Como encontrar o trabalho da sua vida
“O que o seu trabalho atual está fazendo com você como pessoa — com a sua mente, seu caráter e seus relacionamentos?”. Esse é um dos questionamentos presentes no livro Como Encontrar o Trabalho da Sua Vida, da The School of Life. E uma pergunta que muita gente deve estar se fazendo, ao redor do mundo, nesse exato momento.
Se você não tá satisfeito com o caminho profissional que tá trilhando, ou até curte o que faz, mas sente falta de “algo mais”, esse livro pode trazer uma luz a um caminho aparentemente nebuloso.
A proposta pode parecer meio autoajuda, mas achei bem escrito, com argumentos que vão além do clichê. Entre outras coisas, o autor, Roman Krznaric, fala sobre o que seria a essência de uma carreira realizadora, os desafios pra alcançá-la e formas de entendermos o que queremos e o que nos atrapalha pra chegar lá.
Ele observa que as raízes da busca por uma carreira realizadora podem ser atribuídas ao renascentismo, que incentivava a expressão individual, e que essas raízes começaram a dar mais folhas e frutos (forçando a metáfora :P) depois da Segunda Guerra Mundial.
Hoje, cada vez mais gente tem a chance de adaptar ou recriar seu trabalho pra que ele se ajuste ao seu modo de viver, e não o contrário. Desde a Revolução Industrial, a quantidade de caminhos profissionais vem aumentando loucamente e é cada vez menos comum ver gente passando a vida toda na mesma carreira.
Muitas profissões novas surgem a cada ano e, ainda que os cursos mais tradicionais como Direito e Medicina mantenham um peso grande na sociedade, milhares de pessoas tão encontrando realização e renda de formas que simplesmente não existiam até um dia desses (aposto que você tá pensando naquele Youtuber milionário, né?).
Acho isso massa, especialmente considerando quão jovens costumamos ser quando decidimos o que fazer da vida. Mas também pode ser assustador.
Na prateleira de um supermercado, no cardápio de um restaurante ou na vida, quanto mais opções a gente tem, costuma ser mais difícil escolher. E mais difícil, também, ficar satisfeitos com a escolha – é bem provável você acabar olhando pra o prato do amiguinho e pensando que o dele parece mais gostoso.
E quando é questão de mudar, aí é que assusta mesmo. Especialmente quando você batalhou por anos pra conseguir um emprego e ser reconhecido na área. Quando você formou sua identidade em torno daquilo e está acostumado ao status, conforto e estabilidade que conquistou, e quando – é claro – você precisa daquele salário no fim do mês, por mais modesto que seja.
Como observa o autor, “O desejo de encontrar realização no trabalho — um trabalho que proporcione um verdadeiro senso de propósito e reflita nossos valores, paixões e personalidade — é uma invenção moderna”. E essa invenção tem se transformado, a meu ver, em um novo dogma: de que todo trabalho precisa vir acompanhado de uma felicidade tão plena que você nem vai sentir que tá trabalhando.
Convenhamos: pra maioria das pessoas, isso não é possível por questões práticas, de sobrevivência. E pra muitas outras, isso não chega a ser nem uma aspiração – há quem fique realmente satisfeito ganhando seu dinheiro num trabalho apenas OK e aproveitando a vida nos horários livres.
Mas por mais que a segurança seja uma das necessidades básicas pra maioria das pessoas, a busca pela liberdade individual também tá presente aí na cabeça e no coração de muita gente. E talvez, pra você, seja possível conciliar a questão financeira com esse “algo mais” que faz falta no dia a dia. É aquela história de perguntar: “onde meus talentos encontram as necessidades do mundo?”.
Se você decidir seguir (ou melhor, criar!) esse caminho, provavelmente será uma jornada desafiadora. E o desafio começa, muitas vezes, em saber o que queremos. Que bicho complicado esse tal de ser humano, né?
Ainda assim, não priemos cânico: como argumenta o autor, precisamos internalizar algo simples, mas às vezes esquecido: apesar do título do livro, não tem isso de “o trabalho da sua vida” (desculpaê pelo spoiler! :P). Em outras palavras, não existe um emprego perfeito à nossa espera, vagando aí pelo mundo até nós o descobrirmos.
Existem, sim, várias possibilidades que podem atender aos desejos dos nossos diferentes “eus”, e só podemos conhecê-las entendendo o que torna uma carreira gratificante pra nós, refletindo sobre por que a mudança nos dá medo e testando nossas habilidades.
Achei tranquilizador pensar que a vocação não é algo que se encontra magicamente, num superinsight. A premissa defendida no livro é de que ela costuma ser cultivada lentamente, às vezes sem que a gente perceba. E, se a gente prestar atenção nela e der luz e carinho, talvez possa se transformar numa carreira que traz não só realização, mas também um propósito. Aquela motivação pra acordar todo dia e se concentrar em algo além do Netflix, sabe?
Como defende Roman, se quisermos viver nosso potencial precisamos tratar a vida como um experimento. Que não precisa, necessariamente, ser tão “radical” como pedir demissão hoje e ir vender miçanga na praia amanhã. Mas pode mudar nosso jeito de ver as coisas. :)
Se você acha que ainda não encontrou uma vocação ou sente que tá num modelo de trabalho que não faz tanto sentido pra você, vale a pena ler o livro, refletir e responder pra si mesmo: o que te impede de começar a experimentar?
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