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Turismo em Barcelona com pouca grana: roteiro do primeiro dia

Espanha | 22/11/17 | Atualizado em 03/06/22 | Deixe um comentário

Indo fazer turismo em Barcelona com pouca grana? Fui pra lá pela segunda vez esse ano gastando superpouco e montei um roteiro redondinho de quatro ou cinco dias pra você conhecer o melhor que a cidade e seus arredores têm a oferecer sem ir à falência.

O primeiro dia desse passeio barceloneta tá detalhado aqui embaixo, e no rolê inteiro você não vai precisar gastar nada além das pernas – mas não me responsabilizo caso você se deixe levar pela atmosfera alegre catalã e queira deixar todos seus euros no mercado ou nos bares de tapas. ;) Você encontra o roteiro geral neste post e o mapinha detalhado desse dia tá lá no fim da página. Vamos lá?

El Gòtic

Sugiro começar esse primeiro dia no bairro Gótico (El Gòtic), seja caminhando ou pegando um metrô até a estação Jaume I. Essa é uma das partes mais bonitas da cidade, ainda que no verão se torne meio caótica devido às hordas de turistas. Como em muitos outros bairros barcelonetas, a maior graça ali é andar aleatoriamente, se perdendo e se achando em cada esquina, mas você pode ficar de olho em alguns destaques.

Sugiro começar o circuito com uma passada pela Plaça Sant Jaume. Ela fica em frente à avenida Carrer del Jaume I e é um tradicional centro político da cidade, recebendo protestos e manifestações culturais. Ao redor da praça você encontra o Palau de la Generalitat (sede do governo catalão) e o Ajuntament (prefeitura).

De lá, siga pra belíssima Catedral – não, ainda não tou falando da Sagrada Família, mas de uma lindezinha gótica que também deve arrancar alguns suspiros seus. Ela certamente não vai passar despercebida.

Se quiser entrar, não vá de shorts nem roupa de alças, ou leve algo pra cobrir os ombros. A entrada custa 3 euros, mas existem horários com acesso gratuito. Uma das minhas partes preferidas é o claustro, com direito a simpáticos cisnes num laguinho. Na cripta se encontram os restos mortais de Santa Eulália, padroeira da cidade.

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Você também pode pagar mais 3 euros pra subir um elevador até o topo da Catedral. Não achei imperdível porque a altura dela não permite ver tanta coisa, mas se você tiver obsessão por vistas (#tamojunto) pode valer a pena. Ah, a entrada pra o elevador não fica tão evidente: siga até o final do templo e olhe pro lado esquerdo, onde você vai encontrar uma capela aberta com indicações de que se sobe por ali. Se possível, leve dinheiro trocado, porque às vezes eles não têm troco.

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Nos arredores você vai encontrar um monte de lojas de souvenir, feirinhas, algumas confeitarias e outros estabelecimentos mais tradicionais com uma carinha antiga charmosa, além de cafés, lanchonetes, lojas moderninhas tipo a Ale Hop (sugiro nem entrar se você gosta de tranqueiras fofas e tá querendo economizar), vestígios da época romana e vários grupos fazendo tours guiados. :P

Não se esqueça de olhar pra cima pra admirar a arquitetura desse bairro lindo, com preciosidades como a Pont del Bisbe (Ponte do Bispo), uma passarela que une dois prédios (a Generalitat e a Casa dels Canonges) por cima da Carrer del Bisbe (Rua do Bispo, como você deve ter imaginado) e se tornou um dos ícones do bairro.

Uma curiosidade é que o Gòtic se chamava Bairro da Catedral e só mudou de nome no início do século XX, quando foi revitalizado. Nas primeiras décadas do século, o governo quis restaurar o antigo esplendor medieval de Barcelona, construindo ou reconstruindo muitos edifícios que não eram originalmente góticos (a pontezinha famosa, aliás, é dessa época). Fiquei meio #chateada ao saber que não é tudo original, mas a estratégia super funcionou, né?

Voltando aos pontos de interesse por lá, vale mencionar a Plaça del Rei, onde fica uma das unidades do Museu d’Història de Barcelona (MUHBA), construído sobre diversos restos arqueológicos. A coleção do museu mostra peças resultantes das escavações na área, mas não cheguei a entrar.
O principal prédio na praça é o Palau Reial Major, e você também encontra ali a capela de Santa Àgata e o Palau del Lloctinent, que vale uma espiadinha pelo pátio bonito cheio de heras nas paredes.
Dê também uma passada no museu Frederic Marès, nem que seja só pra olhar mais um pátio charmoso ou sentar no café bem agradável que fica nos fundos (esse da foto abaixo, com caipirosca no cardápio <3).
Sem falar nas muralhas romanas, cujos restos ficam na Plaça Ramón Berenguer el Gran, e no que sobrou do Templo de Augusto, quatro colunas de nove metros de altura escondidas num pátio no número 10 da rua Paradís.

Las Ramblas

Terminou o rolê pelo Gótico? De lá, vá dar uma olhada nas Ramblas, avenida mais famosa da cidade, que vai da Plaça de Catalunya até o Mirador de Colom, no Port Vell, e serve de divisória entre o Bairro Gótico e o Raval. Eu não passaria muito tempo lá, porque apesar de ter um “calçadão” no meio com bastante espaço pra pedestres, você não vai encontrar muitas coisas interessantes além de barraquinhas de souvenir, restaurantes superfaturados, estátuas humanas, outros artistas de rua e muitos, muitos turistas.

