Vantagens e desvantagens do nomadismo digital (e como lidar com os desafios)
Ser nômade digital é hoje uma realidade para muita gente. Afinal, a pandemia fez com que muito mais empresas e profissionais autônomos aderissem ao trabalho remoto e transformassem o mundo no seu escritório. Mas a verdade é que esse estilo de vida não é para todos. Por isso, sempre recomendo ter consciência das vantagens e desvantagens do nomadismo digital antes de decidir viver assim.
Falo por experiência própria: eu trabalho remotamente desde o início de 2017. No início dessa jornada de “anywhere office”, já passei meses viajando sem parar enquanto continuava trabalhando no meu negócio online e como freelancer. Depois de um tempo, percebi que as desvantagens do nomadismo digital pesavam para mim e resolvi continuar usufruindo da liberdade geográfica com uma base fixa.
Como minha principal ocupação é escrever sobre viagens, tenho muitos amigos que também são viajantes em tempo integral e vários deles estão há anos bem felizes com o estilo de vida nômade. Convivendo com eles, aprendi mais ainda sobre os desafios dessa escolha e como contorná-los.
Neste artigo, vou falar sobre os prós e contras do trabalho remoto, e mais especificamente do nomadismo digital, de forma realista. E vou trazer também dicas para lidar com os desafios da vida nômade e aproveitar ao máximo seus benefícios.
O que é nomadismo digital?
Antes de mais nada, vamos esclarecer o que é esse danado de nomadismo digital? Basicamente, significa viver em frequente movimento, sem ter um lar fixo para onde voltar, e ter um trabalho que pode ser feito 100% online.
Dá para ser nômade digital com as mais diversas profissões. Desde que você não precise estar presencialmente em um só lugar e possa ganhar dinheiro online, seja com sua formação original ou desenvolvendo novas habilidades, dá para experimentar o nomadismo fazendo vários tipos de trabalho.
Tem quem trabalhe remotamente para uma empresa específica, até mesmo com contrato CLT. Tem quem empreenda online, criando a própria empresa. E tem quem trabalhe como freelancer, prestando serviços que possam ser feitos a distância. Eu adotei esses dois últimos formatos e adoro viver assim. E estou longe de ser a única!
Um estudo do Banco Mundial citado pelo The Summer Hunter mostrou que 23,9% das profissões podem ser exercidas remotamente nos países do Norte Global e 18,7% nos demais. E uma pesquisa da consultoria MBO Partners apontou que nos Estados Unidos o número de nômades digitais passou de 7,3 milhões em 2019 para 10,9 milhões em 2020.
Vale ressaltar que também é possível ser nômade “não digital”, caso você prefira viajar trabalhando presencialmente nos lugares por onde passar. Dá para buscar empregos temporários, muito comuns em destinos turísticos na alta temporada, ou empreender de forma presencial, oferecendo serviços ou produtos físicos. De qualquer forma, você vai ter boa parte das vantagens e desvantagens do nomadismo digital.
Vantagens de ser nômade digital
Agora que já entendemos como esse tal de nomadismo funciona, vamos aos benefícios do nomadismo digital?
1. Conhecer lugares novos com frequência
Para quem sonha em conhecer o mundo inteiro, essa certamente é uma das principais vantagens do nomadismo digital: poder viver viajando constantemente. Em vez de só conhecer novos destinos nas férias e feriados, você pode ir para um lugar diferente sempre que quiser.
Conviver com pessoas de diferentes culturas, montar seu escritório temporário em meio a cenários incríveis e viver uma vida repleta de novidades e descobertas é maravilhoso!
Sua rotina não precisa ser nada previsível e você pode aproveitar cada momento livre para viver algo inesperado, desde provar uma comida diferente a fazer um passeio turístico.
2. Poder “brincar de morador”
Além de passar por vários lugares rapidamente, conhecendo-os só como turista, a vida como nômade digital também permite curtir os destinos com mais calma -ou, como costumo dizer, brincar de morar em vários lugares. Essa é minha vantagem do nomadismo digital preferida.
Você decide quanto tempo fica em cada lugar, então pode vivenciar a realidade local com calma, fazendo imersões culturais mais profundas que uma pessoa que tem um prazo limitadíssimo para estar ali. E pode até criar uma rotina no lugar, o que eu particularmente acho uma delícia. É como fazer um intercâmbio, mas sem gastar um monte de dinheiro com uma agência.
Sem falar que, dependendo do seu orçamento e dos destinos que escolher, você pode experimentar viver em lugares onde talvez não morasse de forma mais “definitiva”, como uma mansão à beira-mar, uma cabana isolada numa montanha, um apê supermoderno…
3. Ter flexibilidade de horários
Se você trabalhar remotamente em horário comercial, esse item não se aplica. Mas a maioria dos nômades digitais ganha dinheiro de forma mais autônoma, seja como freelancer ou empreendendo na internet. Nesses casos, você geralmente consegue definir seus próprios horários de trabalho e descanso.
