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Viagem para o Atacama: guia completo para se planejar

Chile | 13/11/23 | Atualizado em 24/01/24 | Deixe um comentário

Planejando uma viagem para o Atacama? Eu passei 7 dias lá este ano e foi uma viagem fácil de organizar porque muitos amigos já tinham ido e até mesmo morado lá em San Pedro de Atacama, povoado que é usado como base pelos turistas. Mas se você não conhece bem o destino, é importante se informar bem para não passar perrengue.

Já publiquei aqui no blog um artigo explicando quais são os principais passeios do deserto. Agora é hora de compartilhar dicas práticas para você planejar sua ida ao Deserto do Atacama sem passar perrengue.

Guia de viagem para o Atacama

Olha só os assuntos que você vai encontrar aqui:

  • Como chegar no Deserto do Atacama
  • Quais as melhores épocas para ir
  • Quanto tempo ficar no Atacama
  • Como funcionam os passeios
  • Quanto tempo ficar
  • Como foi meu roteiro no Atacama
  • Onde se hospedar no Atacama
  • Mal de altitude e outros cuidados com a saúde
  • O que levar na mala para o Atacama
  • Como levar dinheiro para a viagem

Espero que essas informações tirem todas as dúvidas durante o planejamento da sua viagem para o Atacama e que sua experiência lá seja tão linda como a minha.

viagem para o atacama

Como chegar no Deserto do Atacama?

Como falei acima, a base para conhecer o Deserto do Atacama é o povoado de San Pedro de Atacama, no norte do Chile. Dá para ir até lá saindo da Bolívia ou do norte da Argentina, por exemplo. Mas o mais comum é ir do Brasil até Santiago (capital do Chile) e de lá para Calama, para depois ir até San Pedro. Vou explicar a seguir as principais opções de transporte para o trajeto completo.

Do Brasil e de Santiago até Calama

O aeroporto mais próximo de San Pedro de Atacama fica na cidade de Calama, a cerca de 100 km. Se você está no Brasil, pode comprar passagens aéreas diretamente para Calama com conexão em Santiago ou então comprar as passagens separadamente. É bom fazer buscas com as duas opções para ver o que sai mais barato.

No entanto, se você comprar separado é importante deixar bastante tempo entre os voos (de preferência um dia, que pode ser usado para curtir a capital ou descansar da viagem). É que nesse caso, se o primeiro trecho atrasar e você perder o segundo voo a companhia aérea não se responsabiliza.

Eu fui do Rio de Janeiro até Santiago pela Latam, passei dois dias lá e depois peguei um voo da Latam Chile para Calama. Outras aéreas que fazem o trecho de Santiago a Calama são as companhias de baixo custo Sky Airlines e JetSmart.

Para as datas da minha viagem, o valor das companhias de baixo custo incluindo uma bagagem de mão (que é cobrada como adicional) ficava igual ao da Latam, que geralmente é mais confortável, então optei por ela. Considere também os horários, para ver o que se encaixa melhor no seu roteiro.

Também dá para ir de Santiago até o Atacama de ônibus, mas é uma viagem longuíssima e geralmente não é muito mais barata que de avião. Se você estiver no Norte da Argentina, o ônibus é uma opção mais interessante.

Ah, e se você estiver na Bolívia e for fazer o tour do Salar de Uyuni, vale conferir com a agência se pode ficar em San Pedro no final, em vez de voltar para a Bolívia, porque o deserto fica bem na fronteira.

De Calama até San Pedro de Atacama

O percurso de carro do aeroporto de Calama até San Pedro dura pouco mais de uma hora. Para esse trajeto você pode: a) pegar um ônibus, b) alugar um carro, c) pegar um táxi ou e) ir de transfer coletivo, com empresas que levam vários passageiros de uma vez até a porta das hospedagens.

Para ir de ônibus você precisa primeiro ir de táxi até o terminal, o que não me parece muito conveniente. Alugar um carro é uma opção caso você esteja em grupo e queira fazer os passeios no Atacama por conta própria. Nem todos são fáceis de fazer de forma independente, mas se quiser, é recomendável alugar o carro com antecedência pela internet.

