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Chapada Diamantina: Poço da Angélica e Cachoeira da Purificação

Bahia | 31/01/18 | Atualizado em 03/04/18 | Deixe um comentário

Não sei se foi porque eu tinha acabado de chegar ao Vale do Capão, depois de passar a noite no ônibus vinda de Salvador, e a energia desse lugar não tinha me deixado nem tirar um cochilo antes de sair pra procurar alguma trilha. Não sei se foi porque eu tava viajando sozinha há quase dois meses e, nesse período, tinha começado o longo processo de me desprender de coisas que deviam ficar pra trás. Só sei que quando o guia perguntou quem seria o primeiro corajoso a entrar na suposta água mais gelada da Chapada Diamantina, eu não pensei duas vezes. Mergulhei, senti gelarem os ossos. Nadei até a queda d’água, senti um pouco de medo ir embora. E me senti no melhor dos clichês ao lembrar o nome da tal cachoeira: Purificação.

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A trilha pra o Poço da Angélica e Cachoeira da Purificação é uma das mais fáceis a partir do Vale do Capão, mas pra quem tá a pé não é tão simples assim. É que seu começo é na Vila do Bomba, a 8 km do centro do Vale. Como eu tinha ido sozinha de busão, consegui chegar lá graças ao pessoal da Associação de Guias do Vale do Capão, que espalhou a informação de que eu tava procurando um grupo pra um passeio. Enquanto eu tomava café da manhã, um guia ótimo (Seu Zé) arrumou uma vaga no carro de uma galera massa.
A estrada é de terra e esburacada, então é bom ir devagar e ficar atento caso tenha chovido recentemente. Chegamos no acesso à trilha perto das 11h, mas felizmente o lugar tava tranquilo. Digo isso porque me alertaram que em altíssima temporada é preciso ir bem cedo pra conseguir estacionar. Ah, o lugar onde paramos o carro era ao lado de uma casinha que vende pastel de jaca (frito, mas prefiro o assado), refrigerante, cerveja e outras coisinhas, e tem banheiro.
A uns 10 minutos do início você já encontra um córrego onde dá pra tomar banho, mas nem invente de ficar por ali, viu? Com mais uma meia hora de caminhada, aparece a primeira atração oficial do passeio: o Poço da Angélica, uma piscina natural que se forma entre as pedras, cercada de mata. Nada mal, mas essa ainda não foi nossa parada.

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O foco do meu grupo (a essa altura já eramos #migos) era o destino final: a Cachoeira da Purificação, que ficava a mais uns 50 minutos de caminhada. O percurso tem poucos trechos íngremes, mas é preciso atenção em alguns momentos pra não tropeçar nas pedras e galhos. Além da beleza dos entornos, a vantagem dessas plantas todas é que fazem sombra. <3
Não é absolutamente essencial contratar um guia, mas achei meio arriscado ir só, porque tem algumas bifurcações e não tem sinalização, e vimos uma menina esperando sozinha por um tempão porque os amigos dela aparentemente se perderam por lá. Também é preciso cruzar o rio algumas vezes, e se você não tiver muita experiência com trilhas o guia ajuda, apontando em que pedras pisar pra não se molhar nem escorregar.

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Ah, e sobre a Purificação: você leu lá em cima aquela parte de cachoeira mais gelada da Chapada, né? Ainda não posso dizer se isso é verdade, mas com certeza foi a mais fria das que conheci. Uma das pessoas do meu grupo ficou com o que parecia ser um princípio de hipotermia – nada sério, só incômodo.
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Ela também não é das maiores ou mais imponentes cachoeiras, mas o cenário ao redor compensa. Dito isso, acho que vale muito a pena entrar, nem que seja rapidinho, e se enrolar na toalha embaixo do sol depois. Se jogue e não tenha vergonha de transformar isso em metáfora também.

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De “alma lavada”, levamos 1h20 pra voltar ao início da trilha. A ideia era parar na Angélica pra tomar mais um banho na volta, mas a maioria do grupo quis voltar logo. Então seguimos de volta até a casinha, onde celebramos o esforço (que nem foi tão grande, na real) com uma cervejinha.
Em junho de 2017, quando estive na Chapada Diamantina, os tours de um dia custavam R$120 pra até quatro pessoas, e se o número de participantes fosse maior ficava R$30 pra cada.

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