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Ilha Tour: uma introdução a Fernando de Noronha

Pernambuco | 14/06/17 | Atualizado em 03/06/22 | 8 comentários

Quando a gente chega num lugar novo costuma demorar um pouquinho pra se situar, né? Adoro quando chego naquele momento em que tou realmente entendendo como as coisas se organizam, mas isso pode ser mais complicadinho quando as atrações principais são praias com acesso não tão fácil e você não tá de carro. Por isso, quando fui pra Fernando de Noronha em fevereiro (e mais recentemente em Arraial do Cabo) achei interessante começar minha exploração com um “city tour”.

O chamado Ilha Tour é um dos passeios mais populares de Noronha, junto com o passeio de barco. Se for pra escolher um, prefiro a versão aquática, mas pra quem tá na ilha pela primeira vez e tem pouco tempo por lá, achei esse tour de 4×4 uma boa opção. Só deixaria de fazer se tivesse com a grana apertada e se o combo tempo + disposição estivesse sobrando. ;)

Fechei com a agência Primeiríssima, que ficava bem pertinho de onde eu tava hospedada. Nos encontramos com eles umas 8h, passamos em outras pousadas pra pegar mais gente e fomos passear durante um dia inteiro. A primeira parada foi ao lado do Porto de Santo Antônio, na chamada Ponta da Air France, onde nosso motorista e guia explicou um pouco sobre a geografia do arquipélago, incluindo informações básicas sobre as principais praias.

O lugar tem esse nome – Ponta da Air France – porque na década de 30 serviu como base de apoio aérea da França. Curti começar o rolê por lá porque é ali que o “mar de dentro” (voltado pra o continente) se encontra com o “mar de fora” (virado pra fora, ou seja, pra África) e o visual é massa.

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Você também encontra ali a simplinha pero muito charmosa Capela de São Pedro, onde rolam uns casamentos bem carinhos, e o Museu dos Tubarões, que acho meio sem graça – mas tem entrada gratuita, além de uma lojinha e um restaurante. Ah, também é lá onde o pessoal tira aquela foto com “rabo de sereia” que você já deve ter visto no Instagram. Me disseram que na maré alta dá pra ver lá de cima alguns tubarões limão ou lixa, mas não tive essa sorte.

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A parada seguinte foi na Praia do Leão, onde fiz minha estreia em águas noronhenses. Segundo o guia, essa praia – que fica em mar aberto – costuma ter muita correnteza e ser meio perigosa pra banho, mas nesse dia as águas tavam calminhas, porque o vento tava tranks. Achei uma delícia! Ela é uma das praias que não têm ponto de apoio com barracas nem nada, então se for pra lá é bom levar sua água, comida e sacolinha pra guardar o lixo. Ah, esse é também um dos principais pontos de reprodução de tartarugas marinhas, de dezembro a junho.

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De lá fomos até a Baía do Sueste pra uma das minhas partes preferidas do passeio, que já ganhou post aqui no blog: o snorkeling guiado que fiz por lá, nadando com tartarugas gigantes e lindas e dois simpáticos tubarões. :) Com sorte você também consegue ver arraias, além das lagostas e peixes que consegui espiar.

Como falei no post sobre o assunto, acho muito válido pagar R$60 (ou R$ 40 se for mais de uma pessoa) pra ir segurando uma boia e ser puxado por um guia até os lugares onde tem mais vida marinha. Ah, e nessa praia tem Centro de Visitantes com banheiros, lojinha, chuveirão e lanchonete.

Feliz e saltitante depois do meu rolê marinho com os tubas, comecei a sentir fome bem na hora da parada pra almoço, que foi na churrascaria Noronha Steak House. Não curti muito o lugar, que fica perto do mar (com tantos bares com visual incrível em Noronha acho um pecado ir, durante o dia, em um que seja lá dentro da ilha).

Ele também não é, como você deve tar imaginando, especializado em frutos do mar (amo carne, mas acho meio nada a ver com a vibe noronhense), não tem comidas extraordinárias e é bem caro: quando fui, o quilo custava R$ 110. Recomendo levar um sanduíche na bolsa pra evitar esse gasto se o seu passeio for no mesmo restaurante, a não ser que você ame churras e esteja tranquilo de grana.

