Natal: Golfinhos, crepes, drinks e camarões em Ponta Negra
Fazer um roteiro turístico tradicional pra Natal não dá muito trabalho. Afinal, as atrações mais conhecidas na cidade em si não são tantas quanto em outras capitais; entre elas, a praia de Ponta Negra, o Forte dos Reis Magos, o Memorial Câmara Cascudo, o Parque das Dunas, o Centro de Turismo e outros lugares dedicados ao artesanato. Mas isso não significa que não tem o que fazer na cidade pra justificar uma estadia mais longa do que os três dias que pude passar lá em minha última visita. Especialmente se você considerar os arredores, já que muita gente usa a capital como base pra um monte de bate-volta – eu incluída. ;)
Nesses meus três dias, em janeiro, quis dedicar um deles à linda praia da Pipa e outro ao passeio de buggy no Litoral Norte do Estado. Com isso, sobrou só um dia pra explorar a capital potiguar, então me concentrei em Ponta Negra, a praia mais badalada da cidade e que concentra boa parte dos hotéis (inclusive o albergue onde me hospedei), além de restaurantes interessantes.
Com mais tempo, teria feito o passeio de catamarã pelo rio Potengi e uma trilha no Parque das Dunas. E quando era criança, adorei conhecer o maior cajueiro do mundo, em Pirangi, a uns 20 km de Ponta Negra. Sem falar no centro de lançamento de foguetes da Barreira do Inferno, entra outras coisas que não foram minhas prioridades e podem lhe atrair. Mas voltemos ao foco do post: o que foi que eu curti em Ponta Negra?
Leia mais:
Hostel Verdes Mares, em Ponta Negra
Procurando hospedagem em Natal? Clique aqui e encontre hotéis, pousadas e albergues com os melhores preços
Comidinhas na praia
Pra variar, começo pela parte comilônica da coisa. Além de abrigar o principal cartão postal da cidade, o Morro do Careca, a Praia de Ponta Negra é cheia de barracas que disponibilizam cadeiras e mesas de plástico e guarda-sóis (as que eu consultei cobravam R$ 10 pelo aluguel da ~estrutura~) e servem petiscos marítimos e bebidinhas.
Preferi os quitutes que passavam na areia, que incluem alguns que sempre rolam aqui em Pernambuco como queijo assado, amendoim e picolé e outros que não existem nas praias daqui, como o espetinho de um peixinho frito pequeno chamado ginga. Pedi só pra provar, mas pelo menos o que eu comi tava tão pequenino que parecia só uma casquinha frita :P Em alguns lugares você também encontra ginga com tapioca, uma combinação típica por lá.
Mas o que eu curti mesmo entre as comidinhas praianas foi o crepe, que é vendido por mil barraqueiros passando pelas areias. Entre tantas opções, escolhemos o Crepe Potiguar com base no layout do carrinho, que era menos tosco do que os concorrentes :B (naipe julgar o livro pela capa, haha). Eu pedi um de nutella com banana (R$ 8) e o boy um de camarão com queijo, orégano e otras cositas más (R$ 12) e ambos eram grandinhos, bem recheados e muito bons pra “comida de rua”. Se alguém quiser importar essa prática pro meu Recife tou apoiando, hein?
Já com a barriga forrada, fiquei paquerando os drinques que passavam em carrinhos – em especial um que vinha em um abacaxi <3 Descobri que ele era o hula hula, feito com a polpa do abacaxi, vodca, leite de coco, leite condensado e groselha. Não sou fã de bebidas tão doces, mas adoro apresentações escandalosas como essa. Solução? Pedi ao moço pra fazer uma caipifruta de abacaxi dentro da fruta \o/ Tinha o equivalente a umas duas caipis aí dentro e ainda sobrou uma num copo, sem falar na quantidade de frutas que deu pra comer. Achei que valeu bem os R$ 15.
Passeio pra ver golfinhos
Antigamente, era possível subir no Morro do Careca e descer fazendo esquibunda, mas na década de 90 essa prática foi proibida porque tava provocando erosão. Mas além de comilança e um lugar ao sol, a praia de Ponta Negra ainda oferece outras atrações. Uma delas é o passeio de “jangalancha”.
