Jornalismo independente: sites para se informar sobre o Brasil e o mundo
Viajar é uma ótima forma de tentar entender o mundo, mas está longe de ser a única e jamais será suficiente. Afinal, obviamente é impossível estar em todos os lugares ao mesmo tempo, ouvir toda a pluralidade de vozes que compõe nosso planeta e mergulhar a fundo nas questões mais complexas da sociedade. Entre outras coisas, é importante recorrer ao bom e velho jornalismo, essa profissão que orgulhosamente escolhi. E especialmente, diria, ao jornalismo independente.
Não é que eu queira desmerecer a importância de veículos de comunicação tradicionais, que ainda reúnem muitos bons profissionais. Mas não se pode negar que muito frequentemente o interesse público da informação é passado pra trás a favor da mercantilização da informação. Noam Chomsky e outros homens e mulheres sabidos já alertam há muito tempo: a concentração da propriedade dos meios de comunicação, a publicidade como principal fonte de renda e a dependência das informações fornecidas pelo governo, empresas e os mesmos “experts” de sempre provocam falsas representações da realidade.
Às vezes, essas distorções não são intencionais. Mas em muitas outras vezes, respondem diretamente a interesses políticos e econômicos. Essa realidade é relatada por inúmeros profissionais e pesquisadores mundo afora e também posso confirmar por experiência própria: trabalhei por alguns anos num grande jornal e vi inúmeras vezes esses vieses econômicos sendo colocados em prática. “Ah, é assim mesmo. Temos que nos conformar, o jornalismo morreu”, argumentam alguns. “Nananinanão”, respondem outros (como eu). Ainda existe bastante jornalismo de verdade por aí, cheio de saúde.
Sim, é difícil sobreviver à margem do mercado tradicional de comunicação (e inclusive dentro dele), no Brasil e no resto do mundo. O jornalismo “alternativo” e a dificuldade de monetizá-lo foi, inclusive, o tema da minha dissertação de mestrado na Espanha.
Mas a boa notícia é que, ao contrário de muitas coisas nessa vida, a solução desse problema está a nosso alcance: todos nós, juntos, podemos ajudar o jornalismo independente a ter vida longa.
Um primeiro passo é conhecer alguns dos melhores jornais independentes que existem hoje Brasil afora e são, cada um com suas particularidades, comprometidos com a defesa dos direitos humanos. O segundo é assinar suas newsletters, dar audiência aos sites e compartilhar seu conteúdo. E o terceiro é fazer uma doação ou assinatura dos seus preferidos.
Sim, assinatura. Acostumados que estamos com a avalanche de informações gratuitas pela internet, pagar por conteúdo pode parecer absurdo. Mas é pagando que, de grão em grão, a gente consegue evitar o controle da informação por gente com muito mais dinheiro e poder que eu e (suponho que) você.
Não posso te obrigar a seguir os passos dois e três dessa minha receitinha médica pela sobrevivência do jornalismo independente, mas posso facilitar o primeiro. Acompanho alguns veículos bem legais há tempos e conheci outros quando pesquisava pra esse post. Como resultado, juntei aqui uma lista de sites que vale a pena conferir.
O que considero jornalismo independente?
Mas antes de prosseguir com a lista, uma ressalva: estou falando aqui de independência em relação a poderes econômicos e os interesses que concentram a propriedade dos maiores meios de comunicação brasileiros, tá? Não estou falando de “imparcialidade”. Até porque, no que diz respeito a jornalismo, como bem aprendi na faculdade e vivenciei ao trabalhar em redações, geralmente se considera que esse conceito é um mito.
A comunicação é uma atividade humana e, como tal, não pode existir de forma neutra. Tudo que for retratado por palavras ou imagens vai passar por um viés subjetivo, mesmo que sem intenção. Todo jornalista fala a partir de uma visão de mundo, seja sua ou do meio de comunicação pra o qual trabalha (não se enganem: donos de jornais interferem nas pautas escolhidas e textos produzidos com muita frequência). Quem busca “neutralidade ideológica”, na minha visão e de diversos teóricos, ou está se enganando ou procurando visões de mundo que reforcem o status quo.
E, considerando que sempre existe um posicionamento, escolho dar espaço a veículos que se posicionam do lado dos direitos humanos e buscam dar voz às minorias sociais, que costumam ser silenciadas pelo mainstream. A voz de quem mais detém poder econômico, por outro lado, sempre teve bastante espaço nos veículos de comunicação brasileiros, então não é isso que você vai encontrar aqui. Se está procurando veículos de extrema direita, fique à vontade para conferir outros sites.
Iniciativas de jornalismo independente
Agência Pública
Provavelmente o maior ícone do jornalismo independente no Brasil, a Pública é uma agência de jornalismo investigativo fundada em 2011 por repórteres mulheres. As reportagens da agência costumam ser bem aprofundadas e têm como princípio fundamental a defesa dos direitos humanos e são republicadas em centenas de veículos de comunicação sob a licença Creative Commons.
