a criação de obstáculos pra o desenvolvimento local a situações criminosas como a indústria dos orfanatos em vários países, como expliquei no artigo sobre problemas do volunturismo.
Mas isso não quer dizer que todo trabalho voluntário no exterior é prejudicial, tá? A questão é se informar bastante pra se certificar de que suas ações não tragam mais prejuízo do que benefícios. Pra saber como voluntariar viajando e ter um impacto positivo, veja o artigo sobre ética no volunturismo.
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Conversar sobre turismo consciente com outros viajantes
Muitos dos problemas do turismo só vão melhorar significativamente quando houver mudanças estruturais na nossa sociedade. Afinal, tem muita coisa profundamente arraigada na nossa forma de ver o mundo, como o ideal de crescimento econômico ilimitado, a visão de pessoas e experiências como itens de consumo e a ideia de que nós humanos podemos explorar o meio ambiente como quisermos.
Pra respeitar nosso planeta e as pessoas que moram nele, precisamos de mudanças políticas e econômicas a nível global. Mas além de nos articular pra isso, podemos também fazer nosso papel em prol do turismo consciente. E isso vai além das nossas atitudes individuais.
Afinal, a maioria de nós já fez coisas de que se arrepende em viagens, antes de tomarmos consciência sobre o impacto dessas ações. Quando aprendemos, temos a responsabilidade não só de agir diferente, mas também de compartilhar esses aprendizados com outras pessoas.
Tem amigos viajantes ou conheceu pessoas durante a viagem? Não tenha vergonha de falar pra eles, de forma educada, que não é OK tirar fotos posando com tigres ou desrespeitar as normas culturais locais, por exemplo.
Além disso, podemos incentivar outras pessoas a interagir mais com a população local, mostrando como é massa viver uma imersão cultural mais profunda. Assim, vamos aprendendo juntos e viajando de uma forma cada vez mais positiva tanto pra nós quanto pra o mundo. Vamos nessa?
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6 Comentários
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excelenteeee conteúdo!! muito obrigada! :))
Ahh que bom que gostou, Amanda! Obrigada por comentar! :)
Ola Luisa,
Conteudo otimo e abrangente, achei muito interessante. Quero ter mais consciente quanto a isso.
Obrigada por compartilhar esse conhecimento.
Muito obrigada por comentar! Fico feliz que tenha gostado :)
O conteúdo do seu blog foi realmente uma janela aberta, que ampliou minha inocente ideia de que turismo sustentável se limita a respeito ao meio ambiente. Obrigada pelo conteúdo de qualidade. Sucesso nos próximos destinos :))
Ahh, Talita. Que querida! Muito obrigada por comentar, fico super feliz por ter contribuído :) Vou lançar em breve um livro que acho que pode te interessar, se quiser saber mais me avisa. Um abraço e boas viagens!