Essa é uma das melhores vantagens do nomadismo digital, mas também faço uso desse privilégio mesmo tendo uma base fixa. Por mais que precise estar online em horário comercial para alguns trabalhos, no geral eu posso me dedicar aos meus afazeres nos horários que mais me convêm. É incrível ser dona do meu próprio tempo.
Quem se sente mais produtivo de manhã cedo pode madrugar, dar um gás nas tarefas até a hora do almoço e curtir o resto do dia como preferir. Já as pessoas que são mais noturnas podem se ocupar com outras coisas durante o dia e virar a noite trabalhando, por exemplo.
Da mesma forma, é possível trabalhar no final de semana ou num feriado e ir passear no meio da semana. Essa é uma grande vantagem em destinos turísticos, já que você evita frequentar os lugares quando estão muito cheios.
4. Economizar dinheiro
Talvez você se surpreenda com essa vantagem do nomadismo, mas juro que não é lorota: muitas vezes é mais barato viver viajando que parado num só lugar. Especialmente se compararmos um estilo de viagem de baixo custo com a vida em grandes centros urbanos no Brasil, onde os gastos fixos costumam ser altos.
Para economizar, é claro que é preciso fazer escolhas inteligentes em relação às finanças. Afinal, você vai ter que pagar por passagens, locomoção interna, internet, telefone e acomodação (a não ser que siga minhas dicas para viajar com hospedagem grátis). Mas viajar pelo mundo como nômade é bem diferente de tirar férias.
Além disso, no estilo de vida nômade você não vai pagar aluguel ou parcela de financiamento de imóvel, água, luz, gás, condomínio, IPTU, prestação de carro, gasolina, IPVA, estacionamento e outros custos fixos desse tipo. Também não vai precisar comprar móveis e eletrodomésticos, muito menos itens de decoração.
Quem está sempre em movimento também costuma comprar menos coisas em geral: roupas, acessórios, gadgets… Afinal, você tem limites de espaço e peso, já que precisa carregar todas as suas coisas por onde for. E como está sempre mudando de círculos sociais, ninguém vai perceber se usar sempre as mesmas roupas, né?
Sem falar que você pode conseguir trabalhos com remuneração em moedas mais “fortes”, como euro ou dólar, ou morar em países em que o câmbio seja vantajoso até para quem ganha em Real. Outra dica é escolher lares temporários fora das capitais e destinos muito turísticos, em que é possível ter muita qualidade de vida pagando menos.
5. Expandir seu networking
Quando for falar sobre os contras do nomadismo digital, vou mencionar solidão. Mas ao mesmo tempo, esse estilo de vida pode abrir portas para muitos bons encontros.
Se você escolher destinos populares entre nômades digitais, vai ter a oportunidade de expandir seu networking profissional, fazendo conexões virtuais e presenciais com pessoas que podem se tornar futuros parceiros, clientes ou prestadores de serviços.
Existem comunidades online que reúnem nômades espalhados pelo mundo. E nas cidades mais populares entre essa galera, como Chiang Mai na Tailândia, é muito fácil encontrar pessoas com o mesmo estilo de vida em cafés e coworkings.
6. Sentir que está vivendo plenamente
Eu até gosto de ter rotina, mas acredito que ela tem um risco: nos deixar acomodados com uma vida no “modo automático”, sem espaço para a espontaneidade e sem refletir muito sobre como usamos nosso tempo.
A vida na estrada, com suas mudanças frequentes, nos impele a tomar decisões mais conscientes. E são tantas descobertas e experiências novas que você provavelmente vai se sentir vivendo a vida em sua plenitude, e não só sobrevivendo.
Se interessou por esse estilo de vida? Leia também meus artigos sobre Como ser nômade digital e A diferença entre nomadismo digital e liberdade geográfica.
Desvantagens do nomadismo digital
Sim, viver sempre em movimento é incrível! Mas não é tão glamuroso ou fácil como pode parecer para quem vê de fora. Dá para contornar a maior parte dos desafios, mas é bom estar ciente deles para não se iludir com uma ideia pouco realista. Depois de falar dos prós, vou agora comentar sobre as principais desvantagens do nomadismo digital.
1. Ter um limite bem restrito de posses materiais
Quem é nômade mesmo – ou seja, não tem uma base fixa – não pode ter muitas coisas. Afinal, não tem onde guardá-las e como carregá-las por aí. Geralmente, o número de itens que um nômade digital possui se limita ao que cabe num mochilão, ou no máximo em duas malas grandes.