Eles também atuam fomentando o jornalismo independente através de mentorias, bolsas pra realização de reportagens, eventos e apoio a projetos inovadores.
Fontes de receitas: doações de fundações privadas nacionais e internacionais, patrocínio a projetos e eventos, editais, crowdfunding e financiamento dos leitores.
Nexo Jornal
Lançado em 2015, o Nexo é um jornal digital que se destaca pelo esforço pra abordar assuntos de interesse geral de forma mais aprofundada e clara. Eles têm ótimos materiais interativos, infográfios e podcasts – rolam até quizzes pra saber se você está por dentro das notícias da semana. Gosto de como eles costumam ser concisos sem ser superficiais, e a newsletter deles é uma das minhas preferidas.
Fonte de receitas: assinaturas mensais, que custam R$ 12. O jornal dá acesso a 5 conteúdos livres por mês e não tem anúncios.
Marco Zero Conteúdo
O Marco Zero Conteúdo é um coletivo de jornalismo investigativo que aposta em matérias aprofundadas, independentes e de interesse público. Com sede no Recife, o site foca em três vertentes principais: semiárido nordestino, urbanismo e relações de poder. A equipe é formada por uma galera com longos anos de atuação em veículos tradicionais e dá bastante voz a movimentos sociais.
Fontes de receitas: parcerias com fundações e organismos internacionais, prestação de serviços editoriais, realização de cursos e palestras e assinaturas ou doações de leitores. Não recebem patrocínio de empresas ou governos.
Ponte
Fundado com apoio da Agência Pública, o Ponte é um jornal independente focado em Segurança Pública, Justiça e Direitos Humanos. A proposta do veículo é dar voz a pessoas que são excluídas do sistema. Os assuntos incluem violência policial, racismo e questões de gênero. A equipe já produziu materiais especiais sobre transsexuais, a Palestina e assédios na PM.
Fontes de receitas: não encontrei essa informação explícita no site, mas aparentemente o financiamento é coletivo. É possível fazer uma contribuição mensal de a partir de R$ 5.
AzMina
Além de uma revista online feminista, a AzMina é uma instituição sem fins lucrativos que usa a informação pra combater a violência contra a mulher. A equipe promove campanhas de conscientização nas redes sociais e produz jornalismo investigativo com enfoque no empoderamento feminino.
Os assuntos abordados no site incluem temas como saúde e sexo, política, maternidade, meio ambiente, violência contra a mulher, esporte, cultura e beleza. Elas já fizeram umas séries de reportagens investigativas bem interessantes, abordando temas como a exploração sexual nas rodovias de Minas Gerais, a criminalização da prostituição e casamentos infantis entre ciganos.
Fontes de receitas: doações de fundações privadas nacionais e internacionais, crowdfundings e financiamento dos leitores, patrocínio a projetos ou eventos e editais.
Leia também:
Amazônia Real
Sediada em Manaus, a agência de jornalismo independente Amazônia Real tem como foco produzir reportagens sobre questões da Amazônia. O site costuma ser atualizado uma vez por semana e os temas abordados incluem meio ambiente, povos indígenas, questão agrária, economia, política e cultura.
Acho o portal muito interessante porque raramente vejo essas questões presentes na grande mídia e infelizmente me sinto muito distanciada da realidade dos povos indígenas brasileiros.
Fontes de receitas: apoios da Fundação Ford e da Aliança pelo Clima e Uso da Terra, além de doações de pessoas físicas.
Agência Lupa
Criada em 2015, a Agência Lupa foi a primeira agência de notícias do Brasil especializada em fact-checking, ou seja, em acompanhar o noticiário diário pra corrigir informações imprecisas e divulgar dados corretos. A Lupa já produziu checagens em formato de texto, áudio e vídeo, e seu material é veiculado no próprio site da agência e também em veículos de comunicação (independentes ou não).
Apesar de garantir que tem total independência editorial, a Lupa está hoje incubada no site da revista piauí, no modelo de startup.
Fontes de receitas: eles vendem reportagens para publicação em outros meios de comunicação, no mesmo modelo de outras agências de notícias. Além disso, contam com apoio financeiro da Editora Alvinegra, que publica a revista piauí. Outra fonte de receitas é o LupaEducação, que oferece palestras e workshops sobre fact-checking.
Alma Preta
Atualização em 14/03/23: aparentemente, o Alma Preta não está mais no ar.
A Alma Preta é uma agência de jornalismo especializada na temática racial do Brasil. As principais seções do site são Realidade, que traz a discussão do racismo na política, economia, cultura e esporte; Da Ponte Pra Cá, que aborda a visão da periferia em aspectos como encarceramento em massa e genocídio da população negra; Mama África, com notícias do continente africano; e O Quilombo, onde são publicados artigos opinativos.
