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O que fazer em San Cristóbal de las Casas, no México

México | 30/04/24 | Atualizado em 04/06/24 | Deixe um comentário

Mais conhecida como San Cris, a cidade de San Cristóbal de las Casas, no México, é mesmo um lugar para se chamar por apelido. Considerada a “capital turística” do estado de Chiapas, no extremo sul do país, ela é pequena e acolhedora. Rapidinho a gente se sente à vontade – como quem faz um grande amigo numa viagem. Mas afinal, o que tem para fazer em San Cristóbal de las Casas?

Para quem tem pouco tempo, um dia é suficiente para conhecer os principais atrativos turísticos da cidade. Mas se você gosta de viajar devagar, curtindo o dia a dia local, ou quer fazer passeios nos arredores, pode separar mais dias. Eu fiquei quase uma semana por lá, no final de uma viagem de um mês pelo México, e adorei.

San Cris mistura a forte presença indígena que é tão marcante em Chiapas com uma atmosfera mochileira-hippie que, suponho, se formou a partir da confluência de viajantes mais progressistas, interessados nas belezas naturais da região e também nas questões sociais que atravessam a cidadezinha.

Afinal, outra influência importante por lá é do Zapatismo. O Exército Zapatista de Liberação Nacional (EZLN) tomou San Cris em 1994, denunciando a exploração e a opressão dos povos indígenas. O movimento se mantém forte na região, em resistência contra a pobreza e a desigualdade social. Em várias lojas encontrei artesanatos feitos por mulheres zapatistas, e em centros culturais no centrinho de San Cris é fácil achar livros e documentários sobre o tema.

Aqui neste artigo vou falar sobre os principais lugares para conhecer em San Cristóbal de las Casas, restaurantes para comer muito bem e atrações ali por perto que você pode conhecer em um bate-volta de um dia, além de dar dicas de onde se hospedar. Espero que você também curta a cidade, porque só de escrever o post fiquei morrendo de vontade de voltar!

Como chegar em San Cristóbal de las Casas

O jeito mais fácil de chegar a San Cristóbal de las Casas é indo de avião até o pequeno aeroporto de Tuxtla Gutiérrez, capital de Chiapas, a cerca de 75km de distância. Se você está saindo do Brasil, deve sair mais em conta voar primeiro para a Cidade do México e então comprar uma passagem com uma companhia aérea local para ir até lá.

Se estiver numa viagem pelo México, pode ser mais interessante ir de ônibus, como eu fiz. Peguei um ônibus da companhia ADO de Oaxaca até lá, num percurso de cerca de 10 horas. Comprei uma passagem de “classe” mais alta e achei bem confortável.

Depois, voei de lá para a Cidade do México para ir embora do país. Para ir de San Cris até o aeroporto existem ônibus saindo da rodoviária local, mas era mais barato e mais fácil contratar um traslado por uma agência de turismo. Vale reservar com certa antecedência, porque os horários podem depender da formação de grupos.

O que fazer em San Cristóbal de las Casas

O que fazer em San Cristóbal de las Casas

Andador Real de Guadalupe

Se você só tiver um dia em San Cris, recomendo passá-lo perambulando pela calle ou Andador Real de Guadalupe, uma rua só para pedestres que concentra um monte de restaurantes, bares, cafeterias e lojinhas legais. Como boa cidade mochileira-hippie, vi muitos produtos orgânicos e de comércio justo e vários jovens vendendo bijuterias e fazendo malabares.

Alguns dos cantinhos que vou recomendar a seguir ficam nessa rua, e mais adiante eu vou falar sobre alguns dos melhores lugares onde comer em San Cris – muitos deles também ficam por lá. Mas de qualquer forma, separe um tempo para percorrer essa rua e outras do centrinho histórico com calma e reparar nas surpresas do caminho.

andador real de guadalupe

Taller Leñateros

Não sei se esse lugar aparece na maioria das listas do que fazer em San Cristóbal de las Casas, mas alguém me recomendou e eu amei. O Taller Leñateros é um coletivo editorial fundado em 1975 por artistas maias contemporâneos. Eles publicaram os primeiros livros escritos, ilustrados, impressos e encadernados (com papel de fabricação própria) pelo povo maia em mais de 400 anos.

