Ainda vale a pena ter um blog de viagens hoje em dia?
Quando digo a alguém que tenho um blog de viagens profissional, a primeira reação quase sempre é uma dessas três: a) “Então você vive viajando? Que sonho!”; b) “E como se ganha dinheiro com isso?”; c) “Mas as pessoas ainda leem blogs?”.
Já escrevi aqui sobre como é ser location independent e sobre como criar e monetizar um blog. Agora é hora de dar meus dois centavos de opinião sobre a terceira questão: ainda vale a pena ter um blog de viagens?
Sim, as pessoas têm cada vez menos paciência ou concentração pra ler textos longos. E sim, o conteúdo em vídeo vem se tornando cada vez mais importante. Mas será que isso significa que os blogs morreram? Muita gente defende que não. E, como você pode imaginar, eu sou uma dessas pessoas.
Caso você esteja pensando se vale a pena ter um blog de viagens porque quer começar o seu agora, porque já começou e não sabe se investe mesmo nele ou porque é simplesmente curioso, dá uma olhada nos meus motivos e me conta o que acha!
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Por que vale a pena ter um blog de viagens?
1. Pra investir em “terreno próprio”
Começo pela parte mais business da coisa, com uma máxima muito repetida pela galera da área: é melhor investir em terreno próprio que alugado. E não, esse texto não virou de repente uma publicação sobre investimentos ou sobre imóveis.
O “terreno alugado”, no caso, são as amadas-e-odiadas redes sociais. Claro que é importante dedicar energia a pelo menos algumas delas. Mas quem acompanha minimamente esse mercado já percebeu há tempos que a história se repete, como observa Matheus Sousa: “uma rede social ganha fama, constrói uma base gigantesca de usuários, esses usuários passam a oferecer produtos e serviços, os resultados começam a aparecer e… a tal rede social corta o alcance orgânico dos conteúdos dos usuários para que os mesmos invistam em anúncios”.
As redes estão aí pra fazer dinheiro, e não pra nos ajudar a distribuir nosso conteúdo gratuitamente. Elas podem mudar as regras a qualquer momento. E é justamente o que têm feito, com alterações de algoritmos e atualizações que deixam todo mundo doido.
E enquanto a gente fica correndo numa rodinha de hamster, as redes sociais aumentam suas bases de usuários, nos deixam cada vez mais viciados e fazem negócios “estourarem” e se tornarem dependentes delas. Mas essa dependência é um risco, né?
Afinal, de um dia pra o outro o Instagram pode tirar sua conta do ar, alguém pode hackear seu perfil e apagar tudo, o algoritmo pode mudar loucamente e reduzir seu alcance pela metade ou a rede pode simplesmente deixar de existir. E se o seu trabalho estiver todo concentrado lá, como fica?
Ter um blog, por outro lado, é como ter uma casa própria na internet. É claro que nada nessa vida é 100% garantido além da morte, né? Mas você tem muito mais controle sobre um blog que sobre uma rede social. Pode fazer backup de tudo que produz quando quiser, por exemplo.
E apesar de o Google não divulgar todos os critérios que usa pra decidir quais sites aparecem nos primeiros resultados, tem muita coisa sobre SEO que já se sabe que funciona. E mesmo que você não entenda todos os pormenores técnicos, não é algo tão misterioso: em linhas gerais, o conteúdo que entrega o que os usuários precisam costuma chegar nas pessoas. Ou seja: ainda é possível alcançar muita gente sem gastar dinheiro.
2. Pra chegar em quem tá procurando ativamente sobre o assunto
Conteúdos publicados num blog e numa rede social têm funções diferentes – geralmente complementares. Por mais que os algoritmos entendam cada vez mais o que gente a gosta (pra o bem e pra o mal), algo que você vê no Instagram não é necessariamente o que tá procurando naquele momento.
Vejamos o caso de viagens, por exemplo. Você pode estar pensando em viajar nas próximas férias, mas não sabe pra onde. Tá ali rolando o feed antes de dormir, como quem não quer nada, e encontra um post com dicas sobre a Índia. Pronto: plantou-se na sua cabeça a sementinha da vontade de ir pra Índia.
Qual vai ser seu próximo passo? É possível que você procure outras postagens desse mesmo perfil pra saber mais sobre a viagem que essa pessoa fez. Também pode ser que você clique em algumas hashtags pra ver outras fotos do destino lá no próprio Insta.
Mas em algum momento do processo de pesquisa e planejamento da viagem, é muito provável que você sinta necessidade de encontrar informações mais detalhadas. E aí você vai fazer isso onde? No Google. E o que vai aparecer como resultado, respondendo às suas dúvidas? Blogs de viagem.
Ou seja: enquanto as redes são muito úteis pra inspirar, elas não substituem o poder de um site ou blog, que pode ser encontrado facilmente na internet como resposta a uma busca específica.