Fontes de receitas: eles têm planos de assinatura, aceitam anúncios e oferecem serviços de assessoria de imprensa, design e programação.
Brasil de Fato
O Brasil de Fato foi lançado em 2003 e tem uma pegada bem esquerdista, tendo sido criado por movimentos populares. Além do site de notícias com cobertura nacional, eles têm uma radioagência e versões regionais no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, em São Paulo, no Paraná e em Pernambuco.
As principais seções são opinião, política, direitos humanos, cultura, geral e internacional. Além dos especiais, que já incluíram reportagens sobre o cangaço, os 130 anos da Lei Áurea e os conflitos agrários no Pará.
Fontes de receitas: anúncios de sindicatos e ONGs.
Essa lista não tem a pretensão de ser exaustiva. Pra ver muito mais exemplos de projetos de jornalismo independente no Brasil, confira esse ótimo levantamento da Agência Pública.
Ah, e lembrando novamente que a ideia de uma prática jornalística “neutra” ou “isenta” é mito. A “independência” a que me refiro nesse texto tem a ver com graus maiores ou menores de liberdade em relação aos poderes políticos e econômicos que controlam a grande mídia.
E você, quais outros exemplos de jornalismo independente costuma ler e recomenda?
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71 Comentários
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Tem um site bem legal de jornalismo independe também. A sede do portal fica no estado de Santa Catarina, o polo do conservadorismo brasileiro. O nome do site é Portal da Resistência (https://portaldaresistencia.org)
Oi, Guilherme! Boa dica, não conhecia :) Obrigada!
Oiiee Luísa, tudo bem?! Adorei seu post. Estou estudando sobre Jornalismo Independente e aqui encontrei ótimas fontes! Parabéns!
Que massa, Silvannir! Fico feliz :D Um abraço!
Oi boa tarde, estou querendo fazer uma denuncia sobre o direito humanos, fato que aconteceu comigo.
Vc poderia me ajudar.
esqueceram da Diálogos do Sul, grande revista liderada por Paulo Cannabrava e Vanessa Martina
http://www.dialogosdosul.org.br
Oi, George! Não conhecia a revista, e tenho certeza que há muito mais sites interessantes que também ficaram de fora da lista. Obrigada pela contribuição! :)
Tentei encontrar informações isentas mas todos os citados têm tendência esquerdista. Está realmente difícil obter informações não tendenciosas, seja pra que lado for.
Oi, Roberto! Sou jornalista e aprendi que a ideia de “objetividade” não existe, porque quem faz uma reportagem sempre parte de um viés de acordo com sua própria visão de mundo ou aquela do veículo de comunicação em questão. O que não impede, é claro, de que se observe o princípio de apresentar os pontos de vista dos dois ou mais lados envolvidos na questão. Como falei no post, a ideia de uma prática jornalística “neutra” ou “isenta” é mito. A “independência” a que me refiro nesse texto tem a ver com graus maiores ou menores de liberdade em relação aos poderes políticos e econômicos que controlam a grande mídia. As informações SEMPRE foram “tendenciosas”, só que muitas vezes essas tendências são escondidas. No caso dos meios de comunicação convencionais, existe uma relação de dependência de grandes anunciantes (sem falar na quantidade de jornais e grupos de comunicação que pertencem a políticos e líderes religiosos). Nos sites que indiquei, as fontes de ingressos estão discriminadas. E sim, indico essas páginas porque sou uma pessoa de esquerda e acredito numa forma de ver o mundo que coloca os direitos humanos e a dignidade das pessoas em primeiro lugar. :) Um abraço!
Entao esta explicado, realmente no Brasil nao temos uma classe jornalistica isenta, e claro e evidente que 90% ou mais dos veiculos de imprensa, tendem a esquerda, acredito que seria o minim o um jornalista, por mais que tenha sua orientação, tratasse do assunto de maneira neutra, mas o contrario, vemos um ataque gratuito as ideas de direita, que as vezes chega a ser sujo. Meu conselho, mude de canal e ignore estes, pois nao vivem pela verdade, vivem pela causa.
Olá Luisa. Tudo bem?
Estou em busca de novos sites de noticias que, de fato, noticiem sem um viés político, tanto liberal quanto conservador. Por sugestão do Google cheguei a este site, tendo como busca “jornalismo imparcial”. Neste, O título “Jornalismo independente: 10 sites para ajudar a entender o Brasil e o mundo” não condiz com o conteúdo, uma vez que alguns (não acessei todos) são dependentes e parciais. Como entender um País mostrando apenas um dos lados da moeda? Gostaria de encontrar algum site que transmita informação de forma ética e imparcial, deixando que o leitor faça o seu julgamento, mas como você disse em resposta acima: “As informações SEMPRE foram “tendenciosas””.