Isso pode ser ótimo, já que reduz os custos e nos faz perceber que precisamos de pouco para viver bem. Muito do que compramos é mais fruto do consumismo que da necessidade. E quanto menos coisas temos, menos trabalho para cuidar delas e menos preocupação.
Por outro lado, isso significa também que nem sempre você vai ter acesso a uma cozinha equipada como gostaria, curtir uma sala decorada do seu jeito ou dormir com um colchão e travesseiro confortáveis.
E possivelmente não vai poder carregar para lá e para cá coisinhas supérfluas que curta usar de vez em quando, como instrumentos musicais ou materiais de arte. Se tiver coleções, um grande acervo de sapatos, vinis… Despeça-se deles.
Sua estrutura de trabalho também terá que ser simples e adaptável. Se está acostumado a trabalhar com dois monitores, uma cadeira de escritório de última geração e ar-condicionado, por exemplo, é provável que não encontre o mesmo nas suas hospedagens por aí afora. Para quem viaja com orçamento limitado, pode ser preciso trabalhar até mesmo de uma cama de hostel num quarto coletivo.
No entanto, essa é uma das desvantagens do nomadismo que podem ser contornadas. Se você for fazer morada temporária em grandes centros urbanos ou destinos que reúnem muitos nômades digitais, é possível encontrar soluções para isso. É cada vez mais comum achar bons coworkings (espaços de trabalho compartilhados) e colivings (moradias compartilhadas, geralmente bem equipadas).
2. Estar sempre se despedindo
Eu considero que uma das maiores desvantagens do nomadismo digital é a dificuldade para manter relações duradouras, ao menos em sua versão presencial.
Para começar, você vai ficar longe da sua família e amigos, e quando passar por algum problema não vai ter a rede de apoio com que está acostumado. Além disso, vai perder datas especiais, como casamentos, aniversários, festas típicas da sua cidade, nascimento de crianças etc.
Caso você viaje sozinho, provavelmente vai ter que lidar com momentos de solidão. Afinal, o trabalho remoto já nos deixa mais “isolados”, por não estarmos em contato presencial com colegas de trabalho no dia a dia. Chegando num lugar novo onde você não conhece ninguém, geralmente será preciso fazer um esforço ativo para conhecer pessoas e aprofundar as relações com elas.
Algumas dicas para fazer amigos durante sua jornada nômade são passar pelo menos alguns meses em cada lugar e buscar as comunidades de nômades por lá, se matricular em cursos, participar de eventos e perguntar a amigos se conhecem pessoas que morem por lá. Fazer work exchange também é um jeito legal de criar laços.
De todo jeito, prepare-se psicologicamente para se despedir desses novos amigos. A cada partida, você terá que dizer adeus sem saber quando vai encontrar aquelas pessoas novamente.
Felizmente, a galera nômade costuma se reencontrar pelo mundo – às vezes quando menos se espera! E, por compartilharem do mesmo estilo de vida, muitas vezes o laço se mantém virtualmente.
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3. Lidar com burocracias de visto
Se você quiser trabalhar remotamente mundo afora, outro desafio é a burocracia. A cada novo país será preciso pesquisar os pré-requisitos de entrada. Vistos, vacinas, passagem de saída e seguro-viagem são algumas exigências possíveis para entrar como turista, que é o que a maioria dos nômades faz.
Mas viajar como turista também significa que você vai ter um tempo de permanência limitado. Em alguns países o prazo é de 30 dias, em outros 90, em uns chega a 180… Em alguns você consegue estender a permanência indo no departamento de imigração e pagando uma taxa, e em outros pode fazer isso saindo do país e voltando.
A boa notícia é que vários destinos têm hoje vistos específicos para nômades digitais, que podem ajudar a movimentar a economia local. É o caso de vários países no Caribe; alguns destinos europeus como Portugal, Malta, Grécia, Estônia, Croácia e Romênia; Sri Lanka, Emirados Árabes, Cabo Verde, Maurício, entre outros. No entanto, a maioria pede que se comprove uma renda mensal bem alta.
4. Se adaptar constantemente
Além da burocracia de entrada no país, mesmo viajando dentro do Brasil você vai ter trabalho para se adaptar a cada novo lugar.
Outra das desvantagens do nomadismo é que ele dá trabalho! Para começar, você tem que buscar hospedagens em cada destino, dentro do seu orçamento e com estrutura suficiente para trabalhar. Além de se informar sobre questões práticas do dia a dia, como os melhores supermercados, o funcionamento do transporte público, restaurantes com bons preços, cafeterias boas para trabalhar…
E se adaptar às novas culturas, conversões de moedas, diferenças de fuso-horário, alimentação diferente do que você está acostumado e assim por diante.