Lá no ateliê eles fazem e vendem livros e cadernos artesanais, feitos com papel reciclado e fibras vegetais, usando métodos de impressão artesanal como xilogravuras e lindas impressões em baixo relevo. Além de técnicas tradicionais, como o uso de corantes naturais, eles se esforçam para valorizar e difundir os idiomas, a literatura e os saberes de povos originários do México.

Quando cheguei, um senhor simpático se ofereceu para me mostrar o ateliê e me explicar os processos de fabricação dos materiais. Comprei dois postais com xilogravuras lindas e fiquei com muita vontade de fazer uma das oficinas que eles ofereciam, mas infelizmente não coincidiam com as datas da minha visita. Vale muito a pena ir lá conhecer e, se possível, comprar algum dos produtos para fortalecer esse trabalho tão bonito.

taller leñateros

taller leñateros

Foro Cultural Kinoki

Outro dos meus lugares preferidos em San Cris foi o Kinoki, um “fórum cultural independente” que reúne cinema, restaurante, sala de chá e espaço para palestras, debates, exposições, teatro, música ao vivo etc., além de um terraço bem gostoso com vista.

De acordo com eles, o espaço surgiu a partir de uma demanda da população, que buscava um lugar onde ver e falar sobre filmes. Começou com um pequeno projetor e cadeiras de praia em uma salinha e foi crescendo, sempre priorizando o cinema mexicano, com foco em projetos documentais, autorais e de povos originários da região. Eles têm também um projeto de cinema móvel que percorre comunidades de Chiapas.

No site dá para ver o cardápio com as comidinhas e a programação de filmes e outros eventos. Eu dei sorte de chegar perto da hora de início de um documentário muito legal sobre o zapatismo.

foro kinoki

o que fazer em san cristóbal de las casas - cine kinoki

kinoki

Zócalo e arredores

Assim como em muitas outras cidades mexicanas, San Cristóbal de las Casas tem um Zócalo, a praça central onde tudo acontece. Sempre é um bom lugar para sentar e ver as pessoas passando.

Ali ficam a Catedral de San Cristóbal e o Museu de San Cristóbal (MUSAC), que conta a história da cidade e de Chiapas. Infelizmente o museu estava fechado para reforma quando fui. Achei a catedral muito bonita, bem diferente e colorida.

Por trás do museu fica o Parque de los Arcos, e junto da catedral fica a Praça da Paz. Ambos costumam ficar bem movimentados e valem uma visita.

catedral de san cristóbal de las casas

o que fazer em san cristóbal de las casas

Convento de Santo Domingo e Centro de Textiles del Mundo Maya

Saindo de lá, você pode dar uma passeada pela Avenida 20 de Noviembre, rua cheia de lojas de artesanato, roupas, camelôs etc. que leva até a Igreja e Convento de Santo Domingo, um dos templos mais bonitos da cidade.

Ele abriga o Centro Cultural Los Altos de Chiapas, que eu particularmente não curti tanto, porque quase tudo fazia referência à invasão espanhola. Mas ali você também encontra outro museu que recomendo muito: o Centro de Textiles del Mundo Maya, que mostra várias roupas de Chiapas e também da Guatemala, com explicações sobre os materiais. Não deixe de conferir os vídeos que mostram os diferentes métodos de tecelagem usados por vários povos da região.

museu de têxteis

o que fazer em san cristóbal de las casas

Mercado Viejo

Um pouco mais adiante você encontra o Mercado Velho, clássico mercadão público mais popular, frequentado pelos moradores. Além de muitos produtos alimentícios, tem também roupas, utensílios domésticos e outros itens. Se você for vegetariano ou vegano, é bom evitar o setor de carnes. E como ele fica bem cheio, aconselho ter um cuidado extra com seus pertences; ouvi falar de furtos por lá.

