Saudades do Recife
Falei das saudades de Valladolid e de Budapeste antes mesmo de ir embora. Mas faz um ano que não piso no meu Recife e nada mais justo do que falar também das coisas da minha terrinha das quais sinto falta, né?
Felizmente, a saudade de casa nunca foi do tipo que dói; saber que é temporário e que tudo vai estar esperando por mim quando eu voltar torna tudo muito mais fácil, e depois de algumas idas e vindas essa certeza já ficou bem natural.
Ainda assim, conforme a data de voltar à Veneza Pernambucana (pausa pra risos) vai se aproximando, eu não me lembro apenas do trânsito, do calor, da umidade, dos buracos nas ruas, da violência, da miséria…
Eu lembro também da minha família linda, da coxinha do Bar Real, das caipiroscas por preços não-abusivos (yay!), das festinhas no prédio de Renata (viva os salões de festa! viva não ter que incomodar os vizinhos!), do Cinema da Fundação (e de simplesmente poder ver os filmes na tela grande em sua versão original), da empada de camarão do Camarada, das conversas gostosas com amigos lindos no Chá com Chita (regadas a bolo de laranja com calda, é claro).
Das idas à praia estilo bar-na-areia, da 17 de Agosto tranquila aos domingos, da redação do JC, de comer mamão baratinho, das festinhas com todo mundo conhecido (apesar de que sei que em um mês enjoo, haha), dos almoços preguiçosos de domingo, dos shows de bandas locais/amigas (e de não ter que passar nem perto de uma boate, obrigada, Senhor!), de comer carne de verdade, de almoçar com as amigas, do fim de noite de domingo no Alceu ou outro bar bem mais ou menos pra tentar fingir que a segunda-feira não vem por aí.
Do pão francês quentinho comprado junto de casa (se for com queijo do reino, lascou!), dos sucos de cajá/pitanga/acerola/graviola/goiaba, dos crepes do La Plage ali do lado, do sotaque do meu povo, da água de coco gelada, da Praça de Casa Forte, do povo gritando “vai descer, motô!” no busão, do arrumadinho às 4h da manhã no Espinheiro.
De ir comer caranguejo reclamando da relação desigual esforço/benefício, de ver Revenge na casa da minha irmã, de requeijão no pão com batata palha, de cumprimentar gente da minha idade com dois beijinhos em vez de aperto de mão, de gente que sabe abraçar.
Logo menos eu chego, e fica a vontade de tentar redescobrir meu Recife com outros olhos – e vir mostrar ele aqui pra quem não conhece, é claro – com fotos decentes, dessa vez! :)
Leia também:
Guia completo sobre Pernambuco
Posts Relacionados
10 Comentários
Deixe o seu comentário
Lu, acho que nunca comentei por aqui, né? Mas me identifiquei com esse post! Minha saudade do café da terrinha é diária!! Quando você volta?? Beijo
Eu nem gostava de café antes de vir pra cá, vê! Faz uns contrabandos maneiros aí, haha. Volto daqui a uma semana! Quando vais pro Recife de novo? Quero ir te visitar ^^ Beijo
Lu, acho que nunca comentei por aqui, né? Mas me identifiquei com esse post! Minha saudade do café da terrinha é diária!! Quando você volta?? Beijo
Eu nem gostava de café antes de vir pra cá, vê! Faz uns contrabandos maneiros aí, haha. Volto daqui a uma semana! Quando vais pro Recife de novo? Quero ir te visitar ^^ Beijo
Saudade da companhia pra “lanchinhos” em qq lugar!!!
Saudade da companhia pra “lanchinhos” em qq lugar!!!
Show de bola Luisa. Que terra maravilhosa! Sou de Boa Viagem, bem pertinho da feirinha. Amo minha terra. Hoje moro no Rio mas volto todo ano!
Oi, Eduardo! O Rio também é maravilhoso, mas não tem nada como nossa terra, né? :) Um abraço!
Luisa, tudo bom? Caramba, há uns dias descobri seu blog (sim, sou meio leso pra esses lances de blog e tal, e raramente algum me atrai) e não paro de ler os posts, muuuitos legais, muito gostoso de acompanhar. PARABÉNS!! Você uniu as coisas, em dicas- fotos e comentários, que mais amo fazer: viajar, conhecer lugares novos, pessoas novas e comer, rsrs. Muito show. Grande abraço, e muito sucesso. Bjo :-)
Oi, Hedgard! Que massa :))) Fico muito feliz! Obrigada pelo comentário \o/ E volte sempre ^^ Um abraço!