E vale ressaltar que esse comportamento dos usuários é especialmente útil pra quem quer ganhar dinheiro com esse rolê de produção de conteúdo.
Por exemplo: a pessoa que chega até você através de uma busca específica, tipo “onde se hospedar em Mumbai”, tem muito mais chances de efetuar uma reserva num hotel em Mumbai que alguém que viu por acaso uma foto no seu Instagram mostrando um hotel. Se seu objetivo é gerar reservas de hospedagem, os leitores do blog tendem a converter mais.
3. Pra fazer um “back-up” das suas memórias de viagem
Ok, mas você tá querendo saber se vale a pena ter um blog de viagens só por hobby mesmo, sem a menor pretensão de gerar lucro? Talvez esses dois pontos acima não se apliquem tanto a você, mas existem vários outros motivos pra blogar.
Um dos principais, pra mim, é fazer do blog tipo um HD externo pra minha memória. Essa foi, afinal, a grande motivação pra que eu criasse, lá em 2012, esse blog aqui. Depois de ter feito três intercâmbios e acumular deles muito menos lembranças do que gostaria, resolvi evitar esse problema quando estava prestes a embarcar pra um mestrado no exterior.
Até hoje, muitas vezes amigos me perguntam o que fazer em tal lugar e eu digo “vê lá no blog”. Pode parecer que tou sendo preguiçosa ou querendo mais cliques, mas juro de dedinho que a razão não é essa. É que não lembro mesmo. O blog, na real, sabe muito mais sobre minhas viagens do que eu mesma.
Vez ou outra, abro um post antigo e fico lendo todinho. Não só pra revisar e editar coisas toscas que eu não sabia fazer direito na época (acontece muito quando você começa fazendo o negócio por instinto), mas também pra relembrar as viagens.
Quando você faz anotações, escreve sobre seus sentimentos e impressões e separa as fotos mais importantes daquele rolê, cria um back-up de algumas das melhores experiências que viveu.
4. Pra aproveitar o potencial terapêutico da escrita
Escrever é uma forma maravilhosa de terapia. Colocar no papel (ou na tela) algo que aconteceu me ajuda muito a dar sentido ao que ainda não terminei de processar. Quando os sentimentos vão tomando a forma de palavras, às vezes chego a me surpreender com as conclusões que aparecem ali, quase que como mágica.
Além disso, a escrita pode ser uma ótima distração. Afinal, é um trabalho que requer um mínimo de concentração, artigo cada vez mais raro. Com tantos estímulos externos, uma mania de multitasking e mil notificações chamando nossa atenção o tempo todo, parar e focar na escrita pode ser um alívio.
Quando abro uma tela em branco, muitas vezes me sinto sem inspiração e distraída, já que trabalho com isso e não posso esperar o momento ideal pra escrever. Mas quando vem o “fluxo” e começo a vomitar palavras, parece que não existe nada mais no mundo. Problemas pessoais, notícias terríveis, afazeres do dia a dia: tudo fica pausado quando você mergulha no texto.
5. Pra ajudar ou inspirar outras pessoas
Tá, mas pra alcançar esses pontos 3 e 4 você poderia muito bem usar um diário em papel ou documentos do Word e não deixar ninguém ler, né? Por que, então, publicar na internet? Porque além de guardar essas lembranças todas pra você, é massa dividi-las com o mundo.
Uma das primeiras descrições do Janelas Abertas dizia que “acredito que toda descoberta é melhor quando compartilhada”. Continuo pensando assim: é um grande desperdício aprender ou conhecer coisas incríveis e guarda-las só pra mim. E sentir que tou ajudando alguém provoca uma satisfação tão grande que essa é, hoje, minha maior motivação pra continuar blogando.
Você ama viajar e gosta de se sentir útil? Se tiver disposição e tempo pra escrever, então digo sem pestanejar: vale a pena ter um blog de viagens. Essa é, afinal, uma ótima forma de ajudar os outros a evitar furadas, aproveitar melhor o destino, descobrir lugares incríveis, aprender sobre outras culturas, ver o mundo sob outra perspectiva etc. etc. etc.
Há alguns meses, criei uma pasta no computador pra guardar os comentários mais lindos que recebo de leitores. Quando alguém me diz que um post meu facilitou o planejamento de uma viagem, deu coragem pra cair na estrada sozinho(a) ou fez refletir sobre algo, solto fogos de artifício por dentro.
Por isso, sempre faço questão de responder todas as mensagens e comentários. E, pra os mais fofos, aproveito pra reforçar que esse feedback traz uma baita motivação.
