Passeio de barco e mergulho a reboque em Fernando de Noronha
Noronha é ridiculamente linda sob todos os ângulos: a partir do céu, quando o avião se aproxima da ilha; das areias, quando você tá curtindo o sol nas praias; debaixo d’água, fazendo snorkeling ou mergulho de cilindro… E é claro que a bordo de um barco não ia ser diferente, né? Não por acaso os passeios de barco, oferecidos por várias agências, tão entre os mais populares entre os turistas.
Fiz uma pesquisa em umas três agências na Vila dos Remédios e recomendo que você faça o mesmo no seu primeiro dia na ilha, já que tem várias uma pertinho da outra e elas costumam ficar abertas até 20h ou 22h. Depois de comparar os percursos dos passeios, duração, “extras” oferecidos (refeições, equipamento pra snorkeling etc.), estrutura dos barcos e preços, escolhi o do Trovão dos Mares – o maior e mais famoso, acredito, mas também um dos mais caros.
Na real quase não existe diferença entre os percursos: no geral, o passeio em sua versão “tradicional” sai no início da manhã lá do Porto e vai margeando a ilha por todo o Mar de Dentro (a parte do litoral noronhense que é voltada pra o Brasil). Passando pelas ilhas secundárias, os barcos vão até a Ponta da Sapata, no finalzinho.
Na volta, costumam fazer uma parada pra snorkeling na Praia do Sancho, a uns bons metros da orla. Essa parada dura de 30 minutos a 2 horas, dependendo da empresa que oferece o passeio. Dependendo disso, a duração do percurso completo até a volta pra o Porto pode variar de três a cinco horas.
Existe também outro tipo de passeio, que sai ao entardecer e pode ser feito em barcos grandes ou privativos (o chamado “entardecer VIP”), fazendo quase o mesmo caminho que a versão matinal, só que parando antes (acho que nos Dois Irmãos) pra ver o pôr do sol e voltar.
Trovão dos Mares
O passeio do Trovão dos Mares custou, em fevereiro de 2017, R$ 250 por pessoa, com direito a almoço e equipamentos pra snorkeling. A empresa tem um catamarã grande com primeiro andar, mas mantém um limite máximo de ocupantes que corresponde à metade do permitido por lei, então fica bem confortável. São quase 5 horas de passeio com 1 hora pra snorkeling e 1 hora pra almoço lá na Praia do Sancho, que é a mais linda de Noronha (e, segundo votação do TripAdvisor, do mundo todo :P).
Um carro foi nos pegar na pousada pra levar até o Porto e também tinha transfer incluído pra volta. Chegando lá, esperamos um pouquinho até os outros passageiros chegarem em outra van e embarcamos (não sem antes eu paquerar os barquinhos coloridos “estacionados”, que adoro <3). O catamarã da segunda foto é o da Trovão.
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Durante o percurso, passamos por todas as praias do Mar de Dentro e por cantinhos marcantes de Noronha como o Morro do Pico, que é o ponto mais alto da ilha (e pra mim super parece um senhor idoso e cansado de narigão :P), e o Morro Dois Irmãos, principal cartão postal de lá. No caminho, um guia vai mostrando cada uma das praias e contando curiosidades sobre elas. Dá pra ver o roteiro detalhado aqui.
Um dos pontos altos do tour é a aparição dos golfinhos, que costumam dar as caras em mais de 90% dos dias, de acordo com os guias. Vimos um monte deles, nadando fofinhos ao lado do barco, enquanto os passageiros iam pra lá e pra cá tentando vê-los – e tirar fotos, claro.
Outro ponto alto (pra mim, o melhor) é a parada no Sancho, que é a coisa mais linda não só pela cor e transparência da água mas também pelo paredão que envolve a baía e dá uma vibe meio selvagem pra o lugar. Fiquei o máximo de tempo permitido dentro d’água, alternando entre admirar o entorno e mergulhar pra ver as dezenas de peixinhos que nadavam ao redor dos corais. Pra quem quer entrar na água, o Trovão dos Mares oferece máscara, snorkel e pé de pato, e quem quiser também pode pegar coletes salva-vidas, “macarrões” ou uma boia que fica presa na cintura.
Depois do mergulho, subimos pra almoçar. O cardápio, servido no esquema de bufê livre, incluía filé de peixe empanado, lasanha de peixe, sashimi, legumes cozidos, purê de batatas, pirão de peixe, arroz, creme de abóbora, farofa, salada e melancia. Tudo gostosinho, mas nada especial – tinha lido umas reviews superpositivas sobre a comida e um dos meus motivos pra escolher essa empresa foi esse (#gordinha), mas ok. :B
Na verdade muita gente no barco não conseguiu comer, porque era época de swell e tava meio chuvoso, então o mar tava bem agitado – o que resultou em muita gente enjoada. Vários passageiros passaram mal, e eu (que tenho super tendência a enjoar) só não tava entre eles porque tomei um Plamet assim que embarquei, por recomendação da moça da agência. Sugiro que você faça o mesmo! Ah, e pra quem não conseguiu comer eles ofereceram quentinhas pra levar pra pousada, achei digno.
Plana Sub
Na volta pra o Porto, após o almoço, os guias perguntaram quem tinha interesse em fazer o plana sub, também chamado de mergulho a reboque. Nesse passeio você coloca o snorkel, segura numa prancha de acrílico e é puxado por um barco pequeno, através de uma corda, enquanto observa o mundo embaixo d’água.
Quase ninguém queria ir porque tava todo mundo enjoado e a visibilidade da água não tava muito boa por causa das chuvas, mas como eu não ia ter tempo outro dia, insisti pra juntar um grupinho (cada barco vai puxando umas quatro pessoas), paguei mais R$ 50 e fui.
Chegando ao porto, descemos do catamarã e logo depois subimos num barco menor, onde me emprestaram uma blusa daquelas de surfista (porque eu tava de biquíni e com a força da água era bem capaz de ele sair do lugar), nos explicaram como funcionava o passeio e ofereceram colete salva vidas pra quem quisesse. Se você for sem o colete, pode virar a prancha e mergulhar, sendo puxado por dentro d’água – ou ficar só na superfície mesmo.
A equipe do barco reforçou que não se responsabiliza se você deixar cair alguma coisa no mar durante o percurso, mas eu mergulhei com a GoPro, amarrando a cordinha dela no pulso por segurança, pra fazer fotinhas pra o post. Foi tranquilo, mas fiquei segurando a prancha praticamente com uma mão só e por isso não tive coragem de mergulhar. O que eu não faço por vocês, né? :P
Passamos por cima de um barco naufragado, onde dá pra fazer mergulho de cilindro, e por um tubarão que um cara do meu lado apontou, mas não cheguei a ver – confesso que não achei tão ruim, porque acho que ver um tuba em “alto mar” ia me deixar meio assustada, haha. Mesmo com a visibilidade ruinzinha, uma leve dor nos braços depois e um pouco de incômodo porque tinha que ficar desviando dos outros “passageiros” de tempos em tempos, achei o passeio bem divertido. Ah, e também dá pra reservar só ele. ;)
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2 Comentários
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Olá! adorei seu post, e tenho uma dúvida quanto o Plana Sub, se for de colete consegue ver alguma coisa sem precisar mergulhar?
Oi, Juliane! Sem mergulhar dá pra ver bastante coisa, caso a visibilidade da água esteja boa. Eu não mergulhei porque estava com a GoPro e fiquei com medo de deixá-la cair quando fosse subir, e também porque sou desestrada e meus braços estavam meio doloridos, haha. Mas mesmo assim achei legal :) Um abraço!