Bate-volta a partir de Tallinn, na Estônia: a encantadora Prangli Island
“A única ilha no norte da Estônia que tem sido continuamente habitada há mais de 600 anos” era praticamente tudo que eu sabia sobre Prangli, um pedaço de terra com pouco mais de 6 km². Me surpreendi muito com o que encontrei por lá, e recomendo demais o passeio pra quem procura um bate-volta a partir de Tallinn, capital do país.
Prangli é desses oásis de tranquilidade, onde as pessoas levam uma vida simples, e ainda não foi dominado pelo turismo de massa. Dá pra ir por conta própria, mas fiz o passeio com a agência Prangli Travel e curti muito porque pude explorar a ilha praticamente toda e ainda aprendi várias curiosidades sobre o modo de vida da galera por lá.
Um dia na ilha de Prangli
São só 15 km de distância do continente até a ilha, que na prática se traduzem em 1h de ferry pelo mar Báltico, quase sempre calmo. A guia da Prangli Travel me buscou às 8h em frente ao posto de informações turísticas na Old Town (centro histórico de Tallinn) e de lá fomos até Leppneeme, o porto de onde a balsa saiu, às 9h.
Passei todo o caminho de ida admirando aquele azulão ao redor, já que apesar do vento forte na parte superior da balsa, o dia tava bem lindo. Na volta, cansada e com mais frio, fui sentada na parte de baixo, que é fechada. A embarcação não é muito grande, mas tem uma pequena cafeteria e banheiro.
Desembarcando na ilha, prepare-se pra um possível amor à primeira vista. Saindo da balsa, você dá logo de cara com um galpão supercolorido onde funciona a agência, com esse “carro decorativo” maravilhoso da foto abaixo e com barcos vintage que nos transportam pra uma época em que a principal atividade econômica na ilha era a pesca.
A partir de lá, o passeio com a Prangli Travel começa oficialmente. Na traseira de uma camionete conduzida pela simpática guia Kristiina, passei cerca de 2h30 percorrendo a ilha, com várias paradas pelo caminho. Fiquei bestinha com cada cenário vibes wallpaper do Windows, de florestas de pinheiros a um mar que parece lago, com direito a patinhos e cisnes!
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E além de admirar a beleza do lugar, pude conhecer um pouco do estilo de vida dessa ilhota que parece ter parado no tempo. Com apenas 70 moradores permanentes, ela conta com uma escolinha onde estudam menos de 10 crianças por ano, um centro comunitário (na foto abaixo) e uma só médica (que também é diretora da escola).
Depois de passar por esses lugares, fomos até uma igrejinha de madeira onde quase nunca tem missa: pouquíssimas pessoas são religiosas na Estônia, e na ilha não é muito diferente. Ainda assim, ela tem sido preservada pelo poder público, e a guia consegue a chave pra que os visitantes possam entrar e até subir na pequena torre. Fiquei com um leve medo de que o troço desabasse enquanto eu subia, mas até que ela tá preservada, além de ser uma graça.
Outras paradas do tour por Prangli Island incluem uma das muitas fontes de gás natural da ilha, que conta até com uma frigideira velha em cima (vai que você tava passando por ali, catou uns cogumelos e resolveu cozinha-los, né?). A guia acendeu uma chama no gás e eu apaguei o fogo no sopro, pra compensar pela vela de aniversário que meu sobrinho lindo apagou por mim mês passado. :P
Depois de lá também visitamos um cemitério/memorial em homenagem aos mortos num navio atacado em conflitos entre soviéticos e alemães, cuja interessante história a guia contou em detalhes. Não vou narrar aqui pra não dar spoiler, mas adorei entender um pouco mais sobre a dominação soviética no país através do exemplo desse pedacinho de terra.