Um abraço. :)
Oi, Jeferson! Como expliquei no post e em outros comentários, o critério que usei para escolher os veículos listados aqui (de acordo com pesquisadores que estudei no meu mestrado, que tratou de veículos de comunicação alternativos espanhóis que tinham como foco cumprir o papel social do jornalismo) foi a independência em relação a poderes econômicos. Um abraço!
Gostei da lista que indicou alguns desses eu não conhecia.
Estou estudando jornalismo independente e gostei muito dos primeiros passos que vc me deu como dicas… tenho 64 anos.
Que bom, Elisabete! :) Obrigada por comentar!!
Muito grata por cada indicação, eu estava perdida e com muita vontade de ler algo informativo hoje aqui no meu trabalho e pensei poxa não tem nada legal e singular não sou acostumada a ler noticias então desconhecia sites bons e confiáveis mas gostei bastante de suas recomendações sem contar que sua opinião em relação a imparcialidade é fato que não gostam de falar.
Que bom que você gostou, Natália! Espero que sejam úteis! :) Obrigada pelo comentário!
Muito obrigado por compartilhar conosco, por mais que a disseminação da informação na internet seja veloz temos muitos problemas com confiabilidade.
Olá Luisa! Obrigado pelas dicas. Não conhecia seu site tampouco os citados no texto. Óbvio que me tornarei assíduo consumidor do seu conteúdo e vou avaliar quais das mídias independentes supracitadas vou seguir. Abs
Que bom que você gostou, Vagner! Fico muito feliz. Seja bem-vindo por aqui :D Obrigada por comentar!
Mto bom, cheguei no seu artigo qdo buscava referência sobre o Nexo jornal. Eu assisti alguns vídeos deles e fiquei fã, impressionado com a qualidade e com estilo q vc definiu mto bem. Parabéns e obrigado. Vou compartilhar sua pág.
Gosto cada vez mais do trabalho deles, Angelo! Você já leu a Revista Gama, que eles também têm produzido? Muito legal! Obrigada por comentar e por compartilhar :) Um abraço!
Aos que chegaram aqui atrás de jornalismo imparcial, saibam que de imparcial não têm nada. Tudo de viés de esquerda, independentemente de influência econômica. Quem busca o jornalismo imparcial, quer jornalismo sério. Abraços
Oi, Ricardo! Se você leu o texto, viu que enquanto jornalista, não acredito em imparcialidade no jornalismo (assim como muitos teóricos da área) e que falo de independência em relação aos poderes econômicos hegemônicos :) Todo veículo de comunicação e profissional de imprensa tem uma ideologia, então acho muito mais honesto quando ela fica clara. Um abraço
Que bacana esta reportagem. Vou conhecer jornais diferentes dos tradicionais. Nem imaginava que existiam.
Luíza, a parcialidade e tendenciosidade que você denúncia não é a mesma que você aplica, e sem ao menos o esforço de buscar a isenção e a imparcialidade, muito pelo contrário, reafirmando de forma que soa doutrinada a premissa de que não é possível sequer tentar a objetividade. É porque você realmente não acredita em objetividade, e isso só dirá respeito à crença, ou porque você não quer buscar a objetividade ?
Oi, Edson! Antes de mais nada, ressalto que meu blog não é neutro e não pretende sê-lo, inclusive quando me defino como feminista e levanto com frequência pautas ligadas a direitos humanos. No artigo em questão, digo claramente que “escolho dar espaço a veículos que se posicionam do lado dos direitos humanos e buscam dar voz às minorias sociais, que costumam ser silenciadas pelo mainstream”. O que denuncio, como também digo no texto, é a parcialidade que se finge imparcial e é, na verdade, profundamente influenciada pelos poderes econômicos dominantes. O debate sobre a objetividade no jornalismo é extenso e não foi nenhuma “doutrina” que me fez desacreditar da aplicação prática desse conceito, mas minhas experiências como jornalista (num jornal que se diz “objetivo” e sempre esteve repleto de matérias “encomendadas” ou censuradas por políticos ou grandes empresas) e o mestrado que fiz em 2012-2013, com pesquisa sobre o papel social do jornalismo. Em resumo, concordo com o que diz o Manual de Redação da Folha de São Paulo: “Não existe objetividade em jornalismo. Ao escolher um assunto, redigir um texto e editá-lo, o jornalista toma decisões em larga medida subjetivas, influenciadas por suas posições pessoais, hábitos e emoções.” Não sei se você leu o texto que linkei no artigo sobre esse assunto, mas coloco ele aqui também: https://medium.com/@naimasaleh/o-mito-da-imparcialidade-do-jornalismo-para-n%C3%A3o-jornalistas-f5b0e78cd16c
É sabido que não dá para esperar imparcialidade do jornalismo, já que cada vez mais o jornalismo leva opinião e não necessariamente informação sobre os fatos. Esse viés escancarado atrai apenas os que pensam igual, contradizendo toda essa história de pluralidade. Quanto a associar a esquerda com uma maior preocupação social e dignidade humana, eu também já pensei assim, mas não acredito mais que a esquerda representa isso, fazem apenas discursos bonitos, basta ver o nosso país que depois de tantos anos nas mãos da esquerda, continua com metade da população sem esgoto. Onde está a dignidade nisso?