O que todos os meus amigos que moraram lá me falaram foi que o transfer era a melhor opção, e realmente achei bem tranquilo. Sempre tem vans saindo pouco depois da chegada dos voos. E como San Pedro é um povoado muito pequeno, mesmo que deixem vários passageiros antes de você, não deve demorar para chegar na sua hospedagem.

Fiz o trecho de ida com a empresa Transvip, mas eles fizeram uma confusão com nossa reserva da volta (esqueceram de informar que não operavam aquele horário naquele dia específico) e não gostei muito do atendimento. Voltamos com a Transfer Pampa e fiquei mais satisfeita com o serviço.

Atualmente, o trecho está saindo por 15 mil pesos chilenos por pessoa, mas se você comprar ida e volta tem desconto e fica cerca de 26 mil.

Eu não fiz reserva do transfer com antecedência; só cheguei no saguão do aeroporto e fui ao quiosque da empresa. Mas se você estiver num grupo grande ou for em épocas muito movimentadas, como feriadões, é recomendável reservar antes pelos sites das empresas para garantir.

como chegar no atacama

Quando ir para o Deserto do Atacama?

O clima no Atacama varia bastante durante o ano. Dá para ir em qualquer época, mas recomenda-se evitar o período entre janeiro e março, se possível.

O ideal, na minha opinião, é ir no outono ou na primavera. Além de serem períodos de baixa temporada, com menos turistas e hospedagens mais em conta, são estações com clima mais ameno.

Mas vamos entender melhor como é fazer uma viagem para o Atacama em cada estação?

No verão, que vai de dezembro a março, tem o chamado inverno altiplânico. Não é comum, mas pode acontecer de chover bastante nessa época, especialmente em janeiro. Se for o caso, pode ser que alguns passeios sejam cancelados.

Além disso, caso você viaje nas férias de fim de ano ou no Carnaval, provavelmente vai estar bem cheio por lá. Recomendo reservar hospedagem com bastante antecedência para conseguir um custo-benefício razoável. Também é bom se preparar bem para o calor durante o dia.

O outono é de março a junho. No começo dessa estação (até abril, mais ou menos) as temperaturas costumam ser boas: durante o dia faz calor, mas não tanto quanto no verão; à noite faz friozinho, mas menos que no inverno.

Eu fui para o Atacama no finalzinho de maio e peguei temperaturas bem baixas nos passeios em lugares com mais altitude e com saídas de manhã cedo, mas fora isso foi ótimo. Acredito que ir no fim de abril teria sido ideal.

O inverno é de junho a setembro. Muita gente vai para o Atacama nessa época, especialmente em julho, por causa das férias escolares. O lado bom é que no inverno o céu do deserto, que já é conhecido por ser um dos melhores do mundo para observação astronômica, costuma ter a melhor visibilidade possível.

Por outro lado, a secura habitual (que já é extrema) fica ainda mais acentuada. E as temperaturas, mais baixas. No povoado, pode chegar a fazer perto de 0 graus à noite, e nos passeios mais frios, como o dos Geysers el Tatio, você pode pegar até -15ºC. Também pode ter tempestade de neve nos lugares mais altos, prejudicando a visita a alguns atrativos.

De setembro a novembro é primavera, uma das estações mais gostosas para visitar o Deserto. O clima costuma ser mais gostoso nessa época, com pouca amplitude térmica, como no outono.

Um detalhe importante: dia 18 de setembro é o principal feriado no Chile, as Fiestas Pátrias, então muitos chilenos viajam nessa época. Se possível, evite essa data, ou então reserve hospedagem com muita antecedência.

deserto do atacama

Como são os passeios no Deserto do Atacama?

No Atacama, assim como em muitos outros destinos de ecoturismo, existem algumas rotas já estabelecidas, que são percorridas pela maioria dos visitantes. E quase todo mundo faz os tours com agências. Nesse esquema, tem um guia que leva os turistas em carro, van ou micro-ônibus e vai parando nos lugares para caminhar ou só tirar fotos e seguir para o próximo destino.

