O que fazer em uma tarde em Porto Alegre

Uma confissão: achei que Porto Alegre seria uma cidade mais fácil de amar. Passei só uma tarde lá, na volta do passeio que fiz pela Serra Gaúcha, e não bateu aquela paixão à primeira vista, sabe? Em algumas horas, no entanto, consegui mudar minha visão e me encantar por alguns cantinhos :) Quero voltar pra explorar lugares menos batidos, mas pra um primeiro contato até que curti meu mini roteiro. Fica aqui, então, o registro do que vi por lá.

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Mercado Público

Minha primeira parada foi o Mercado Público Central, que fica no Largo Glenio Peres. E mercado é amor, né, gente? Mesmo esse não sendo dos melhores que já visitei, dá pra citar uma penca de coisas legais pra ver por lá: o prédio em si, que foi inaugurado em 1869; o senhor tocando piano no meio do nada; os restaurantes, onde comi um risoto de camarão bem honesto e espiei outros pratos simpáticos; as cervejas especiais, que lotavam uma das bancas; o barbeiro old school, que sempre acho o máximo; e é claro: os produtos regionais tipo erva-mate, cuias para chimarrão, coisa e tal.

Ah, a parte triste é que o Mercado Público sofreu um incêndio em julho de 2013, destruindo uns 10% da sua estrutura, e ainda não foi totalmente reparado, mas no geral ele é bem organizado e bonitinho. Além disso, ele fica ao lado do prédio da prefeitura e de frente pra o Chalé da Praça XV, restaurante charmoso em estilo art-nouveau construído em 1915.

Passeio de ônibus turístico

Depois de comer, fizemos um passeio que meu pai sempre curte quando tem pouco tempo: aqueles ônibus turísticos de primeiro andar, no esquema hop-on, hop-off (ou seja: você pode descer e subir quantas vezes quiser durante o dia, nas paradas designadas). É bem turistão, é claro, mas acho legal pra ter uma visão mais geral da cidade.

Lá em POA, o city tour da Linha Turismo funciona de terça a domingo e custa R$ 25 de terça a sexta e R$ 30 no finde e em feriados (valores de março de 2015). No caminho, você vai ouvindo algumas informações e histórias curiosas sobre os lugares por onde passa e dá pra ter uma ideia, ainda que superficial, da história da cidade :)

Existem dois roteiros diferentes: um da Zona Sul, sem paradas, e o do Centro Histórico – foi esse último que eu fiz. Entre os destaques do trajeto, que dura perto de duas horas, tem a Praça da Matriz, a Usina do Gasômetro e o Parque da Redenção, mas dá pra ver mais um bocadinho de coisa, tipo a Rua Gonçalo de Carvalho, que é coberta por árvores frondosas e ficou conhecida como “rua mais bonita do mundo”.

Comprei meu ingresso no Chalé da Praça XV, em frente ao Mercado Central, numa sexta-feira, mas de acordo com o site eles só vendem lá nos finais de semana e feriados (vai entender), então consulte os pontos de venda atualizados.

Depois, subi no ônibus em uma parada ao lado do mercado, perto do Centro de Informações Turísticas, mais ou menos na metade do roteiro.

Achei meio chato porque quando chegamos no Terminal da Linha Turismo, de onde o busão sai originalmente, tivemos que esperar um bocado de tempo (num sol de rachar) até sair de novo, mas ok. Ah, e se liga: nos últimos horários, já perto do fim da tarde, não é bom entrar em uma das outras paradas, porque se estiver perto do fim da última volta não vai dar pra você fazer o passeio completo.

Os pontos de parada são esses: Terminal da Linha Turismo – SMTUR; Av. Osvaldo Aranha, em frente ao Parquinho da Redenção – Farroupilha; Parque Moinhos de Vento (Parcão), na Rua 24 de Outubro; Praça Otávio Rocha; Mercado Público (Largo Glênio Peres, em frente ao Centro de Informações Turísticas); Usina do Gasômetro; Fundação Iberê Camargo (Av. Padre Cacique – Praia de Belas). Pra mais informações, ligue pra (51) 0800.517686 ou (51) 3289.0176.

Casa de Cultura Mário Quintana

De volta ao Mercado, partimos pra uma caminhada pelo centro e fomos até minha parte preferida do passeio: a Casa de Cultura Mario Quintana. Ela fica no antigo hotel Majestic, onde o poeta gaúcho viveu de 1968 a 1982. No auge do hotel, entre os anos 1930 e 1950, ele recebeu figuras como Getúlio Vargas, Jânio Goulart e um bocado de artistas que eu desconheço, hehe.

Atualmente, o espaço abriga biblioteca, espaços pra exposições, jardins super lindinhos, salas de cinema, uma lojinha bem legal (e cara), um café também muito legal (e ainda mais caro), teatros e o quarto do poeta, que fica protegido por um vidro. Dá pra passear pelo prédio e ver o quarto e algumas expos de graça – recomendo muito se perder um pouco por lá <3

Depois, ainda paramos pra comer numa padaria delícia quase em frente ao Centro Mário Quintana e demos umas voltas pelos arredores, passando por praças, prédios bonitões e estátuas que não sei o que significam. haha

Pôr do Sol no Gasômetro

Pra finalizar, pegamos o carro (que tava num estacionamento subterrâneo perto do mercado) e fomos até o Gasômetro, que fica relativamente perto e é famoso pelo pôr do sol. A antiga Usina do Gasômetro fica à beira do Rio Guaíba e é hoje um centro cultural, com apresentações artísticas e exposições.

Rola de fazer passeio de barco pelo rio, mas como eu não tinha tempo hábil me juntei aos porto-alegrenses que aparentemente têm esse como um programa comum de fim de tarde: caminhei pela orla e sentei pra olhar o sol ir embora. Só faltou o chimarrão pra me camuflar de gaúcha :B Ah, também não fui até em cima da usina, de onde dizem que a vista é bem legal. Infelizmente, antes que a noite caísse tive que me despedir e ir pra o aeroporto… Até a próxima, POA!

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