Espanha

Minha experiência em Valladolid: ser estrangeira em Pucela

Espanha | 19/01/13 | Atualizado em 16/12/17 | 5 comentários

Antes de vir pra Valla, falei aqui das minhas expectativas baixas em relação à cidade. É pequena e fria, diziam, e as pessoas são fechadas. Felizmente, mais uma vez me surpreendi com o que encontrei. Não que o lugar em si seja deslumbrante como Lyon, por exemplo. Mas nos últimos dias, em conversas com minhas “alunas” do taller de portugués (seis espanholas supersimpáticas) e com um grupo de amigas de vários cantos do mundo, chegamos a uma conclusão: em grande parte, o que o lugar é pra gente é a gente quem faz.

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Já passaram-se quatro meses, um pouco mais de uma estação e um cuatrimestre quase todo. Passou voando, é claro. Já deu pra me reacostumar com a siesta (pra quê comprar e resolver coisas das 14h às 17h, né?), as tapas, as lojas de chinos salvadoras que vendem tudo e mais um pouco, os muitos idosos pelas ruas, as criancinhas andando com roupas iguais e laços enormes na cabeça. Os 1897 bares por km², as ambulâncias passando o tempo todo com a sirene nas alturas, os botellóns. Nos primeiros dias, parecia um flashback da Espanha que eu vivi em 2009/2010, mas depois foi virando mais que isso. Foi virando casa.

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Em Pucela (apelido da cidade, cujas possíveis origens você encontra aqui  – uma das teorias, por sinal, é de um dos meus professores) o centro é compacto e agradável e eu não preciso de nada além das minhas pernas pra chegar a quase qualquer destino (que diferença pro trânsito do Recife!). Em Pucela, as igrejas são charmosas, as ruas são tranquilas e eu como três pinchos (tapas, petiscos) delícia com três cañas (cervejas) por 7 euros em um bar a duas ruas de casa. Em Pucela, encontrei bastante gente que foge ao estereótipo sobre o povo local. E é por essas e outras que eu fico feliz por chamá-la de casa. E que venham as próximas estações, os próximos intercambistas/Erasmus, as próximas conversas, os próximos botellóns…

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Agora, atrasada que estou pra fazer pão de queijo e cartola pras minhas compañeras de piso, vou parar a falação e deixar que as imagens falem por mim. Esse curta-metragem, realizado por duas recifenses fofas que tive o prazer de conhecer por aqui (Larissa Cavalcanti e Renata Monteiro), traduz em imagens muito do que é ser estrangeiro em Pucela. Infelizmente não tá legendado, mas tá lindo. ¡Espero que os guste! ;)

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5 Comentários

  1. DEBORA

    OLA, QUAL E O NOME DA PRAÇA NO INICIO DO CURTA METRAGEM? E A PRAÇA QUE TEM UMA ESTÁTUA DE UMA HOMEM SENTANDO COM UM LIVRO.

    OBRIGADA

    DEBORA

    • Oi, Debora! A escultura de uma menina lendo fica na Plaza de las Batallas :) Um abraço

  2. Maria Teresa Marvila de Oliveira

    Como la hecho de menos Valladolid mi amor!!!!!!!

  3. Que delícia de texto! Não conhecia este apelido. Foi pesquisando para meu romance Noite em Paris que publico no blogue de mesmo nome que descobri. Uma maravilha. Seu blogue é realmente interessante. Façam uma visita ao meu noite

    Muito gostoso de se ler. Não sabia deste apelido da cidade. Foi pesquisando o termo pucela para meu romance Noite em Paris que publico no blogue de mesmo nome que descobri. Voltarei sempre. Façam uma visita a meu blogue. Obrigado.

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