Dá para fugir disso e conhecer alguns lugares mais alternativos na sua viagem para o Atacama? Dá, mas poucas agências oferecem passeios “lado B”, e para sair das rotas convencionais por conta própria você precisa estar com alguém que conheça muito bem o deserto.

É possível alugar carro e fazer os tours sem agência? Sim, mas não todos. Valle de la Luna e Laguna Cejar são alguns exemplos de lugares com acesso fácil, mas tem outros que são mais distantes, em estradas ruins e com pouca sinalização. E acho que deve ser bem cansativo dirigir no Atacama sem estar acostumado.

Vale lembrar que você vai estar no deserto mais seco do mundo, e em muitos momentos vai chegar a uma altitude bem maior do que nós brasileiros estamos acostumados. O povoado de San Pedro de Atacama fica a 2.400m de altitude, e em alguns tours chegamos a mais de 4 mil metros.

Isso significa que muita gente acaba sofrendo alguns sintomas do chamado mal de altitude, como dor de cabeça, enjoo, cansaço e taquicardia. Por isso, é importante pegar leve nos passeios, especialmente nos primeiros dias, quando o corpo está se acostumando.

Se você optar pelos tours de agências durante sua viagem para o Atacama, como faz a maioria, pergunte os horários e a duração dos passeios. Alguns deles duram metade do dia (começando de manhã cedo e terminando por volta da hora do almoço, ou começando umas 14h e terminando à noite) e alguns poucos são de dia inteiro (acho que só o Piedras Rojas e Lagunas Altiplánicas e o Rota dos Salares). Tem também um passeio noturno: o lindo Tour Astronômico.

Além do valor pago à agência que você contratar (que geralmente inclui transporte, guia, lanche e às vezes almoço ou café da manhã), em alguns passeios é preciso pagar separadamente pela entrada do atrativo.

Algumas dessas entradas têm a opção de meia para idosos e estudantes, inclusive brasileiros. No caso dos estudantes, nem sempre eles aceitam a carteirinha daqui, então é bom salvar no celular uma declaração de matrícula do ano atual – em um dos atrativos, me pediram isso em vez da carteira, e nem sempre pega sinal de celular no meio do deserto.

Não é preciso reservar os passeios com uma agência antes de sair do Brasil; dá para chegar lá e ir caminhando pela Caracoles, visitando as agências até encontrar uma que você goste. Mas pelo que vi, os preços costumam ser parecidos, com exceção dos tours mais luxuosos ou privativos.

Preferi deixar tudo já reservado antes, porque assim tinha uma ideia melhor de quanto ia gastar e não tive que me preocupar com nada quando cheguei lá. Para quem tem poucos dias de viagem, passar horas nessa pesquisa é meio chato.

tours no deserto

Fechei os tours com a agência Fui Gostei Trips, criada por brasileiros. Eles trabalham em parceria com fornecedores locais, com uma equipe quase toda remota, e atendem em português por e-mail e Whatsapp, mas têm um espaço físico lá na Rua Caracoles, em conjunto com a agência Zoom.

O atendimento foi ótimo. Tirei mil dúvidas antes de fechar o pacote de passeios, não só sobre o roteiro, mas também sobre as companhias aéreas, transfers, localização da pousada que escolhi etc. E pedi para ajustarem meu roteiro até ficar do jeito que eu queria.

Paguei uma parte antecipada, no cartão, e outra parte chegando lá, em espécie (em pesos chilenos). Eles me informaram também o valor das entradas dos parques, que eu deveria levar em espécie em pesos chilenos para pagar lá.

Os guias eram chilenos e falavam espanhol, mas sabiam um pouco de português e eram muito simpáticos. Tudo funcionou direitinho e tanto eles quanto os motoristas foram extremamente competentes.

Consegui um cupom de 5% de desconto para quem fechar com a Fui, Gostei Trips por minha indicação: é só pedir seu orçamento sem compromisso por este link e informar o cupom JANELASABERTAS5 quando entrarem em contato com você. Eles também têm tours em Santiago e em Uyuni, na Bolívia.