Mercado de Dulces y Artesanías

Perto do Zócalo, mas no sentido oposto do Mercado Viejo, você também encontra esse outro mercado que, como o nome indica, vende doces e artesanato. Vi poucos estandes de doces e não me atraíram, mas tem bastante artesanato bonito, com influência maia e muitas cores. São tecidos bordados, saias, ponchos, roupas e acessórios de lã, itens trabalhados em ferro, cerâmicas etc.

A maioria das coisas era parecida com o que eu tinha visto em outras cidades, com exceção dos bonequinhos de pano zapatistas.

mercado de dulces y artesanías

Ah, e falando nisso, tem também algumas lojinhas pelo centro histórico que são geridas por mulheres zapatistas e vendem artesanatos inspirados na luta delas. Comprei uma bolsinha bordada à mão bem fofa que diz “queremos um mundo onde caibam muitos mundos”.

produtos zapatistas

Igreja e Arco del Carmen

Em poucos minutos você chega em outra igreja bem conhecida em San Cris, o Templo de Nuestra Señora del Carmen, e no chamado Arco del Carmen. A área estava rodeada de tapumes quando passei lá, então não consegui ver muito bem.

Por ali fica também um centro cultural bem simpático, o Centro Cultural del Carmen, com um jardim bonito e vários cursos e oficinas culturais.

Igreja de San Cristobalito

Em mais uns minutinhos de caminhada você chega à Iglesia de San Cristobalito, que fica no topo de uma escadaria e dá direito a uma vista legal da cidade. A igreja em si não é nada excepcional e a subida é puxadinha, porque são muitos degraus. Mas tem vários bancos no caminho onde você pode ir sentando para descansar, e também dá para chegar de carro. As árvores cobrem boa parte da vista, mas ainda assim vale a pena.

igreja de guadalupe

Igreja de Guadalupe

Falando em vista, no final da Calle Real de Guadalupe (aquela só para pedestres e cheia de cafés e restaurantes), na direção oposta ao Zócalo, você encontra outra igreja bem importante em San Cris: o templo de Nuestra Señora de Guadalupe.

Ela também fica num ponto mais alto, com escadaria, mas a vista compensa! Muita gente vai lá ver o pôr do sol.

Onde comer em San Cristóbal de las Casas

Por fim, chego a uma das melhores coisas para fazer em San Cris: comer. A cidade tem ótimos cafés e restaurantes, e foi lá que fiz algumas das melhores refeições do meu mês de viagem pelo México.

Caminhando pela rua Real de Guadalupe você vai encontrar vários lugares charmosos e pode escolher onde dá vontade de entrar, mas vou dar algumas dicas para ajudar:

La Lupe

Esse foi meu restaurante preferido em San Cristóbal. Na primeira visita eu comi um burrito que veio com guacamole e pico de gallo, muito bem servido e com preço justo, e tomei uma “chelada” (cerveja com limão, gelo e borda de sal), e gostei tanto que voltei outro dia. O lugar é lindo por dentro, mas também é legal sentar na varandinha para ficar vendo o movimento na rua.

restaurante la lupe

La Casa del Pan

Para vegetarianos e veganos, um dos melhores lugares onde comer em San Cristóbal de las Casas é La Casa del Pan, que além de pães gostosos tem uma lojinha com produtos orgânicos e boas opções de comidas sem ingredientes de origem animal, tanto para refeições mais completas quanto lanches como pizzas e empanadas. O ambiente é lindo e quando fui estava rolando música ao vivo muito gostosa.

O espaço fica dentro de um centro cultural com uma pequena sala de cinema onde vi um documentário interessante. Dá para pedir café ou outra bebida e tomar dentro da sala.