Mercat de La Boquería

Uma parada interessante nessa região, do outro lado das Ramblas, é o também famoso Mercat de la Boquería, que sempre tá bem movimentado e é uma boa opção pra matar aquela fominha ou dar uma refrescada. A maioria dos quiosques tem potinhos com pedaços de frutas, sucos ou smoothies, mas se você circular um pouco mais vai encontrar pastelaria, pães, tapas, carnes, mariscos, azeites, oleaginosas, chocolates e outras delicinhas, além de alguns bares.

Os quiosques mais perto das Ramblas tendem a ter preços mais turísticos, então é bom dar uma olhada geral antes de gastar. No geral, os sucos e copos com frutas custam 1,50 euros. Ah, e na parte de trás do mercado você encontra alguns quiosques com comida com mais “sustância”.

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El Raval

Cansou das multidões de turistas? Recomendo, então, se perder um pouco pelo bairro El Raval, nos arredores do Mercar de la Boquería. O Raval é uma das regiões mais multiculturais de Barcelona, lar de muitos imigrantes, artistas e estudantes, já que ainda é relativamente acessível. A região já foi considerada perigosa, mas hoje é muito mais tranquila e tem atraído cada vez mais turistas.

Apesar de não ter uma beleza tão óbvia quanto seu hermano Gòtic, ele também tem suas ruelas charmosas. Numa caminhada despretensiosa, encontrei muitas roupas penduradas nas janelas e também um punhado de pastelarias árabes, kebabs, uma empanaderia mara, um salão de beleza estiloso, uma barbearia hipster e barzinhos simpáticos. Foi um alívio sair das zonas mais turísticas pra lá, onde dá pra caminhar sem multidão ao redor (sei que uma turista falando isso é meio ridículo, mas vocês entendem, né? :P).

Também achei ótimo dar uma tempo sem estar buscando mil atrativos específicos, porque no Raval não tem tanta coisa assim na vibe tem-que-ver. Ainda assim, vale marcar no mapa o Museu de Arte Contemporânea de Barcelona (MACBA), com uma grande praça cheia de skatistas e cafés lindinhos, e a Rambla del Raval, que é totalmente diferente das outras Ramblas. Bem arborizada, ela é praticamente uma praça em formato de rua, com alguns bares ao longo e uma divertida escultura de gato assinada por Botero.

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Port Vell

Seguindo pela Rambla você vai chegar de volta à orla, dando de cara com o Monument a Colom, monumento dedicado a Cristóvão Colombo que fica logo em frente ao Museu Marítimo de Barcelona. E aí você pode voltar pra La Rambla (aquela turistona), cruzá-la e entrar numa ruelinha que anuncia o Museu de Cera pra dar um pulo no curioso café El Bosc de Les Fades.

Decorado como um bosque fantástico com direito a luz baixa e relâmpagos, ele é diferente de tudo que já vi, e crianças devem adorar. Vale muito a visita! No cardápio, você encontra sanduíches quentes e frios, doces, vinho, cervejas e drinques, mas os preços não são dos mais amigos.

Outra opção é seguir direto pra o porto antigo (Port Vell) e sentar num dos bancos do modernoso pier pra admirar o azulzão e os barcos. Se ainda tiver tempo e energia, você também pode visitar o Aquàrium de Barcelona ou o shopping center Maremagnum, ou mesmo caminhar pela orla.

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Não incluí a famosa Praia de Barceloneta nesse roteiro porque, apesar de merecer uma visita, ela não é das mais bonitas e costuma ficar beeem cheia (especialmente no verão), então não acho a melhor opção pra você estender sua canga. Recomendaria deixar a vibe praiana propriamente dita pra outro dia do roteiro, indo a uma das praias dos arredores, como Sitges.

Carrer Blai ou Sant Antoni

Já anoiteceu? A dica é ir de tapas, ou seja, pular de bar em bar tomando cervejinha, vinho, sangria ou sua bebida de escolha acompanhada pelos tradicionais e deliciosos petiscos espanhóis. Não muito longe de onde você estará fica a Carrer Blai, em Poble-Sec, uma das ruas mais frequentadas por turistas e locais em busca dos melhores bares de tapas.

Na maioria dos bares da rua, o esquema é o mesmo: várias tapas ficam expostas no balcão e você pega um prato e vai colocando nele as que achar mais suculentas. Como cada uma vem com um palitinho espetado, no final o garçom conta quantos palitinhos ficaram no seu prato e dá o valor total. É bom que fica bem fácil de escolher onde comer, afinal, é só ir de bar em bar dando uma olhada no que tá exposto.

Só fique ligado porque alguns lugares cobram um preço único pra todas as tapas, mas na maioria existem diferentes valores (sinalizados por diferentes cores de palitos) de acordo com a simplicidade ou elaboração do quitute, então é bom perguntar quando chegar. Em geral, os preços vão de 1 a 3 euros por item. Ah, e as bebidas são pedidas no balcão e costumam custar a partir de 1 euro (por uma caña, ou chopp).

Também nessa região fica o bairro trendy Sant Antoni, cheio de restaurantes e bares simpáticos e “cool” como o Federal, o Cometa e o Calders, além do Sirvent, que supostamente serve uma das melhores orchatas da cidade. Nada mau pra um primeiro dia de turismo em Barcelona, né? :)

Me conta aí nos comentários se você tem mais dicas pra essas regiões da cidade!

Mapa do percurso

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