Ah, uma curiosidade sobre os passeios no Atacama: alguns dos atrativos ficam dentro da Reserva Nacional Los Flamencos, reserva natural que cobre uma área de 740 km², com sete seções separadas. E essa reserva é administrada por povos originários. Importante, né?

coquetel no passeio

Quanto tempo de viagem para o Atacama é o ideal?

Minha viagem para o Atacama durou uma semana, sendo dois dias para chegada e saída e cinco dias inteiros de passeios.

No primeiro dia, me instalei na pousada, fiz check-in na agência e paguei o valor remanescente dos passeios que contratei, almocei e fiz o tour astronômico à noite. Nos 5 dias seguintes, fiz um ou dois passeios por dia, e no último dia voltei a Calama pela manhã e peguei o voo para Santiago. Achei um tempo ótimo!

Minha recomendação é que você fique no mínimo três dias inteiros (sem contar a chegada e a partida). Assim, dá para fazer uns cinco tours sem muita correria. Se tiver menos tempo, mas conseguir chegar pela manhã e voltar à noite, ainda pode ser viável, mas acho cansativo.

Se você quiser fazer todos os passeios possíveis, dá para ficar uns 10 dias no Deserto. Eu não faria isso, porque depois de um tempo acho que os tours começam a ficar meio parecidos, e porque a extrema secura do deserto foi incômoda para mim. Mas é algo bem pessoal; tenho amigos que gostaram tanto da vibe do Atacama que foram visitar e acabaram ficando por meses ou anos.

Caso você vá combinar o Atacama com Uyuni, na Bolívia, são necessários pelo menos oito dias inteiros de viagem, já que o roteiro boliviano costuma durar quatro dias e é bem cansativo. Nesse caso, o ideal mesmo é ter uns 10 dias disponíveis.

viagem para o atacama

Meu roteiro no Atacama

Dia 1 – Chegada e Tour Astronômico

Dia 2 – Piedras Rojas e Lagunas Altiplânicas

Dia 3 – Vale do Arco-íris e Vale da lua

Dia 4 – Rota dos Salares

Dia 5 – Laguna Cejar

Dia 6 – Geyser el Tatio e Lagunas Escondidas de Baltinache

Dia 7 – Volta para Santiago

Gostei bastante desse roteiro que foi planejado pela ótima Fui Gostei Trips. Se fosse para deixar algo de fora, seriam as Lagunas Escondidas de Baltinache. Não achei tão impressionantes depois de já ter visto outros lugares lindos e ter entrado na água (onde não se consegue boiar, por causa da alta concentração de sal) no passeio da Laguna Cejar, que tem acesso mais fácil e estrutura de chuveiros e vestiários. O Vale do Arco-íris também não é muito “uau”, mas gostei de ter uma perspectiva mais arqueológica e geológica.

Para saber mais sobre os passeios, confira meu artigo sobre o que fazer no Deserto do Atacama.

Onde ficar no Atacama?

Em termos de localização, não é difícil escolher onde ficar no Atacama. Afinal, o vilarejo de San Pedro de Atacama é realmente bem pequeno. Lá, a dica é procurar uma hospedagem próxima à Rua Caracoles, onde você encontra quase todos os restaurantes, bares, lojas e agências turísticas do povoado.

Eu fiquei no Hostal Montepardo e achei o custo-benefício excelente. O quarto era bem confortável, sempre tinha água quente no chuveiro (nem sempre é o caso nas hospedagens mais em conta por lá), as áreas comuns eram muito lindinhas e o café da manhã era legal. O único ponto negativo, na minha opinião, era que ele fica a uns 15 minutos da Caracoles; tem outros lugares mais pertinho. Ainda assim, achamos bem tranquilo ir caminhando.

Outras opções de hospedagem para economizar sem abrir mão do conforto são o Ckoi Atacama Lodge, o Hotel Casa Algarrobo e o Hostal Mamatierra. Para quem busca um albergue, seja pela economia ou para conhecer pessoas, opções bem avaliadas com quartos privativos e coletivos são o Anka Hostel, o Casa Voyage e o Hostal Campo Base.