TierrAdentro

Gerido por pessoas ligadas ao movimento Zapatista, esse restaurante tem várias referências ao tema, além de uma livraria com obras de cunho político e social e uma lojinha de artesanato zapatista.

Gostei do ambiente e achei as quesadillas que pedi um pouco sem graça, mas os preços eram bons. Me falaram muito bem das pizzas e dos cafés servidos lá.

Namandí

Se estiver procurando um lugar para café da manhã (que não está incluído em muitas hospedagens no México), uma dica é o Namandí, que fica perto do MUSAC e tem um ambiente bem agradável. Eles também servem almoço e jantar, mas só provei o café.

Cervecería La Artesanal

Para quem curte cervejas artesanais e quer descobrir bons rótulos mexicanos, uma boa pedida é a La Artesanal, uma microcervejaria que também serve cervejas de outros países e comidinhas como hambúrguer, pizza e petiscos. Achei um pouco caro para meu orçamento de mochileira e acabei não indo lá (mas confesso que me arrependo, hehe).

cervejaria em san cristóbal de las casas

La Viña de Bacco

Se você preferir vinho, ali do ladinho fica o La Viña de Bacco, onde os vinhos vêm com pequenas “tapas” de cortesia (pipoca ou um pão com chouriço ou patê). O vinho local tem preço bom e eles têm uma carta com rótulos de várias partes do mundo.

O que fazer em San Cristóbal de las Casas: arredores

Como falei acima, tem muita coisa para se fazer nos arredores de San Cris. Dá para conhecer boa parte dos atrativos por conta própria, mas a maioria das pessoas opta pelos passeios com agências de turismo, que existem aos montes no centrinho e costumam ter preços razoáveis.

Os passeios mais comuns são para o Cânion do Sumidero, as cascatas de El Chiflón, os Lagos de Montebelo e o município de San Juan Chamula.

Cânions del Sumidero

Tem gente que vai para San Cris com o objetivo de ir para o Cañón del Sumidero, uma das principais atrações de Chiapas. Dá para ir por conta própria, mas pelo que pesquisei, saía mais barato ir com uma agência. Acabei optando por um tour pela praticidade, apesar de não curtir muito esse tipo de programa. Tem várias agências por lá, e eu escolhi uma que se chama Jalapeño Tours.

Saímos de San Cristóbal numa van às 9h e levamos 40 minutos para chegar até o ponto de embarque da lancha. Entregaram colete salva-vidas para todo mundo e então navegamos por pouco mais de 30 km pelo meio do cânion, observando os paredões (que chegam a 1km), a flora e a fauna (vimos macacos-aranha e crocodilos).

cânion del sumidero

cânion del sumidero

cânion del sumidero macaco aranha

passeio perto de san cristóbal de las casas

Chegamos de volta por volta das 12h e então passamos mais uns 40 minutos na van para visitar dois mirantes com vista superior para o cânion: o Mirador Tepehuaje e o Los Chiapa. Passamos só uns 10 minutos em cada, naquele esquema bem turístico mesmo, mas achei o visual lindão.

mirante

mirante

De lá, levamos mais uns 40 minutos para chegar na praça principal de Chiapa de Corzo, uma cidadezinha que mistura construções coloniais e ruínas pré-colombianas. Podíamos passar 30 minutos por lá, então não deu para ver muita coisa. Na pracinha tinha barracas de artesanatos (parecidos com os que se vendem em San Cris) e algumas comidas típicas. De lá, levamos mais uma hora para voltar a San Cristóbal.

Como eu disse, não sou muito fã desses passeios com tudo empacotadinho, no esquema para-aqui-por-10-minutos-tira-foto-e-volta-para-a-van, e não achei os cenários suuuuper deslumbrantes, mas não me arrependi.

Se você tiver tendência a enjoar, como eu, vale tomar um remédio. O barco não balança quase nada, por ser lancha, mas tem muitas curvas na subida e descida para os mirantes. Se for de chapéu, prefira um que fique bem preso na cabeça, porque o vento é forte.

