(Re)descobrindo o Recife: Passeio de barco e almoço na Casa de Banhos
Atualização em 2018: a Casa de Banhos fechou, mas ainda é possível fazer o passeio de barco até o Parque das Esculturas de Brennand
Acho que já falei aqui o quanto adoro trabalhar no Recife Antigo. Caso ainda não tenha ficado claro, falo outra vez: é uma delícia trabalhar no Recife Antigo! ;) Não bastasse as ruas serem fofas, os edifícios e o Marco Zero serem lindos, a Livraria Cultura ficar logo ali, várias empresas legais de tecnologia e comunicação estarem concentradas na área, lugares como o Paço do Frevo e a Caixa Cultural terem apresentações musicais e exposições gratuitas, ainda tem aqueles passeios marotos que dá pra fazer na hora do almoço <3
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Um deles era um desejo antigo que só satisfiz recentemente, pra minha grande alegria: o passeio de barquinho até a Casa de Banhos, um restaurante de frutos do mar que fica do lado oposto ao Marco Zero, um pouco mais pro lado. A viagem é curta, mas é delícia! :) Pra pegar o barco não tem mistério: basta ir até a beira do Marco Zero, olhar pra água e procurar um cara com um barco pequeno de madeira. Os barqueiros ficam por ali esperando o pessoal pra levar até o restaurante ou ao Parque das Esculturas de Brennand (assunto pra um próximo post). Daí você negocia o preço (pagamos R$ 60 ida e volta pra um barco com 10 pessoas – se tiver menos gente deve ser mais caro por cabeça, mas vale dar uma pechinchada) e combina o horário pra voltar. Pagamos na volta, então sabíamos que o moço do barquinho provavelmente não nos deixaria ilhados lá :P
Pra mim, a melhor parte do passeio é a mudança de perspectiva. Acostumada a estar em terra firme e ver a vista das esculturas de Brennand, achei mara poder olhar desde o outro lado ^^ A travessia é rápida, coisa de 10 minutos no máximo, então se você for facilmente enjoável que nem eu, nem tem estresse ;) Também não precisa ter medo de cair na água (a não ser que você seja v1d4l0k4 como eu e fique em pé tirando foto, hehe). Pelo que vi, os barcos são ok e o meu tinha colete salva-vidas. O dia não tava dos mais bonitos, mas mesmo assim curtxi a paisagem!
E é claro: o caminho, com direito a ventinho no rosto e cheirinho de maresia, é só a primeira parte do babado. Chegando ao destino, você ainda pode comer uma delícia do mar com uma vista bonitona lá na Casa de Banhos. Não anotei as infos do cardápio (shame on me), mas recomendo muito a sinfonia marítima (que dividi com duas amigas) e o caldinho de sururu :D Também já ouvi falar bem de outros petiscos e pratos da casa, como o camarão ao alho e óleo e a peixada. O cardápio não é excepcional, mas vale a pena, e os preços não são amiguíssimos, mas também não são uma exploração pega-turista.
Como o Janelas Abertas também é cultura, aproveito pra explicar o nome do restaurante: construída por volta de 1900, a casa era uma hospedaria onde a galera ia tomar banhos com fins medicinais, sendo frequentada pela alta sociedade recifense. Tinha também um restaurante e, segundo o que li por aí, rolavam umas festas baphônicas com o povo endinheirado daqui. Depois, ela foi destruída por um incêndio e posteriormente restaurada. Hoje, o que você vai encontrar é um ambiente simples, mas agradável; ventilado, com cerveja gelada e uma vibe boa de sexta-feira ;)
Ah, e se você não quiser ir de barquinho (vai de barquinho! vai de barquinho!), também dá pra chegar lá de carro. Nesse caso, passe pelo Pina, vire à esqueda na Avenida Brasília Teimosa/Formosa e continue reto até chegar no dique (aliás, o restaurante era conhecido como Bar do Dique antigamente). Seja como for, me convide! ;)
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2 Comentários
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Conheço muito o lugar, recomendo a todos a visitar.
Também recomendo, Roberto :D