Se você tem orçamento mais folgado, ótimas recomendações de hospedagem no Atacama são o Hotel Desertica, o Terrantai Lodge, o Nayara Alto Atacama, o Hotel Pascual Andino e o Casa Lickana.

Para mais informações, veja o artigo que escrevi com dicas detalhadas de onde ficar no Atacama.

hospedagem no atacama

Como cuidar da saúde no Atacama?

O Deserto do Atacama é maravilhoso, mas não é dos ambientes mais agradáveis para nós humanos. Afinal, trata-se do deserto mais seco do mundo.

Isso significa que sua pele vai ficar seca (capriche no hidratante toda noite), sua boca também (passe hidratante labial com protetor solar várias vezes por dia) e suas vias aéreas idem. Para mim, que sou alérgica, esse último ponto foi bem incômodo. Levei um hidratante nasal que o otorrino me indicou e ajudou um pouco.

Outra questão é a altitude. Quanto mais alto vamos em relação ao nível do mar, menos oxigênio temos disponível, e a mudança de pressão atmosférica também tem impactos no nosso corpo. Os efeitos variam de pessoa para pessoa, e mesmo gente que já esteve em ambientes de muita altitude e não sentiu nada pode ficar mal em outra ocasião; é bem aleatório.

De forma geral, os principais sintomas do mal de altitude são falta de ar, cansaço, dor de cabeça, enjoo e tontura. Se você tiver algo mais grave, é importante procurar um serviço de saúde, mas não é comum que isso aconteça no Atacama.

E como lidar com o mal de altitude durante sua viagem para o Atacama? A principal dica é não subestimar a importância da aclimatação. Nos primeiros dias de viagem, tente não encher seu itinerário com mil passeios, e prefira os tours com pouco esforço físico e que não cheguem às altitudes mais altas.

Outra dica importante é beber muita água. Leve sempre no mínimo 2 litros quando sair para os passeios (no verão, é melhor uns 3 litros) e vá bebendo com frequência. Além de ser essencial se hidratar por conta da baixa umidade, a água ajuda o corpo a lidar com a escassez de oxigênio.

Também é indicado evitar refeições pesadas e excesso de bebidas alcóolicas, especialmente no dia ou na véspera de passeios com maior esforço físico (se for fazer algum trekking) ou de mais altitude (como o tour dos Geysers el Tatio).

Caso se sinta mal, mantenha a calma, tente descansar e respire devagar. Recomendo levar os remédios que já está acostumado a tomar, ou que forem receitados por um médico de confiança, para os possíveis sintomas, como enjoo e dor de cabeça. E lá em San Pedro você pode comprar chá de coca e balas de coca, que ajudam tanto a prevenir quanto a atenuar os sintomas.

Ainda falando de saúde, também é importante se atentar à temperatura de cada tour que for fazer, para não passar frio nem calor desnecessariamente. O ideal é se vestir em camadas e levar uma mochila para guardar os itens que não estiver usando no momento.

Minha dica é sempre perguntar ao pessoal da agência que tipo de roupas e acessórios deve usar no passeio do dia seguinte. Dependendo da época do ano, do horário do tour, da altitude a que você vai chegar, dos ventos e da exposição ao sol, a sensação térmica pode variar muito. É bom checar com quem entende para se preparar direitinho.

Por fim, não se esqueça do seguro-viagem. Eu nunca viajo para o exterior sem seguro, porque infelizmente já fiquei doente em vários países. É daquele tipo de coisa que a gente paga torcendo para não ter que usar, mas dá um alívio enorme se você porventura precisar.

Sempre contrato seguro-viagem online pela Seguros Promo, empresa brasileira que faz a comparação entre os melhores planos disponíveis para o período e o destino da sua viagem. Eles comercializam os seguros com preços melhores que direto nas operadoras, porque vendem em volume. Vale super a pena!

Se você usar o cupom JANELASABERTAS15, ainda ganha 15% de desconto, e pagando por Pix, boleto ou transferência tem mais 5%. Quer mais dicas sobre seguro? Veja o artigo completo sobre como fazer um seguro-viagem barato.

mochilão atacama

O que levar na mala para o Deserto do Atacama?