Às vezes parece que estamos escrevendo “pra o vento”, soltando palavras no oceano infinito da internet. Mas lembre-se sempre que tem pessoinhas de verdade do outro lado da tela, mesmo que a grande maioria não se manifeste. Se você se esforçar pra produzir conteúdo de valor, certamente vai fazer a diferença na vida de alguém.
6. Pra pesquisar com mais profundidade sobre os destinos
Sabe quem também vai descobrir coisas novas com seu blog? Você! Além de aprender (por bem ou por mal) sobre assuntos relacionados à arte de blogar, como uns rolês de tecnologia e produção de textos, você também tende a aprender bastante sobre os lugares que visita.
Afinal, quando a gente tá num destino só a passeio, não tem necessariamente um grande compromisso com pesquisa. É claro que você pode ser naturalmente curioso e se interessar por tudo que tá por trás de cada lugar, mas mesmo esse tipo de pessoa tende a ir ainda mais a fundo quando sabe que vai compartilhar os aprendizados com os outros.
Antes de chegar num lugar, eu costumo pesquisar bastante sobre a cultura e os atrativos pra descobrir o que há de mais interessante e trazer aqui pra o blog. Quando tou lá, tento anotar o máximo de informações pra contextualizar o que vou escrever depois.
Quando tou escrevendo o post, pesquiso ainda mais pra deixar o texto mais rico e ter certeza de que não vou dar nenhuma informação errada. E não acaba aí: muitas vezes, um leitor complementa o texto com outros dados ou percepções que eu não tive.
No fim das contas, o resultado vai muito além de produzir um conteúdo interessante e útil pra vocês. Quem mais aprende sou eu. :)
7. Pra fazer amigos
Sabe aquela parte que mencionei acima sobre quando o leitor complementa um post? Essa troca é outra das grandes motivações pra que eu mantenha esse blog de viagens há mais de sete anos. Além de ficar feliz por me sentir útil, aprendo muito com vários leitores e também com outros produtores de conteúdo e parceiros que conheci através do blog.
Às vezes essa troca é algo pontual, mas aqui e ali se formam laços que vão além. Tenho amigas muito próximas que conheci porque eram leitoras do blog e acabei encontrando pessoalmente. Já vivi experiências maravilhosas e tive conversas interessantíssimas com outros blogueiros da área, que encontrei em eventos e press trips ou virtualmente. E conheci gente de todos os continentes em viagens que não teria feito se não fosse pelo blog.
Ou seja: muitas das pessoas com quem mais me identifico hoje em dia não estariam na minha vida se não fosse pelo Janelas Abertas. E sou imensamente grata por isso!
Considerações: vale a pena ter um blog de viagens?
A) É preciso tempo e dedicação
Já deu pra entender que eu acho que vale a pena ter um blog de viagens, né? Mas caso você queira levar o blog a sério, seja como hobby ou pra ganhar dinheiro com ele, tenho um adendo: saiba que é preciso muita dedicação.
Configurar um blog, escolher e editar fotos, pesquisar e escrever textos e as outras mil tarefinhas atreladas à blogagem dão BASTANTE trabalho. Por isso, se você procura só uma forma de mostrar sua viagem pra família, uma conta no Instagram ou mesmo um álbum no Facebook podem ser opções mais adequadas.
Caso você queira criar um diário virtual legal, mas sem pretensões profissionais, é claro que não existe uma grande cobrança, mas o trabalho vai ser maior do que ao usar uma rede social já pronta. E se quiser fazer disso seu ganha-pão ou ao menos garantir uma renda extra, fique sabendo que nada acontece da noite pra o dia.
É preciso investir bastante tempo e trabalho até seu blog crescer e gerar renda e a maioria das pessoas desiste nesse caminho. Mas se você ama blogar e tem isso como uma das prioridades na sua vida, vale muito a pena tentar.
Se precisar de ajuda, dá uma olhada no curso completinho sobre Como criar e monetizar um blog de viagens que criei a convite da Worldpackers. Se tiver alguma dúvida sobre o curso é só me escrever!
B) Dinheiro não pode ser a principal motivação
Por fim, uma conclusão pessoal que repito pra mim mesma: por mais que você viva do blog, o ideal é que o dinheiro não seja sua principal motivação. É claro que não é fácil alcançar esse equilíbrio, já que um negócio precisa ser tratado como tal, e isso significa tomar decisões estratégicas tendo em vista a sustentabilidade financeira.
Mas acho importante fazer também um esforço consciente pra não se perder nisso. Pelo menos se você, assim como eu, quis começar o blog porque ama escrever. Números, sejam na conta bancária ou de audiência, podem ser bem motivadores. Mas se o foco total é na performance, é provável que você deixe de lado algumas das coisas que mencionei acima, tipo o prazer de escrever como terapia, de aprender e compartilhar, de se conectar com outras pessoas.