Na minha opinião, o problema da situação atual do Brasil tá longe de poder ser reduzido à visão de mundo orientada à esquerda, que tem, sim, como premissa uma preocupação com a dignidade humana. Existem diversos fatores que interferem aí, como a colonização que afetou imensamente nosso continente, fatores geopolíticos atuais e diversos problemas dentro do nosso sistema político, inclusive nos partidos de esquerda. Um abraço
Poxa, que legal, vcs excluem comentários que divergem das suas opiniões. Que bela pluralidade. kkkk
Oi, Juscelino! O seu comentário não tinha aparecido ainda porque aprovo todos os comentários que entram no blog, devido aos spams e à importância que dou pra ler todos :) Faço tudo do blog sozinha e não tenho condições de conferir todos os dias, então não pude liberá-lo nas menos de 24h entre sua mensagem anterior e essa aqui.
Entrei aqui imaginando que fosse encontrar portais e sites compromissados em informar e só encontrei mais ideologia… triste viu :(
Oi, Thiago! :) Expliquei no texto meus critérios na escolha dos meios de comunicação aqui listados. Sinto muito que não tenha respondido ao que você buscava! Considero que tudo é político e ser contra “ideologias de esquerda” é uma ideologia :) Um abraço!
Que pena, achei que o título seria honesto quando lí que os 10 sites eram independentes, imaginei sem viés !!!
E com respeito discordo das suas afirmativas, pois vejo jornalistas sem viés sim que quando tem que falar coisa errada do governo simplesmente falam, e quando tem coisas a elogiar, elogiam.
Somente a estes dou crédito, pois não sou nem a favor e nem contra o governo, eu torço para que faça o melhor para meu país.
Horrível saber que alguns deputados de oposição votam contra projetos simplesmente por não concordar com o presidente.
Realmente é o pior das espécies.
Concordamos em discordar, Luis! :) Um abraço
** concordarem
Exatamente Thiago Feitosa.
Apagaram meu comentário anterior, mesmo eu não faltando com respeito, estranho !
Luis, todos os comentários do blog passam por aprovação e só tenho tempo de ler todos uma vez por semana. Seu comentário não tinha sido apagado, apenas não tinha sido lido por mim ainda. Pode ver que está aprovado aí abaixo.
se esses são os bons, não quero nem pensar como são os ruins! tá de brincadeira né?! só pode
Como recém chegado ao JANELAS ABERTAS, deixo os meus cumprimentos para a administradora e extensivos a todos os participantes.
Como escritor e jornalista, viajante e cidadão do mundo, gostaria de sugerir a todos um Portal Internacional de notícias de e para todos os países da Comunidade de Língua Portuguesa “CPLP” e Núcleos Lusófonos em todo o Planeta, o qual aceita a participação de todos os jornalistas independentes e racionais. Trata-se do Portal “RC-News.info” – ” https://rc-news.info ” .
Aproveito o ensejo para deixar o convite para uma visita ao meu site: https://yursaiednac.net
Poxa, eu achei que era um local de notícias independente !!
Uma pena, pois passa para nós que é com um viés de esquerda !!!
Oi, Marcelo! Expliquei no texto claramente o que quero dizer com “jornalismo independente”: independência de poderes econômicos como os que estão por trás dos veículos de comunicação tradicionais :) Um abraço!
Não acredito, apagou um simples comentário educado que fiz ???
Acho que deveria aprender a conviver com o contraditório !!!
Lamentável e triste por quem apagou uma mensagem educada !!
Marcelo, seu comentário estava pendente de aprovação, assim como acontece com todos os comentários aqui no blog e em muitos outros blogs, como forma de evitar spam. Não tenho como revisar os comentários imediatamente, e você deixou essa sua segunda mensagem dois minutos após a primeira. Um abraço
Jornalismo independente???
Fiz questão de verificar e dos 10 sites citados, apenas 2 de fato são independentes no sentido nato da palavra, 8 são pró-esquerda com toda a cartilha ideológica, isso não é Jornalismo independente, isso é o “mais do mesmo”, 90% da mídia brasileira pró-esquerda com toda agenda racial, LGBT e afins, no Brasil não tem jornalismo e sim partidarismo, a Fake News no Brasil é institucional, ou seja, os principais meios de comunicação noticiam fake news todos os dias, manipulam informações, ocultam o que não é de seu interesse e etc.