Quando for arrumar a bagagem para sua viagem para o Atacama, lembre-se que você está indo fazer passeios na natureza, então é mais importante estar confortável do que com um lookinho fotogênico.

A não ser que você vá fazer algum trekking, os passeios não envolvem longas caminhadas, mas é bom usar sapatos confortáveis e que permitam caminhar com tranquilidade em terrenos irregulares.

Lembre-se também da amplitude térmica: mesmo no verão, faz frio à noite e em alguns passeios como o do Geyser el Tatio. Por isso, é importante ter desde roupas leves a casacos e acessórios de frio.

Recomendo escolher roupas que possam ser usadas uma por cima da outra, já que às vezes você começa um passeio no frio (de manhã cedo), aí esquenta bastante e no final do dia (ou num lugar com muito vento) faz frio de novo.

No verão, sugiro levar camisas UV, daquelas de manga comprida. No inverno, aposte em segunda pele térmica. Mas não precisa levar uma mala enorme. Primeiro porque você vai suar muito pouco (vantagem da baixa umidade). E segundo porque a maioria das hospedagens tem serviço de lavanderia, e as roupas secam super rápido por lá (outra vantagem dessa secura toda).

No final do outono, no inverno e no começo da primavera, leve a sério a importância das roupas e acessórios de frio (a não ser que você seja bem calorento). Eu subestimei um pouco a queda das temperaturas no fim de maio e acabei comprando luvas, calça e meias mais quentinhas lá em San Pedro mesmo, para ficar mais confortável nos passeios mais frios.

Se você não tiver acessórios de frio, como luvas, meias, gorros e cachecol, dá para comprar em San Pedro de Atacama por preços que achei justos. Você também vai encontrar calças e blusas térmicas, casacos etc., mas esses itens maiores eu acho melhor comprar em Santiago, se possível, porque lá você encontra mais opções e preços melhores.

mala para o atacama

Itens para levar na mala numa viagem para o Atacama:

  • Bons hidratantes para o corpo, rosto e lábios
  • Soro fisiológico, spray de lavagem nasal ou hidratante nasal
  • Colírio lubrificante
  • Chapéu ou boné e óculos escuros
  • Protetor solar
  • Roupas leves para o dia (short, bermuda, blusa confortável)
  • Óculos escuros
  • Casaco corta-vento
  • Casaco de frio
  • Tênis ou bota confortável
  • Chinelo e toalha (para os passeios com banho)
  • Roupas de banho
  • Gorro, luvas, cachecol e meias de frio
  • Calça e blusa segunda pele para o frio (especialmente se for no inverno)
  • Camisa de manga comprida com proteção UV (especialmente se for no verão)
  • Garrafa para água (para levar no mínimo 1 litro por tour)

Como levar dinheiro numa viagem para o Atacama?

Outra questão importante ao planejar uma viagem para o Deserto do Atacama é definir como levar seu dinheiro. O ideal é levar a maior parte em espécie, já que muitos estabelecimentos em San Pedro ainda não aceitam cartões.

Também vale sempre confirmar com seu hotel, caso não tenha pagado antecipadamente, qual método de pagamento eles aceitam. Se for apenas em espécie, não esqueça de já deixar esse valor separado.

Se for chegar por Santiago, já aproveite para trocar seus reais por pesos na capital e garantir a melhor cotação possível. Se você for direto para o Atacama, tudo bem. Existem várias casas de câmbio por lá, mas a cotação costuma ser pior. Vale a pena levar dólares caso tenha alguns sobrando, mas não compensa trocar reais para dólares e trocar de novo.

Outra opção é levar um cartão que possa ser recarregado com moedas estrangeiras, como o da Wise ou o da Nomad.

dicas de viagem para o deserto do atacama

E com isso finalizo este guia de viagem para o Atacama. Espero que as dicas tenham sido úteis para planejar sua visita a esse lugar impressionante! Se quiser saber mais detalhes sobre os passeios, além de consultar os outros posts aqui no blog recomendo entrar em contato com a agência Fui Gostei Trips.

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