Também é importante passar muito protetor solar, porque ficamos expostos ao sol no passeio de barco. Quando eu fui era primavera e a temperatura chegou a 38 graus, mas felizmente o vento no barco atenuava o calor.

San Juan Chamula

Esse outro passeio eu curti muito mais, por mais que pareça menos “deslumbrante”. San Juan Chamula é uma vila a 10 km de San Cristóbal, habitada por indígenas Tzotzil, de origem maia (muitos dos quais não falam espanhol). Dá para ir até lá em tours oferecidos por agências, mas é tranquilo ir por conta própria como eu fiz. É só ir até os arredores do Mercado Viejo e perguntar às pessoas onde ficam as vans que levam até o povoado. São uns 40 minutos de viagem.

O que atrai a maioria dos turistas que vão a Chamula é o que acontece dentro da igreja que fica na pracinha principal, onde a van te deixa e onde funciona também um mercadinho.

É que essa não é uma igreja comum. O povo local não aceitou a evangelização católica dos invasores espanhóis e manteve várias tradições Maias. Em teoria, o templo é católico, dedicado a São João Batista. Mas por dentro é bem diferente de qualquer igreja que você já viu.

igreja em san juan chamula

san juan chamula

Turistas pagam para entrar (quando fui, era cerca de R$ 5) e o valor é usado para conservar a igreja, que estava super bem cuidada. É terminantemente proibido fotografar o interior do espaço (você pode ser multado, ter seu equipamento confiscado ou mesmo ser preso). Então vou tentar descrevê-lo.

Em vez de bancos voltados para um altar, você encontra um espaço amplo com imagens de santos católicos e divindades maias em uns “relicários gigantes” junto às paredes. Em frente a eles e pelo chão, se espalham centenas de velas. O chão fica cheio de cinzas e o ar, cheio de fumaça da queima das velas e de incensos e ervas.

De joelhos ou sentadas, as pessoas rezam no seu idioma originário. As mulheres têm cabelos pretos e longos, quase sempre trançados, e boa parte delas carrega crianças de bochechas rechonchudas em lenços amarrados ao redor do torso. A maioria dos homens usa coletes de lã branca ou preta e algumas mulheres vestem saias de lá também.

Diante das velas, grupos trazem galinhas mortas em sacos pretos em sacrifício e fazem suas rezas. Ao redor, pessoas tomam Coca Cola e outros refrigerantes. Sim, parece estranho, mas faz parte do ritual. Pelo que me falaram, eles acreditam que o arroto purifica a alma. Eles também bebem Pox, uma aguardente local de uso cerimonial.

Um grupo me ofereceu Pox e insistiu que provasse; tomei dois goles e não gostei, mas também não é dos destilados mais fortes que já tomei. Enquanto eu fazia careta, as mulheres ao redor morriam de rir. Tentei ser discreta e não incomodar os rituais, mas senti que fui bem recebida.

Também troquei umas tantas risadas com uma menininha com quem tentei conversar na pracinha, quando saí da igreja. Várias crianças ficavam por lá pedindo dinheiro ou tentando vender artesanato (a população parece ser bem vulnerável), mas essa parecia só curiosa. Passamos um bom tempo nos comunicando com palavras soltas e mímicas, porque ela não falava espanhol.

san juan chamula

praça em san juan chamula

Cascata El Chiflón e Lagunas de Montebello

Outro passeio de bate-volta muito oferecido pelas agências em San Cris te leva ao Centro Ecoturístico El Chiflón, onde fica a famosa Cascata El Chiflón, e ao Parque Nacional das Lagunas de Montebello. É um tour de dia inteiro, saindo de manhã cedo e chegando no fim da noite.