O brasileiro médio, sem análise crítica engole tudo, um misto de desinformação e falta de educação, temos milhões de “analfabetos” com diplomas…
Oi, Tiago! Não sei se você leu bem o texto, mas nele eu explico “O que considero jornalismo independente?” :) Esse conceito tem como base minha pesquisa de mestrado sobre o assunto e minha profunda convicção de que não existe discurso que não seja “ideológico” – o seu, por exemplo, está carregado de ideologia. Respeito sua discordância. Um abraço
De esquerda…por achar que se alinha com direitos humanos e com os menos favorecidos soa meio utópico. Os menos favorecidos e vitimas de qualquer sistema estabelecido não são destros ou canhotos. Os humanistas brasileiros confundem ser de esquerda com ser pelo direito a igualdade e liberdade, no entanto nunca tive uma explicação lógica na opressão sofrida por jornalistas e qualquer cidadão comum que apenas quer defender seu direito de existir em países onde se estabeleceram regimes socialistas. O paradoxo disto é que oque aqui defendem e por isso se colocam a esquerda, onde a “esquerda” se estabeleceu persegue de forma muito mais truculenta as pessoas que atuam da mesma forma e que tem a mesma visão de mundo dos jornalistas que aqui se julgam a esquerda…vai entender o ser humano.
Por mais pessoas assim que nem você…agora sim minha percepção do jornalismo independente está em outra dimensão, muito obrigado!
Que massa, Daniel! Obrigada pelo comentário :)
Realmente está difícil de encontrar um jornalismo independente, sem viés com a esquerda. A esquerda inundou as universidades e escolas, por isso que o país amarga a ultima posição no ranking mundial. Infelizmente é inevitável tudo isso que está acontecendo, desde a creche os professores querem esquerdar nas crianças. Uma vergonha. E quanto a sua indicação sobre conteúdos imparciais, você mesma deixou cair sua narrativa quando disse que seus ideais são esquerdopatas. Que vergonha, difícil encontrar algo independente hoje em dia. Se você é uma pessoa democrata, como a esquerda sempre fala que é (só na teoria), publica meu comentário e aceita a crítica.
Oi, Allan! Discordo de você, mas respeito seu direito de pensar diferente de mim. No meu ponto de vista, seu comentário parte de um “viés ideológico” fortíssimo e reafirma o fato de que não existe essa pretensa “imparcialidade” ou “independência”. Acredito que o que você busca são veículos de direita, que também existem aos montes. :) Um abraço
Bom dia Luiza. Eu também cheguei a você buscando fontes de notícias o menos tendenciosas possíveis. Não sou do ramo, mas compreendi a impossibilidade da neutralidade total. De fato cada pessoa tem seu conjunto de valores e isto a faz pender pra um lado ou pra outro. Mas eu creio que há uma quantidade grande de pessoas, assim como eu, que gostariam de se informar se resguardando dos exageros de um lado ou de outro, e principalmente das fake News, de um lado e de outro. O fato de você deixar claro as suas tendências não deveria ser fonte de indignação de alguns leitores. É normal e compreensivo que cada um busque as formas de informações independentes mais alinhadas com suas formas de pensar. E viva a democracia. Vá em frente.
Oi, José! Muito obrigada por seu comentário :) Acredito que a neutralidade é impossível mesmo e, além disso, a norma no mercado jornalístico é que os interesses predominantes sejam aqueles ligados aos anunciantes e proprietários do veículos de comunicação, como já vi acontecer diversas vezes e continuo vendo. Então acaba que um lado das histórias (o de quem detém poder econômico) recebe muito mais visibilidade na mídia, na maior parte do tempo. Também acho que uma leitura crítica possibilita identificar quais veículos têm mais “exageros” (no sentido de politizar mais explicitamente seus discursos, e não de fake news, que acho inadmissível), inclusive dentre esses que sugiro na lista. Pelo que você fala, acredito que veículos como Nexo podem ser interessantes pra o que procura. E também acredito que a maioria das pessoas que comenta indignada com meus posicionamentos não está buscando uma suposta neutralidade, mas sim veículos que estejam alinhados com pontos de vista opostos aos meus :P Mas é isso; quem não se agrada com o que proponho aqui certamente encontrará outras possibilidades que atendam melhor aos seus objetivos – como você falou, viva a democracia :) Um abraço!
Quero sugerir a Brasil Paralelo. https://site.brasilparalelo.com.br/home/ Eu acho fantástico, mas faço o convite para tirarem suas próprias conclusões.