Também é preciso paciência para lidar com os problemas que podem surgir ao chegar num novo lugar. A hospedagem reservada pode não ser como o esperado, você pode ter dificuldade de acesso à internet, entre outros perrengues.
Tudo tem solução, mas às vezes cansa! Por isso, minha dica é viajar devagar, passando pelo menos um mês em cada lugar.
5. Precisar de muita autonomia e disciplina
Outra das desvantagens do trabalho remoto é justamente o outro lado da maravilhosa moeda chamada liberdade: sem um chefe na sala ao lado te cobrando resultados, você tem que se responsabilizar por gerenciar suas próprias demandas.
Principalmente para quem não trabalha em horários fixos, é preciso disciplina para dar conta de tudo e ainda conseguir tempo para resolver as questões do dia a dia e, claro, curtir o lugar onde está. Por isso mesmo, é necessário internalizar que esse é seu novo estilo de vida e que isso é diferente de uma viagem a lazer.
Outro ponto que demanda disciplina é o cuidado com a saúde e o bem-estar. Sem uma rotina padrão, é mais desafiador manter hábitos positivos como a prática de exercícios e boa alimentação. Lembre-se que você precisa estar com a saúde em dia para continuar aproveitando esse mundão!
6. Se preparar para a instabilidade financeira
Especialmente para os nômades digitais que empreendem ou são autônomos, é preciso ter disciplina também em relação às finanças. E mesmo se você tiver um salário fixo, trabalhando remotamente para uma empresa ou com contratos longos de prestação de serviços, a oscilação dos custos de vida em diferentes lugares merece atenção.
Passar por problemas financeiros longe de casa não é nada legal. Mas essa é uma das desvantagens do nomadismo digital que podem ser evitadas. Recomendo muito ter uma reserva financeira para imprevistos ou para momentos em que o fluxo de trabalhos diminuir. Organização financeira e planejamento são fundamentais para ter paz na vida nômade.
7. Cuidar dos seus próprios “benefícios trabalhistas”
Para quem é freelancer ou autônomo, é necessário lidar também com a falta de benefícios como plano de saúde, vale alimentação e seguro-desemprego. Mesmo que não tenha uma empresa legalmente constituída, recomendo pensar em si mesmo como uma e garantir esses benefícios. Além da reserva financeira para se manter se eventualmente não tiver trabalho, não deixe de cuidar da saúde.
A princípio, isso pode parecer desafiador. Muitos países não têm sistema público de saúde gratuito, como nosso SUS. Quando têm, isso não significa que estrangeiros possam utilizá-lo.
E a gente nunca sabe quando vai ficar doente ou sofrer um acidente, né? Por isso, acho fundamental sair do Brasil sempre com seguro-viagem.
Até alguns anos atrás, isso era um problema se você fosse nômade, porque os seguros tradicionais costumam exigir que você contrate a apólice antes de sair do Brasil e tenha já definidos os destinos por onde vai passar e a duração da viagem. Felizmente, empresas como a SafetyWing perceberam essa necessidade dos nômades digitais e criaram soluções.
O Nomad Insurance da SafetyWing é um seguro médico de viagem que atende às necessidades de quem nunca sabe onde vai estar vivendo no mês seguinte. Você pode contratá-lo mesmo se já tiver começado a viagem e não precisa informar seu itinerário com antecedência, além de ter flexibilidade para pausar a cobertura e retomá-la depois.
Com esse seguro você fica coberto em 185 países, e o custo-benefício é ótimo. Alguns amigos nômades usam esse serviço há um tempo e têm curtido. Confira mais informações no site da SafetyWing.
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E aí, já imaginava todas essas vantagens e desvantagens de ser freelancer e trabalhar online enquanto viaja pelo mundo? Como você viu, o nomadismo tem prós e contras, como tudo na vida. Com expectativas realistas, é mais fácil se preparar para lidar com os desafios e curtir os lados bons.
Também acho importante reforçar que cada pessoa tem suas necessidades e preferências e não existe uma fórmula perfeita para todo mundo. Se você quer trabalhar remotamente, isso não significa que precise ir para uma cidade nova a cada duas semanas. Mas existem muitas formas de trabalhar em formatos fora do padrão do horário comercial em escritório, e poder experimentá-los é uma delícia.
Espero que você encontre seu próprio jeito de ter um dia a dia feliz. E se quiser continuar esse papo sobre vantagens e desvantagens do nomadismo, manda uma mensagem aí nos comentários!
Crédito das fotos que ilustram o post: Linda Meléndez, fotógrafa contratada pelo blog Janelas Abertas (exceto a última, que é do banco de imagens Pexels, com direitos de uso liberados)
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