Me chamou atenção o nome do veículo, que como você deve imaginar é um cruzamento de jangada com lancha – mais precisamente, uma jangada com motor de lancha. Tínhamos umas horinhas pra matar na praia, já estávamos de bucho cheio e fomos atraídos pela possibilidade de ver golfinhos, então embarcamos :)
Com duração de uma hora, o passeio custou R$ 35 por pessoa e pode ser pago no cartão. O escritório onde você paga, deixa as coisas num locker e recebe as instruções fica na pontinha da praia, quase embaixo do Morro do Careca, ao lado do quiosque 1.
A parte de “deixar as coisas” se justifica porque em alguns momentos a água bate no barco com força e tudo molha, então melhor não levar nada além do seu corpitxo. E a parte das “instruções” é porque o barco passa por uma área militar, que pertence à aeronáutica, e é proibido ir até a terra ou tirar fotos. Uma pena essa última parte, mas quem quiser guardar uma recordação do passeio não precisa ficar #chateado: o pessoal do barco tira fotos de todo mundo e posta no Facebook depois.
O passeio consiste em contornar o Morro Do Careca até uma parte que você não tem como acessar de outra forma, porque o acesso por terra não é permitido. Essa parte é a “praia das tartarugas”, uma área de preservação ambiental onde o projeto Tamar atua, ajudando na desova e tal. Ou seja: se você resolver passear por lá, pode ser detido por invasão militar e crime ambiental. O que não impediu que um casal estivesse caminhando na área no dia em que eu fui :P
Mas o passeio não se limita a entrar na área proibidona, é claro. O mais interessante é o caminho de ida, onde você pode avistar simpáticos golfinhos em busca de lanche (tainhas e sardinhas que nadam por lá ignorando seu destino). Não dá pra garantir que os animais ficarão visíveis, mas a probabilidade é grande e eu dei sorte de ver um bocado nadando. ^^
Depois de uns 20 minutos de percurso, passamos pelas rochas negras que dão nome à praia de Ponta Negra e chegamos na tal praia, onde o barco para por 20 minutos pra banho nas águas tranquilas. Depois, são mais 20 minutos pra voltar, com direito a uma vista legal da praia por outra perspectiva.
Não achei o passeio superincrível, mas vale a pena pela chance de ver os golfinhos, especialmente se você não for fazer o passeio de barco pra Baía dos Golfinhos em Pipa, que tem um visual mais bonito – e vai ganhar post em breve. <3 Pra mais informações, acesse o site da Jangada Show.
Aloha Beach Club
Além dos animais fofinhos, outro ponto positivo de ter andado de jangalancha foi encontrar, ao lado do escritório da Jangada Show, o Aloha Beach Club, um bar de praia superlegal onde tomamos uns bons drinks na volta do passeio. A vibe do lugar é massa, a música é boa e a decoração é bem bonita, com elementos náuticos, muito azul, almofadas e uma iluminação charmosa. Sem falar na vista da orla, já que o bar fica mais elevado e bem na pontinha da praia. O pôr do sol lá foi a coisa mais linda.
Só pedimos drinques, que tavam todos bons e custaram uns R$ 15 cada, mas o bar também tem vários petiscos e uma amiga falou muito bem deles. Ah, e você pode também alugar stand up paddle por lá e se unir a uma das dezenas de pessoas que praticam o esporte nesse trecho da praia.
Restaurante Camarões
Natal tem um punhado de restaurantes famosos, do tipo “tem que ir”. Alguns, como o Mangai e o Tábua de Carne, têm cardápios parecidos com o que se encontra no Recife, pelo que pesquisei. Parecem ser ótimas opções pra quem não é do Nordeste, com uma variedade boa de comidas típicas daqui. Como tinha pouco tempo, preferi concentrar meu apetite e minha verba no Camarões, #camarãolover que sou.