Olá, Luisa! Muito obrigada por nos recomendar esta lista de sites de jornalismo independente. Venho buscando um aprofundamento em notícias que não vejo na grande mídia. Acesso alguns jornais internacionais e uso a plataforma flipboard. Li esses dias uma materia super aprofundada sobre “Como longas caminhadas fazem bem para elucidação dos pensamentos”, sinto falta desse tipo de conteúdo, as grandes mídias noticiam apenas desgra*as. Sou engenheira e tbm me incomoda a falta de representatividade estatística do jornalismo, por exemplo, a população brasileira morre em maior número de infarto que de bala perdida, assaltos, acidentes de carro, briga de facções e conflitos armados entre bandidos e polícia, mas as grandes mídias fazem disso a maioria de suas matérias, o que nos dá uma sensibilidade irreal do panorama no país, porque é o que choca e o que pode ser usado em narrativas políticas. Enfim, obrigada pela lista! :)
Reforço o que já foi comentado por vários outros leitores: minha decepção com o direcionamento político das tuas indicações. O nome Janelas Abertas dá uma falsa impressão de ser plural. Mas não é.
Oi, Silvia! Reforço o que respondi a outros leitores: no texto, deixo bem claro o que entendo por jornalismo independente e o fato de que acredito plenamente no exercício da função social do jornalismo como ferramenta de proteção dos direitos humanos :) Existem na internet vários outros sites voltados à suposta pluralidade que você deseja (que entendo serem veículos de direita, visto que alguns dos que recomendo são de centro). Um abraço
“Se você está procurando sites e jornais de extrema direita, já aviso que não vai encontrá-los nessa lista.”
E de direita? Nenhum, né? Só de esquerda e extrema esquerda. E tem coragem de colocar jornalismo independente. Ai ai…
Oi, Marcelo! Nem todos os veículos dessa lista se identificam como de esquerda, e acho que fui bem clara no texto ao falar que no meu ponto de vista e dos meus estudos enquanto mestre em comunicação, o papel social do jornalismo é se pautar pelos direitos humanos. Também deixei muito claro que a independência a que me refiro, como consideram vários teóricos da área, é em relação a poderes econômicos, que historicamente sempre fizeram o jornalismo convencional no Brasil se alinhar à direita. Se você tiver outras sugestões de sites, fique à vontade para compartilhá-las!
Tem o Terça Livre, Critica Nacional, Brasil sem medo e outros. Esses são os melhores
percebi que não foi somente eu que vim atrás de ouro e encontrei cobre. gostaria que outros leitores me respondessem e deixassem sua contribuição com exemplos de jornais que não seguem a ideologia esquerda.
Eu cancelei minha assiantura na Folha e eles me pergutaram o por quê. Tenho 56 anos e sempre li jornais. Mas, sou do tempo em que os jornais informavam e os comentaristas dava sem parecer. Hoje, a notícia já vem descaradamente tendensiosa e comentada, sempre com um viés de manipulação. Quem tem que tirar as conclusões da notícia sou eu e não imprensa por mim. Hoje, já não sei onde procurar informações.
Acho incrível como podem pensar que somos idiotas. Por exemplo: O site LUPA, que está descrito como independente, com uma lista de fontes de recursos “não tendenciosa”… etc.. está hospedado dentro da “Folha de S. Paulo”. Ora.. pelo menos vocês deveriam se dar ao trabalho de informar corretamente as notícias. #estamosligados #midiavergonha #fakenews
Fazendo pesquisas por sites de notícias imparciais e isentas encontrei suas indicações. Porém verificando por alto cada um dos sites, (exceto os sites Alma Preta e Az Mina), se algum deles já foi imparcial no início da sua criação, infelizmente hoje não é mais . Uma pena. Tem sido difícil encontrar um jornalismo que faça críticas positivas e negativas independente dos extremos. Isso tem cada vez mais dividido a população Brasileira, o que não pode fazer bem há um país
Olá, Luísa. O que você acha de se cassar as concessões de TV e rádio-difusão dadas a grupos econômicos e se criar uma fonte de custeio constitucional, pública e independente do poder governamental?
Pesquisei modelos no mundo e nunca encontrei nada assim. Ou a grande imprensa dos países está na mão de grupos econômicos bem restritos ou na mão do Estado. Das duas formas, não há como se garantir a liberdade de imprensa. Por outro lado, o trabalho da imprensa é essencial para que a população possa conhecer aquilo que prejudica seus interesses e manter a vigilância sobre os poderes. Além disso, há um enorme contingente de jornalistas conscientes desse papel e ávidos por exercer sua profissão com essa finalidade e não para servir de publicitários maquiados. Imagino a frustração sua e dos demais colegas de profissão de ter que se conformar em viver de recursos parcos por não se sujeitar a interesses mesquinhos enquanto outros são prestigiados por simplesmente funcionarem como porta vozes de poderosos.