Às vezes sinto saudade do tempo em que a maioria dos blogs era pessoal e não tinha absolutamente nenhuma pretensão de lucro. Naquela época, eu não encontrava tantos layouts bonitos e informações organizadas, mas também não via tanto conteúdo parecido fazendo de tudo pra aparecer em primeiro lugar nos resultados do Google.
Se você quiser criar um blog de viagens, ou qualquer que seja o tema, só pra ganhar dinheiro, vá nessa (ainda que eu ache que existem formas muito mais fáceis e rápidas de lucrar). Mas se tem paixão envolvida, faça um favor pra mim: não deixe que ela se apague.
E você, acha que vale a pena ter um blog de viagens, ou pensa que “já deu”? Teria mais algum ponto pra acrescentar a essa lista? Fala aí nos comentários!
Pra conferir muito mais conteúdo sobre viagens todos os dias, siga o Janelas Abertas no Facebook, no Instagram e no Youtube. Espero você lá! :)
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16 Comentários
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Adoro esses seus posts! Veio em ótima hora!! Estou justamente num processo de revisar e rever algumas funções do blog e até seu objetivo. Obrigado!!
Que bom que o post foi útil, Carlos! Fico muito feliz :) Obrigada pelo feedback! Um abraço e boa sorte com os novos passos do blog ;)
Tô nessa desde 2011 e me vi no seu texto.
Genial e do fundo do coração, não tem como achar uma vírgula com a qual não concorde.
É bom ler coisas assim para nos lembrarmos dos motivos pelos quais começamos esta missão.
Oi, Diogo! Ah, que massa saber que você se identificou :) Acho que vai ser sempre uma montanha-russa, mas vale muito a pena, né? Um abraço e boa sorte pra nós! haha
Excelente post! Muita inspiração e reflexão para quem tem ou quer ter um blog de viagens! Como você é generosa!! Adorei!
Oi Luisa, eu não poderia concordar mais com tudo que você disse. Ter meu blog me faz tão bem, apesar dele ser bem novo e me dar bastante trabalho. Mas saber que ele existe, que é do jeitinho que eu escolhi, isso tudo me dá uma sensação incrível de realização pessoal e um orgulho tão grande. Obrigada pelo post. :)
É bem isso! Realização que não tem preço, né? haha :) Que bom que tu gostou do post! <3
Ótimo texto! Boa motivação para meu pequeno e amado blog. <3
Ah, que massa <3 Obrigada por comentar e boa sorte com o blog! :)
Muito bom o post, conseguiu encaixar todas as motivações. O meu é beemm amador, mais, para, como você disse, ajudar a memória, e também os registros. Me decidi depois que derrubei o celular e perdi um monte de fotos de uma viagem maravilhosa, que ainda não tinha passado para o blog. Me fez decidir voltar! Obrigada, pelo incentivo!
Que ótimo que o post te incentivou, Ana Luiza! Fico super feliz :) É ótimo ter esse cantinho só nosso, né? Um abraço e boas viagens!
Eu gosto de assistir vídeos no youtube e artigos no Medium, mas acho que a tela fica muito poluída e com conteúdo demais, isso é péssimo para a criação de vínculo com o material do autor
Oi Luísa, que legal seu post.
Faz algum tempo venho reunindo coragem para reativar um blog que criei a alguns anos e nunca alimentei de verdade. Não tenho objetivos financeiros e não é especificamente sobre viagens, mas um espaço para trocar ideias e inspirações. Um ideia bem das antigas não é!? rsrsrs… mas o que você colocou no seu post fez muito sentido para mim e me motivou a continuar. Escrever me faz muito bem e quem sabe algo que eu compartilhar ali pode ajudar alguém… isso vai ser massa. Parabéns pelo seu texto e pelo seu blog, ganhou mais uma fã. bjos.
Oi, Nathália! Que legal que você curtiu o post. Fico muito feliz que tenha sido útil! E acho maravilhoso que ainda existam blogs “das antigas” hahah. Amo! Continua com esse projeto, sim. Se te fizer bem, certamente fará sentido pra outras pessoas também :) Um abraço!
Oi Luisa, achei bem completo seu material. Estou pensando em começar um Blog de viajens, bem devagar, sem queimar etapas. Tenho uma dúvida, já pensando num futuro, preciso ter CNPJ ? Sabe se como MEI posso ter um blog mais profissional ?
Obrigado
Oi, Nick! Você vai precisar de CNPJ se quiser profissionalizar, sim, porque para monetizar o blog da forma legalmente correta é preciso emitir nota fiscal pelos serviços prestados, e muitos fornecedores exigem isso. Mas não me preocuparia em fazer isso antes mesmo de começar o blog, porque para que você lucre com afiliados ou feche parcerias é preciso ter já alguma audiência consolidada :) E sim, pode ser MEI!