O restaurante tem três unidades na cidade: Camarões Potiguar, Camarões Restaurante, Camarões Midway Mall e Camarões Natal Shopping, sendo os dois primeiros perto um do outro, em Ponta Negra. Fomos no Camarões Restaurante, o primeiro da linha. Contrariando as dicas que eu já tinha lido, chegamos tarde – por volta das 20h. Acabamos enfrentando uma espera de uma hora por uma mesa, mas valeu a pena: o atendimento foi excelente, o prato chegou num instante e a comida tava bem boa. E se você tiver sorte, dá pra sentar numa das mesinhas da área de espera e já ir pedindo uns petiscos e bebidinhas.
Pedimos o Camarão Internacional (com molho branco, sobre arroz cremoso com ervilha e presunto, gratinado com queijos mussarela e parmesão e acompanha batata palha), que é muito recomendado no Foursquare. Os camarões são grandes e suculentos, mas achei que faltou tempero; o prato podia ser mais saboroso. Sorry pelas fotos ruins; o cansaço e a fome não ajudaram :P
Como estávamos em dois e o prato é muito bem servido – dava pra até quatro pessoas -, não pedimos entrada ou sobremesa, mas o pastel de camarão de lá é recomendadíssimo e uma amiga falou muito bem do petit gateau de doce de leite. Ah, e achei o preço justo; pagamos uns R$ 50 cada com prato e suco, mas se estivéssemos com mais gente pra dividir daria pra comer outras coisinhas e pagar uns R$ 40.
E os arredores de Natal são ainda mais delícia que a capital! Nas próximas semanas, vou falar sobre Pipa e o passeio de buggy pra o Litoral Norte. Até mais ;)
Crédito das fotos da jangalancha: Divulgação/Jangada Show
Já curtiu a página do Janelas Abertas no Facebook? Clique aqui pra conferir muito mais conteúdo sobre viagens.
Vai viajar pra o exterior? Não deixe de fazer um seguro viagem! Contrate o seguro que eu sempre uso :) Neste post você encontra um código pra ganhar 15% de desconto. Você economiza e ainda ajuda o blog a se manter vivo.
Posts Relacionados
10 Comentários
Deixe o seu comentário
Olá! Sou pernambucano, mas morei 3 anos em Natal e apreciei bastante as belezas dessa linda cidade. A respeito dos atrativos turistico faltou alguns dos principais como a maior árvore frutífera do mundo o cajueiro localizado na praia de pirangi, o shopping do artesanato potiguar localizado em ponta negra e o Mãos de Arte ( o maior shopping de artesanato do nordeste) localizado na praia do artista. A respeito da gastronomia o restaurante citado na matéria não é Mangal e sim Mangai com diversificado buffet da culinária nordestina! Abraços!!!
Oi, Márcio! Obrigada pelo comentário :D O “Mangal” foi erro de digitação, valeu pelo toque! Não tinha mencionado o cajueiro porque a ideia era, com poucas exceções, focar na cidade em si. Ele fica fora de Natal, como você deve saber, mas acrescentei, já que é algo tão icônico – não fiz questão de visitá-lo dessa vez, mas quando criança lembro que me marcou, hehe. Um abraço!
Olá,
Bem legal seu roteiro, bem detalhado.
Eu desaconselharia o aquário….
Os animais que vivem lá vivem em aquários minúsculos….
Melhor ir ver e nadar com os golfinhos livres de Pipa ;)
Abraço!
Eita, sério, Carolina? :( Eu tinha ouvido falar bem, mas depois desse seu comentário vou até editar o post. Obrigada pelo comentário! Um abraço
Cansada e com fome ou não, as fotos ficaram lindas e deu a maior vontade de visitar! Abração
Que bom! :D
Voltamos agora de Natal e é realmente lindo! As fotos da sua viagem ficaram show. Fizemos o passeio para ver os golfinhos na praia da Pipa, mas infelizmente não vimos golfinho nenhum. Os passeios em Natal são lindo e vale muito a pena fazer todos.
Oi, Gabriel! Que pena que não conseguiram ver golfinhos, mas que bom que curtiram os passeios! :) Obrigada pelo comentário. Um abraço!
Olá Luiza, quando retornar para Natal fale comigo que terei novidades! Parabéns pelo blog!
Joia! :) Obrigada!