Mestrado em Valladolid, na Espanha: mando notícias do lado de lá
Esse é meu último post escrito em terras brasileiras por um tempo. Em algumas horas pego o avião com destino a Valladolid, na Espanha, onde vou fazer um mestrado em comunicação. Pra chegar lá, aquela velha conexão em Lisboa até Madri e depois um ônibus pra cidade que vai me acolher.
Confesso que minhas expectativas em relação a Valla (já tou íntima, observem) não são das mais altas. Espero que isso seja uma coisa boa, assim como foi em relação a Lyon (ninguém tinha me dito com suficiente ênfase o quanto aquela cidade é massa!), onde me surpreendi. Mas enquanto não chego lá e conto pra vocês minhas impressões sobre o lugar, deixa eu falar um pouco do que sei sobre a cidade por enquanto, com base em relatos alheios e, é claro, na Wikipedia :D
Valladolid é capital da comunidade autônoma de Castilla y León (Castela e Leão, em bom português) e é a 13ª cidade da Espanha em número de habitantes (313 mil). A cidade começou a crescer na Idade Média, sendo até capital do império espanhol, entre 1601 e 1606. De ônibus, são três horas até Madri.
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Conhecida como uma das cidades mais conservadoras do país, Valla tem a fama de ser o lugar onde se fala o melhor castellano e possui uma população bem idosa, mas também muuuitos estudantes. O clima não é dos mais agradáveis, como indica o popular ditado “nueve meses de invierno y tres de infierno”. Mas quem já morou lá diz morrer de saudades, então acho que dá pra superar ;)
A Universidad de Valladolid, onde vou estudar, foi fundada no século 13, sendo uma das mais antigas do mundo. Ela também tem campi em outras três províncias de Castilla y León: Palencia, Soria e Segóvia.
Também achei legal saber que a Plaza Mayor de Valladolid é a primeira da Espanha nesse formato e serviu de modelo pra muitas outras (quem já foi ao país sabe que quase toda cidade tem a sua), como as de Madri e Salamanca.
Além disso, procurei saber sobre duas coisas que considero importantíssimas em qualquer cidade: parques e rios. O parque mais antigo e emblemático, segundo o tio Google, é o Campo Grande, que fica no Centro e parece bem fotogênico. Já o rio que corta Valla é o Pisuerga (nome feinho), um afluente do Rio Douro.
Pra finalizar o post de despedida, não podia deixar de comentar como partir e voltar sempre são uma delícia e uma dor simultâneas. Já falei aqui sobre o que me faz querer mudar de localização geográfica de tempos em tempos, mas vamos combinar que nem sempre é fácil deixar coisas e principalmente pessoas. Só que até pra a solidão existe saída, como ensinou Carlos Pena Filho: entrar no acaso e amar o transitório.
Vamos nessa que amanhã tudo é possível. E tá bom de blá blá blá. Mando notícias do lado de lá!
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6 Comentários
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Arrase. Quero mil diquinhas porque, se Deus quiser, minhas férias do ano que vem serão aí. Beijo!
Oba, oba! Tire férias antes do dia 31 de julho, por favor :D Beijo, gata!
Amei o texto, como sempre, filha. E gostei muito da 'dica' de Carlos Pena Filho! Já estou com muuuitas saudades….beijos com amor
[…] de vir pra Valla, falei aqui das minhas expectativas baixas em relação à cidade. É pequena e fria, diziam, e as pessoas são […]
Olá!
Pretendo ficar 6 meses em Valladoid.
Você tem dicas de moradia e locais que você ficou, bem como seus custos?
Obrigada!
*Parabéns pelo blog!
Oi, Bruna! No apartamento onde eu morei não tem mais vaga, mas nos grupos de Erasmus no Facebook costuma ter gente procurando “compañero de piso” :)
Tenta aqui: https://www.facebook.com/groups/219081141484194/?ref=ts&fref=ts
E aqui: https://www.facebook.com/groups/457366087685901/?fref=ts
Os aluguéis costumam ir de 150 a 250, alguns incluindo os gastos extras (luz, gás, internet, água) e outros não.
Aproveite a cidade e obrigada pelos parabéns! :)
Um abraço!