Também paramos pra colher blueberries (mirtilos) no meio do bosque. Já tinha colhido muitos frutinhos na Finlândia, onde passei um mês antes de ir pra Estônia, e adorei saber que essa prática também é muito comum por lá. Fiquei com as mãos manchadas de tantos mirtilos que peguei e guardei alguns num ziploc pra comer de sobremesa depois do almoço. Me empanturrei sem dó, afinal, é ótimo pra saúde. ;)
E falando em almoço, essa foi a última parada oficial do passeio. Fomos até um restaurante à beira-mar, onde comi um peixe gostoso sentada na varanda enquanto a guia me contava mais sobre hábitos culturais da Estônia. Minha definição de “vida boa” isso aí. <3
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Terminado o tour, tive umas três horas pra curtir a ilha por conta própria. Uma opção pra curtir a tarde por lá é alugar uma bike, mas como boa parte dos caminhos é de areia fofa e eu já tinha visitado as partes mais distantes pela manhã, achei melhor caminhar.
Dei uns rolês pelo bosque, passando pelas pequenas casas dos moradores, por umas cabanas de madeira que podem ser alugadas pra passar a noite e por vários cachorros que moram por lá e vivem pela rua, mas são bem alimentados e dóceis.
Procurei mais blueberries pra colher, sem muito sucesso, e fui até uma das prainhas, onde deitei na areia (a praia não era de pedrinhas, amém) e agradeci por esse dia super gostoso. Se estivesse mais quente, rolava até de tomar banho de mar, mas só olhar pra ele já tava de bom tamanho.
Às 17h pegamos a balsa de volta pra cidade, e no caminho a guia foi mostrando as músicas estonianas da moda. ;) Cheguei na hospedagem umas 18h30, cansadinha e feliz: amei conhecer um pouco mais sobre a história e o estilo de vida da Estônia, indo além das multidões que se amontoam na Old Town de Tallinn durante o dia.
Se interessou? Confira o itinerário e os valores atualizados pra esse e outros passeios pela Prangli Island.
Outras opções de bate-volta a partir de Tallinn
A Estônia é um país bem pequeno e é fácil conhecer muita coisa além da capital, seja alugando um carro ou fazendo esses rolês de um dia nos arredores.
Um passeio bem comum a partir de Tallinn é pelo Lahemaa National Park, que não tem fácil acesso por transporte público, mas fica bem pertinho da capital e também pode ser visitado num tour da Prangli Travel. Se você for no inverno, algumas opções interessantes são andar num trenó puxado por Huskies e visitar uma cachoeira congelada.
Além da Prangli Island, outro bate-volta que fiz foi até Haapsalu, charmosa cidade costeira conhecida pelos spas, que fica a 1h30 de ônibus desde Tallinn. Em breve publico um post aqui com mais detalhes e atualizo esse com o link, mas já falei um pouco sobre o passeio lá no Instagram.
O Janelas Abertas fez esse bate-volta a partir de Tallinn a convite da Prangli Travel. Todas as opiniões manifestadas aqui são pessoais e não sofreram interferência da empresa. O Janelas Abertas preza pela transparência e sempre sinaliza eventuais parcerias e patrocínios.
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2 Comentários
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Oi Luisa, tudo bem?
Uma pergunta, você comprou o passeio lá em Tallinn na hora, ou comprou antes pela internet? to olhando aqui por essa agência que você usou porque queria fazer principalmente o dos huskies, mas individual é BEM carinho né? haha será que rola na hora lá encontrar mais pessoas para fechar um grupo maior e diminuir o preço? como é o movimento turistico lá quanto a isso?
Ah, pensando que vou estar lá no meio de dezembro hehe bem congelado.
Muito obrigado :)
Oi, Luis! Eu fiz uma parceria através do blog. Nesse dia não havia outras pessoas interessadas no passeio que eu fiz, mas em outros dias tinha, sim! Não sei te dizer como é o movimento em dezembro, mas imagino que esse passeio dos huskies seja popular nessa época. Eu mandaria um e-mail pra agência (e outras que você encontrar, se for o caso) perguntando sobre a possibilidade de se juntar a algum grupo na hora :) Provavelmente eles não vão poder garantir nada, mas pelo menos dá uma ideia, né? Um abraço e boa viagem!