Dublin: bate-volta de trem pra Malahide e Howth

Não precisei usar o transporte público pelo centro da cidade, mas provei e aprovei o DART (Dublin Area Rapid Transit), trem que circula pela costa de Dublin e permite chegar a lugares legais como Malahide, Howth e Greystones. O serviço é administrado pelo Irish Rail, a companhia de trem nacional. A estação mais perto do meu hostel era a Tara Street, de onde eu peguei o DART pra passar o dia em Malahide e Howth, subúrbios ao norte da cidade.

A passagem custou €2,80 por trecho, enquanto ida + volta (return) sairia por €5,25. O que a gente fez, no entanto, foi Tara Street – Malahide – Howth – Tara Street. Tem um mapa com as estações lá em Tara Street, assim como indicações dos horários dos próximos trens.

Pedimos orientação a um funcionário e ele sugeriu que fizéssemos o percurso nessa ordem porque o trem pra Malahide (que fica um pouco mais longe) sairia em uns 3 minutos e o que ia pra Howth demoraria mais. Nesse link tem um mapa (cliquem em “DART”) com as estações (legal pra ter uma ideia da distribuição geográfica dos lugares) e os horários dos trens atualizados em tempo real.

Também dá pra fazer bate-volta desde Dublin pra Cliffs of Moher, a atração mais visitada da Irlanda, como explica Luciana do blog Let’s Fly Away.

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Malahide Castle

Em uns 30 minutos, chegamos a Malahide. Outra opção é ir de ônibus (número 42), que leva uns 45 minutos pra chegar até o Malahide Castle – nosso destino principal, já que o dia tava chuvoso e a praia (outro atrativo do lugar) não seria tão interessante. Da estação, é preciso caminhar um bocadinho (acho que uns 20 minutos) até o castelo em si, passando por uma estradinha de terra no meio das árvores. Foi um pouco chato por causa da chuva, mas ainda assim a caminhada vale a pena.

O castelo começou a ser construído no século 12 por Richard Talbot, que recebeu as terras como recompensa pelo seu serviço como cavaleiro do rei Henrique II da Inglaterra. Ele pertenceu à família Talbot até 1975, quando foi vendido ao Estado. É um castelo de pedra, não muito grande, mas bem preservado e bonitinho.

Aberto de domingo a domingo (das 9h às 17h30, mas o último tour é às 16h30), o complexo do castelo inclui também jardins (um de rosas e um murado, com um laguinho e uma estufa), que devem ficar lindos na primavera. Os ingressos, que incluem uma visita guiada (não muito longa e com direito a historinha de fantasmas :P), custam €12 e €8 (estudantes).

Achei o preço meio salgado, então se você não for um grande fã de castelos e quiser economizar, talvez valha a pena pular o passeio… Mas tivemos a sorte de pegar uma promoção (dois ingressos pelo preço de um) e acabamos pagando apenas €4 cada (yaaay).

A visita não deixa de ser interessante, mas confesso que o que eu mais gostei (além dos jardins) foi a lojinha que fica no mesmo prédio da recepção, hahaha. Aliás, lojinha não… lojona! Enlouqueci dentro da Avoca, que vende os produtos mais fofos do mundo (num estilo bem girly), indo de jogos de chá a kits de costura, passando por roupas e acessórios.

Tudo é meio caro, mas absurdamente lindo. Sem falar na parte dedicada a comidas, que inclui um café/padaria e produtos pra levar pra casa. São iogurtes artesanais, bolos, doces, pães, sanduíches, wraps… ahhh! Pra conferir onde estão as outras unidades da Avoca, clique aqui.

Howth Cliff

De volta ao DART, depois de mais uns 15 minutos de viagem chegamos à península de Howth. Originalmente uma aldeia de pescadores, hoje Howth é um subúrbio movimentado (mas não tanto). Logo ao lado da estação, encontramos algo que eu amo: um mercado :)

O Howth Market é bem gracinha, com barraquinhas de comida orgânica, bolos, pães, café, crepes, waffles e outras gostosuras, além de artesanato, quadros, etc. E o meu preferido ficava no finalzinho do espaço: o Grill on Wheel, onde fizemos uma parada antes de ir embora pra comer uma deliciosa Galway Sausage (hot dog com molho, cebola e batatas fritas – tudo super gordo e gostoso, como só essas comidas de rua conseguem ser).

No final do West Pier (o primeiro dos dois piers que da península, saindo da estação), fica o escritório de turismo, onde você pode pegar um mapinha e pedir informações. Depois disso, nossa visita consistiu basicamente em admirar o farol (Howth Harbour Lighthouse), os piers com seus barquinhos e o mar com suas gaivotas ;)

Sou aloka dos faróis, então fiquei encantada, mesmo com a ventania toda (e chuva!) que tivemos que enfrentar – o que rendeu muitas risadas :) Imagino que seja ainda mais incrível ir lá no verão, mas confesso que achei um charme essa atmosfera meio cinzenta, haha.

Com mais tempo (ou seja, se você sair de cada mais cedo que eu), dá pra dar uma olhada na Martello Tower (um pequeno forte criado pra defender a costa), a “cidadezinha” em si (Howth Village) e o Howth Castle, ou ir num dos restaurantes que ficam pelo pier.

Outro passeio é visitar a Ireland’s Eye, uma pequena ilha acessível por barcos turísticos (que acredito que só funcionam no verão) e habitada por muitas aves marinhas. Ah, e Howth serviu de cenário pra alguns filmes, como The Last of the High Kings (com Jared Leto e Cristina Ricci). Não vi o filme, mas fica a curiosidade, né? :P

Leia mais:

Dublin – Roteiro básico
Dublin – Hostel
Dublin – Chegando e andando de ônibus
Dublin – Pubs

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