Tour de cervejarias artesanais em São Francisco, nos EUA
Aprender mais sobre cervejas, explorar o melhor da cena artesanal da cidade e conhecer gente nova: combo massa, né? O tour guiado por cervejarias artesanais de São Francisco oferecido pela empresa SF On Tap foi um dos pontos altos da minha visita a essa cidade californiana.
Nada mais apropriado, afinal, a Califórnia é o estado norte-americano com o maior número de cervejarias artesanais. São mais de 900 e não param de surgir outras novas, em um movimento que se espalhou pelo país.
Quer saber mais sobre a experiência? Mesmo com um número razoável de cervejas no organismo, consegui me lembrar como foi pra vir contar aqui. :P
Tour por cervejarias artesanais de São Francisco
A SF on Tap é uma empresa criada por jovens apaixonados por cerveja e tem três tours regulares, além dos privativos: o Fisherman’s Wharf & North Beach, que acontece de segunda a sexta-feira e passa por esses dois bairros animados; o Big Sippin’ in SOMA, perto do centro da cidade, que atualmente é promovido aos sábados; e o Celebrate the Haight, realizado aos domingos na icônica região de Haight-Ashbury.
Fiz esse último, já imaginando que ia me encantar por essa área da cidade – o que foi bem verdade, já que passei umas boas horas por lá num dos primeiros dias da viagem e fiquei morrendo de vontade de voltar. Centro difusor do movimento hippie, o distrito de Haight-Ashbury era considerado o paraíso da contra cultura e foi importantíssimo pra história da cidade, com destaque pra o famoso Summer of Love.
Nesse passeio guiado, o foco era a visita a três cervejarias artesanais, onde degustamos diferentes cervejas e aprendemos sobre as contribuições do lugar pra cena cervejeira local. Mas entre um lugar e outro, nosso guia (Adam, dono da empresa) aproveitou pra falar um pouco sobre o contexto histórico e social que tornou essa parte da cidade tão especial.
Passamos, por exemplo, pela esquina das ruas Haight e Ashbury e pela casa onde morava o pessoal da banda Grateful Dead, onde aprendemos um pouco sobre o que rolou por ali. O lema da empresa é “learn, drink, celebrate” (aprenda, beba e celebre) e a ideia deles é equilibrar esses três lados.
As cervejarias visitadas podem variar de acordo com o tour, mas são sempre ao menos três, e o passeio inclui degustação e lanchinhos. No dia em que eu fui, o rolê começou na Barrel Head Brewhouse, de onde seguimos pra o Magnolia Pub e depois pra o Black Sands.
Barrel Head Brewhouse
Nessa primeira parada, o guia foi mais falante, aproveitando nossa sobriedade pra explicar o básico de educação cervejeira. Num tom descontraído, ele falou sobre a origem e as diferenças entre algumas variedades de cerveja, enquanto provávamos exemplos de cada tipo, produzidos na casa.
Também aprendemos sobre diferentes tipos de lúpulo: Adam trouxe potinhos com três tipos pra gente cheirar e foi explicando a influência deles no sabor das cervejas e como se dá o cultivo nos Estados Unidos. Falou, também, sobre a história da própria Barrel Head, cervejaria com ambiente aconchegante, assentos tipo sofá e TVs exibindo campeonatos esportivos.
Atrás do bar tem um torpedo (tipo de guerra mesmo) com 30 torneiras de chope, servindo cervejas de produção própria e outras “convidadas”. Provamos quatro por lá: a Pilsen Pants-Off Dance-Off, a IPA Pink Boots, a ESB Thomas Edward e a Winter Scotch Ale Plaid Pillow.
Magnolia Pub
Nossa segunda parada foi no pub da cervejaria Magnolia, bem importante na cena local. Achei a fachada e o ambiente do bar bem legais, mas como a casa tava cheia nos instalamos do lado de fora, aproveitando o clima agradável.