Eu não animei porque são umas 3 horas de viagem só de ida e, pelos relatos que ouvi, fica bem corrido para curtir cada um dos lugares. Mas se você puder ir em cada dia em um dos lugares, acho que vale muito a pena. Os dois parecem lindos, com vistas muito bonitas e quedas d’água e lagoas azul turquesa. As fotos abaixo são do banco de imagens Depositphotos.

laguna de montebello

el chiflón

Caracol Zapatista

Outra opção de passeio perto de San Cristóbal de las Casas não é o típico atrativo turístico, mas é um dos que mais me interessavam: visitar um dos caracóis zapatistas em Chiapas, em Oventic. Infelizmente, deixei para o final da minha estadia e não consegui ir. Se um dia voltar a San Cris, quero muito tentar conhecer esse território onde “o povo manda e o governo obedece”, como diz uma placa na entrada.

Os caracóis são as regiões administrativas das comunidades zapatistas, onde ficam espaços como a escola, o hospital e a sede da assembleia popular. Oventic, que é pertinho de San Cris, é o único que recebe a visita de turistas. Dá para ir de ônibus ou de táxi, em um trajeto de cerca de uma hora.

No entanto, é importante saber que nem sempre a entrada de visitantes é autorizada. Se naquele dia eles não estiverem podendo lhe receber, você não tem o que fazer além de ir embora. Se der certo, você vai percorrer o caracol com um dos zapatistas, que explica como a comunidade se organiza. Lembrando que esse não é um passeio turístico convencional, e o “guia” pode ser bem calado ou não falar muito bem espanhol.

Para saber mais sobre a experiência, veja o relato de Natália Becattini no blog 360 Meridianos sobre a visita ao Caracol Oventic.

Onde ficar em San Cristóbal de las Casas

Agora que você já sabe o que fazer em San Cristóbal de las Casas fica mais fácil decidir onde se hospedar, né? Como você viu, a cidade é pequena e os principais atrativos ficam bem próximos uns dos outros, sendo possível fazer tudo a pé. Em termos de localização, o mais fácil é ficar no centrinho histórico, de preferência nas ruas próximas à Calle Real de Guadalupe ou ao Zócalo.

Como eu viajei sozinha e queria economizar, mas não estava a fim de ficar em quarto coletivo, eu me hospedei num quarto privativo com banheiro compartilhado no Hostel 13 Cielos, que era uma opção bem em conta. É uma hospedagem simples, com uma vibe meio hippie, com localização excelente, a poucos minutos da Real de Guadalupe.

Se você busca algo mais especial, boas opções de hospedagem em San Cristóbal são o colorido Yox Hotel Boutique, o belíssimo Hotel Bo, o Hotel Boutique Amorini e os elogiadíssimos Noma Bed and Breakfast, La Estancia, Casa Lum e Tierra Maya.

Para dicas mais detalhadas, veja meu artigo completo sobre onde ficar em San Cristóbal de las Casas.

Preciso de seguro-viagem para o México?

O seguro-viagem não é obrigatório para entrada no México, mas é altamente recomendável. Eu nunca saio do Brasil sem seguro, e infelizmente precisei acionar o meu lá no México: tive uma infecção intestinal braba depois de um mês comendo de tudo por lá.

Liguei para a empresa de seguros que tinha contratado pela Seguros Promo e em pouco tempo mandaram uma médica e um enfermeiro na minha hospedagem; ela me receitou um antibiótico e em pouco tempo melhorei. Se não tivesse seguro, teria sido um perrengue bem maior. E nem quero imaginar se tivesse sido um problema mais grave…

Esse é daqueles gastos que não pesam no orçamento e que a gente faz torcendo para não precisar usar – mas com a tranquilidade de ter cobertura caso precise. E o melhor é que você pode contratar o seu online rapidinho.

Para comparar os valores e apólices de diferentes seguradoras do mercado, recomendo usar o site Seguros Promo, que faz essa intermediação e consegue preços mais baixos que direto com as empresas. Saiba mais lendo meu artigo sobre seguro-viagem para o México.

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E aí, curtiu as dicas de passeios em San Cristóbal de las Casas, no México? Me conta nos comentários!

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