Assim, não deveríamos nós, a sociedade brasileira, discutir um outro modelo de custeio da imprensa? Impedir constitucionalmente que o Estado, assim como grupos econômicos, dirijam meios de comunicação? A imprensa é estratégica demais para que tenha dono. Ela deveria ser dirigida coletivamente pelos próprios jornalistas mediante um organismo criado para isso. Algo como um Conselho de Jornalismo. A renda advinda de publicidade, por exemplo, seria arrecadada a um fundo público e redistribuída, sem vinculação à audiência. Ou seja, o ganho do jornalista não estaria vinculado a quanta audiência atrai com a notícia, uma vez que muito do jornalismos sério, não atrai tanta audiência como notinhas sobre celebridades, mas a parâmetros estabelecidos em conjunto pela classe.
Curioso não citar outros grandes nomes do jornalismo independente como “O Antagonista” e “Poder 360”. Gostaria de saber qual o critério para avaliação de “independência”? Independente com relação à receita vinda de instituições públicas, mas não ideologicamente independentes? Me parece que apenas veículos independentes com viés à esquerda são citados e aparentemente a matéria me parece favorecer apenas um lado. Gostaria de que deixasse a parcialidade explícita e citasse outros grandes nomes, como mencionei acima, independente de lado. Teria mais credibilidade dessa forma. Estou à procura de outras mídias independentes para me informar, cansado de jornais enviesados, embora sei que na prática é impossível algo totalmente imparcial, mas alguns portais chegam a ser difíceis de ler o conteúdo devido à carga ideológica exagerada que colocam em suas “matérias”.
Oi, Lucas! Te convido a reler esse trecho do artigo, em que respondo a todos os seus questionamentos:
Não estou falando de “imparcialidade”. Até porque, no que diz respeito a jornalismo, como bem aprendi na faculdade e vivenciei ao trabalhar em redações, geralmente se considera que esse conceito é um mito.
A comunicação é uma atividade humana e, como tal, não pode existir de forma neutra. Tudo que for retratado por palavras ou imagens vai passar por um viés subjetivo, mesmo que sem intenção. Todo jornalista fala a partir de uma visão de mundo, seja sua ou do meio de comunicação pra o qual trabalha (não se enganem: donos de jornais interferem nas pautas escolhidas e textos produzidos com muita frequência). Quem busca “neutralidade ideológica”, na minha visão e de diversos teóricos, ou está se enganando ou procurando visões de mundo que reforcem o status quo.
E, considerando que sempre existe um posicionamento, escolho dar espaço a veículos que se posicionam do lado dos direitos humanos e buscam dar voz às minorias sociais, que costumam ser silenciadas pelo mainstream. A voz de quem mais detém poder econômico, por outro lado, sempre teve bastante espaço nos veículos de comunicação brasileiros, então não é isso que você vai encontrar aqui. Se está procurando veículos de extrema direita, fique à vontade para conferir outros sites.
” indico essas páginas porque sou uma pessoa de esquerda e acredito numa forma de ver o mundo que coloca os direitos humanos e a dignidade das pessoas em primeiro lugar.”
Esta sua frase diz que a esquerda se preocupa mais com direitos humanos e digninade das pessoas do que a direita… Acho bom definir o que e’ esquerda e direita. Ditaduras podem ser dos dois lados. Nao acho a direita nem a esquerda melhor do que a outra no tratamento de direitos humanos e dignidade pessoal. A sua frase fais um julgamento erroneo.
“No espectro político, a esquerda se caracteriza pela defesa de uma maior igualdade social. Normalmente, envolve uma preocupação com os cidadãos que são considerados em desvantagem em relação aos outros e uma suposição de que há desigualdades injustificadas que devem ser reduzidas ou abolidas.” X “No espectro político, a direita descreve uma visão ou posição específica que normalmente aceita a hierarquia social ou desigualdade social como inevitável, natural, normal ou desejável. Esta postura política geralmente justifica esta posição com base no direito natural e na tradição.” :)
Tenho muito vontade de aprende mais sobre meu país e luta por Ele, sei que podemos fazer isso, mas eu gostaria de saber uma coisa, eu já fiz várias pesquisas ainda não descobri se o brasileiro a vida toda foi assim, ou isso foi morrendo aos poucos, de aceita tudo que a grande mídia falar, de não busca escuta o outro lado, de entende os problemas do seu país, tenta solucionar ao invés de discutir coisas de outros países.
Curiosidade de saber isso mesmo.
O jornalismo sempre tem um viés, independentemente do veículo de comunicação em questão. A ideia de uma prática jornalística “neutra” ou “isenta” é um mito, já que as informações sempre são influenciadas por fatores psicológicos e psicológicos. Na grande mídia, há uma relação de dependência dos anunciantes e, em muitos casos, os veículos são controlados por políticos e líderes religiosos. No entanto, existem fontes de notícias independentes que apresentam informações de forma mais objetiva, com fontes de financiamento claras. É possível encontrar estas fontes procurando por sites com tendências políticas e valores que coincidem com as suas próprias crenças e valores. É importante ser crítico e buscar fontes de informação para formar uma opinião e bem fundamentada.