Como conseguir uma bolsa de estudos no exterior [com vídeo]
Se eu ganhasse um real a cada pessoa que vem me perguntar como conseguir uma bolsa de estudos eu estaria rica, viajando pelo mundo e esqueceria de vocês. Mentira, ia continuar blogando! Mas realmente um dos assuntos mais populares aqui no Janelas Abertas é esse, já que comecei o blog enquanto fazia mestrado na Espanha com uma excelente bolsa de estudos.
Pouca gente não gostaria de ser paga pra ter uma experiência internacional, aprender e enriquecer o currículo, né? E eu faço questão de repetir: não é fácil conseguir uma bolsa, mas tá longe de ser uma utopia.
Já ganhei duas bolsas pra fazer mestrado fora, além de ter sido selecionada pra alguns programas de estudos mais curtos com tudo pago. Já recebi, também, muitos “nãos” (até escrevi aqui sobre como precisamos falar sobre o fracasso). Mas cada hora perdida fuçando no Google e preparando candidaturas valeu super a pena, juro!
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Tá perdidão e não sabe nem por onde começar? Então dá play no vídeo aqui embaixo, ou continua rolando a página pra ver um resumo das dicas. E depois já sabe, né? Junta aí toda a determinação que existe em você e se joga!
Como conseguir uma bolsa de estudos no exterior
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Pesquise muito
Imagino que esse processo todo de conseguir uma bolsa de estudos era muito mais difícil há algumas décadas. Sem os contatos certos, como descobrir as bolsas que estavam disponíveis mundo afora? Hoje em dia, com nossa amiga internet, é outra história. Além de vários sites que publicam notícias sobre convocatórias abertas, uma boa googlada pode trazer informações preciosas.
Você pode, por exemplo, colocar no Google o nome do país aonde gostaria de ir e a área de estudos que lhe interesse (no idioma do país, em inglês e em português). Ou então buscar rankings de universidades e sair entrando no site de uma em uma.
Algumas bolsas são oferecidas já atreladas ao próprio curso, e em outros casos você tem que se inscrever pra o curso primeiro, ser aprovado e aplicar pra bolsa por uma instituição independente. Fuce bem os sites das instituições e, caso não encontre alguma informação, mande e-mails pra os responsáveis. Foi assim, aliás, que fiquei sabendo da minha bolsa pra fazer mestrado em comunicação na Espanha.
Ah, e mesmo que você ainda vá demorar a poder viajar, já é bom ir pesquisando. Muitas vezes as convocatórias são recorrentes e quanto mais preparada você estiver quando chegar a hora, melhor.
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Se torne um bom candidato (a).
Antecedência também é um trunfo pra você ir se esforçando cada vez mais pra se tornar uma candidata interessante pra conseguir uma bolsa de estudos.
Tente se transformar num possível candidato ideal, porque os frutos que você planta agora poderão ser colhidos no futuro. Faça atividades extracurriculares, cursos, trabalho voluntário… Sempre vale a pena se inscrever pra bolsas, porque você nunca sabe com quem está concorrendo. Mas quanto antes se preparar pra ter diferenciais competitivos, melhor.
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Preste muita atenção aos documentos
A burocracia assusta muita gente. Cada instituição tem uma lista de documentos exigidos pra inscrição, mas normalmente elas incluem alguns itens em comum, como currículo, carta de motivação, histórico escolar e cartas de recomendação. Também podem ser necessários documentos específicos, como meu caso na Universidad de Valladolid, que pedia um documento que minha universidade aqui do Brasil disse que nem existia. Por isso, recomendo conferir os documentos necessários com antecedência. Muitas instituições pedem também certificados de proficiência em idiomas e tradução juramentada de documentos, e ambos custam tempo e dinheiro.
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Capriche muito nas cartas de motivação e referências
A carta de motivação é o momento que você tem pra “vender seu peixe”; é quando você vai tentar convencer o selecionador de que merece ganhar aquela bolsa de estudos. É um momento pra deixar de lado a modéstia, mas obviamente sem mentir. Não se esqueça de revisar tanto o idioma quanto os argumentos usados, e se possível peça pra outras pessoas lerem a carta antes de enviar.
Além disso, as referências (ou cartas de recomendação) também são muito importantes. As instituições costumam pedir duas, escritas por pessoas que lhe conhecem da vida acadêmica e/ou profissional. Normalmente você não tem controle sobre o conteúdo, e em alguns casos você nem vê as cartas, porque pedem que mandem direto pra universidade. Mas o ideal é pedir a pessoas que lhe conheçam bem, e falar pra elas o que você está querendo pesquisar, pra evitar que escrevam um texto muito genérico.
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Como escrever uma carta de motivação
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Tenha paciência
Como dizem por aí, as melhores coisas na vida dão trabalho. Você pode ter que passar por esse processo várias vezes. Ouvir muitos nãos é frustrante, até porque você provavelmente vai dedicar muito tempo a cada candidatura. Mas quanto mais você faz, mais fácil fica. Se esse é seu sonho, tenha paciência e siga tentando!
Tem dúvidas sobre estudos no exterior, sobre alguma das dicas que dei no vídeo ou sobre viagens em geral? Fala aí nos comentários!
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