Tomamos mais quatro cervejas diferentes nessa parada: a CryptoCurrantcy (Tart Blond Ale com suco de cassis), a Kalifornia Kolsch e a IPA Proving Ground em sua versão “normal” e cask conditioned (condicionada em barril). Entre as três cervejarias que visitamos, essa foi a que menos gostei com base no que provamos, mas voltaria lá feliz pra experimentar outros tipos. ;)
Também visitamos o porão da cervejaria, pra ver onde acontece a fabricação, e conversamos com um funcionário, que nos falou mais sobre a Magnolia. Ele contou, por exemplo, que já fizeram mais de 200 tipos de cerveja por lá, incluindo todo tipo de Ale, mas só começaram a fazer Lagers no ano passado.
Hoje, eles produzem uns 45 tipos ao mesmo tempo, mas mudam bastante e tem algumas variedades que só são produzidas uma vez por ano. A dica do cara foi ir lá na hora do almoço, quando eles fazem a cerveja, pra sentir o cheiro se espalhando pelo lugar. :)
Nessa parada, a “educação cervejeira” começou a ceder mais espaço pra papos mais aleatórios entre os participantes do tour, mas também conversamos sobre o assunto com Adam e até cheiramos e provamos diferentes tipos de grãos de cevada.
Black Sands
A última cervejaria que visitamos foi a Black Sands, com decoração mais hipster-industrial e a filosofia de que “cerveja é pra ser compartilhada”, o que se reflete na transparência em todos os processos (desde a receita à fabricação das cervejas e comidas). Eles também vendem materiais pra quem faz cerveja em casa.
Ficamos num anexo do lado de fora, onde um funcionário tirou nossas dúvidas e falou sobre a história do lugar enquanto nos servia uma Baja (Kolsch), uma Coral Isle (Saison com ameixa) e uma Dark Echo (Brown Ale). Já estávamos mais alegrinhos a essa altura, como vocês podem imaginar, mas pra equilibrar eles trouxeram batatas fritas e outros petisquinhos. ;)
Foram quatro horas de tour, que passaram voando – especialmente depois das primeiras cervejas. :P Os grupos são de até 12 pessoas, e no dia em que fui éramos 11. A galera que tava no dia não era das maaais animadas, mas todo mundo foi se soltando durante a tarde.
As poucas horas já foram suficientes pra eu ter conversas interessantíssimas com uma galera bem variada, desde um professor de empreendedorismo pra alunos de ensino médio a uma menina do Alabama que trabalha ajudando ex presidiários e moradores de rua a retomarem a vida.
Depois do passeio, dependendo da vibe do grupo, a galera pode seguir pra outro bar ou pedir dicas pra o guia pra continuar curtindo essa região.
Em alguns momentos achei um pouco difícil ouvir o que o guia dizia, por causa do barulho normal dos bares, mas fora isso achei o tour muito massa. Deve ser um rolê ótimo pra quem tá num grupo grande e animado, mas também adorei fazer sozinha e ter companhia pra curtir alguns bares legais e tomar boas cervejas. Saí de lá bem alegrinha, de barriga cheia e feliz. :)
É preciso ter pelo menos 21 anos pra participar, já que essa é a idade mínima pra consumir álcool nos EUA, e não se esqueça de levar um documento (pode ser a carteira de motorista brasileira mesmo). Não caminhamos muito; dependendo do roteiro é possível que se ande um pouco mais de 2,5 km. Atualmente, o tour custa 79 USD por pessoa, com tudo incluído.
Ah, e o SF On Tap tem também um passeio que combina walking tour de cerveja com uma visita a Alcatraz e foi escolhido por viajantes que usam o TripAdvisor como o segundo melhor tour cervejeiro dos Estados Unidos e a oitava melhor experiência cervejeira do mundo.
Você visitou essas ou outras cervejarias artesanais de São Francisco? O que achou? Conta aí nos comentários!
O tour Celebrate the Haight foi uma cortesia da SF On Tap durante uma viagem que fiz a São Francisco em abril de 2018. As opiniões expressas aqui são pessoais e não sofreram nenhuma interferência da empresa. O Janelas Abertas preza pela transparência e sempre sinaliza eventuais parcerias. Saiba mais sobre as políticas do blog.
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