Felizmente não deu nem tempo de ficar #chateada com o almoço porque o próximo destino era um dos mais esperados: fomos até a Praia do Sancho, passando pelo Mirante dos Golfinhos, onde todo mundo fica bestinha com as vistas do Sancho e da Baía dos Porcos.

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Pra chegar no Sancho em si é preciso descer duas escadinhas verticais tipo de pintor, passando por um buraco meio estreito. O percurso um pouco chatinho vale MUITO a pena – as fotos falam por si, né? :) Ficamos por uma hora nessa que é uma das praias mais incríveis que eu já vi, com água transparente e rodeada por um paredão verde maravilhoso. Eu podia facilmente ter passado a tarde inteira só boiando ali. Caso você tenha tempo sobrando na ilha, recomendo fazer isso! <3

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A parada seguinte foi na Cacimba do Padre, praia queridinha dos surfistas, com mar agitado. Ela dá acesso, pela esquerda, à linda Baía dos Porcos, mas só dá pra ir até lá na maré baixa, e quando chegamos tava alta. Como não tinha muito o que fazer por lá além de admirar os Dois Irmãos (aquelas pedras que são cartão postal da ilha) de pertinho, não nos demoramos muito e aproveitamos pra dar uma passadinha na Praia do Boldró, onde sentamos por um tempo num bar bem simples à beira-mar. Gostei muito da vibe! Saiba mais sobre a Praia do Boldró no site Mala Pronta Noronha.

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E aí chegou o grand finale: o pôr do sol no Forte de São Pedro do Boldró. O nome, explicou o guia, veio de “bald rock” (pedra careca), como a pedra costumava ser chamada. Já que a história de que “forró” vem de “for all” parece ser balela, não sei se vale acreditar nessa aí, mas tá valendo. :P

O que importa mesmo é que um monte de gente se reúne ali todos os dias pra se despedir do sol, sentados na pedra ou no único bar que existe lá, onde uma long neck custa R$ 12 e uma porção com 10 bolinhos de “tubalhau” (carne de tubarão, vinda do Rio Grande do Norte) por R$ 35. Os preços são de fevereiro de 2017 e podem valer aquela ostentaçãozinha básica pra homenagear o astro rei. <3 No fim do passeio, ficamos cada um na sua pousada, felizes e empolgados pra os próximos dias noronhenses. ;)

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8 Comentários

  1. Lorena Tapavicsky

    Lu, esse tour custa quanto? Inclui o snorkeling guiado? Tu fechasse lá mesmo na ilha, né?

  2. Vagner

    Oi, tudo bem? Vc sentiu que faltou algo por ter ido em fevereiro? Dizem que a melhor época para quem curte mergulho é agosto/setembro e que fevereiro a visibilidade da água não seria tão boa…pode nos passar sua impressão? Obrigado!

  3. Carla

    Lu, muito legal suas dicas. Fiquei com algumas dúvidas:
    – quanto tempo você ficou em cada praia?
    – no Sancho, vocês pararam no PIC e fizeram toda a trilha, dos golfinhos e mais sancho e porcos?
    – na praia da Cacimba vocês foram a pé para a praia do Boldró ou de carro?
    – acha que é fácil fazer esse roteiro de buggy?

    Obrigada :-)!!

    • Oi, Carla! O tempo em cada praia variou de uns 20 minutos até pouco mais de 1 hora. Fizemos a trilha dos golfinhos até o Sancho e ficamos por lá, mas como comentei no post não deu pra ir pra Baía dos Porcos nesse dia porque a maré tava alta quando chegamos na Cacimba do Padre (de onde se acessa os Porcos). Fomos de carro pra o Boldró. Acho que é fácil, sim, mas não faria num dia só :) Dá até pra fazer quase tudo de ônibus/caminhando, mas pra isso seria legal ficar pelo menos 7 dias na ilha. Boa viagem! Um abraço

  4. Fernanda

    Por qual receptivo vc fez o ilha tour?
    Qto vc pagou?

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